Introdução: As Unidades de Terapia Intensiva (UTI) foram criadas a partir da necessidade de reabilitar pacientes internados em estado crítico de saúde, potencialmente recuperáveis, que demandam de assistência médica ininterrupta. Nessas unidades os pacientes permanecem restritos ao leito, gerando incapacidade, imobilidade e disfunção severa do sistema osteomioarticular, além de complicações respiratórias. O surgimento da fraqueza muscular generalizada é comum em pacientes restritos ao leito, o que pode gerar deficiência motora, acarretando perda de 30% da força muscular em apenas sete dias de internação, assim como a redução de 50% da massa muscular. Intervir precocemente é de grande valia para a melhora das repercussões musculoesqueléticas e respiratórias decorrentes do período de internação. A mobilização precoce (MP) é uma conduta terapêutica realizada no ambiente da UTI pelo fisioterapeuta que também é o responsável pela identificação das desordens cinético-funcionais, tal qual determinar o modelo mais indicado de intervenção precoce, sua viabilidade, constância, frequência e suspensão. A fraqueza muscular está associada a inúmeros fatores de risco como: imobilidade ao leito, o uso de corticoides, hiperglicemia, sepse, disfunção múltipla de órgãos, diagnóstico de Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo (SDRA) e uso de bloqueadores neuromuscular. Durante muitos anos, a imobilidade era utilizada nos pacientes submetidos ao leito e a partir disso foram realizados estudos que comprovaram que a imobilidade é prejudicial à saúde e aos sistemas orgânicos. Objetivo: Verificar os benefícios da mobilização precoce em pacientes restritos ao leito. Metodologia: O estudo científico trata-se de uma revisão de literatura realizadas nas bases de dados: LILACS, Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e Scielo, sem cortes temporais, com a utilização dos seguintes descritores: Mobilização Precoce; Intervenção Precoce; Unidade de Terapia Intensiva, no filtro de idioma português, inglês e espanhol. Resultados e Discussão: Dentre os estudos incluídos na revisão, foram encontrados 17 artigos relacionados com o objetivo proposto, com exclusão de 10 estudos fora da temática, totalizando 7 artigos. Desse modo, de acordo com os estudos selecionados, a mobilização precoce se mostrou benefíca em pacientes graves da UTI, proporcionando o aumento na força muscular periférica e respiratória, diminuindo o tempo de uso da ventilação mecânica (VM), melhorando a prática de exercícios e auxiliando na funcionalidade. Visto que, pacientes restritos ao leito por um longo período de tempo, submetidos à VM, apresentam redução da força muscular, o que consequentemente aumenta seu tempo de internação, prolongando o desmame da VM e desenvolvendo dependência funcional. A MP pode ser definida como movimentação física suficiente para provocar melhoras fisiológicas. À vista disso, entre os estudos analisados, foram utilizadas diversas técnicas de alongamento passivo nos membros MMSS e MMII dos pacientes, mobilização passiva e ativa, posicionamento articular, exercício ativo assistido, sedestação a beira leito, cicloergometria para membros inferiores, postura ortostática, exercícios resistidos e deambulação, além de mostrar o aumento do fortalecimento de músculos inspiratórios associados aos exercícios ativos de MMSS e MMII, decorrentes dos exercícios de expansão pulmonar. Diante o exposto, os pacientes submetidos a essa intervenção obtiveram uma melhora significativa em relação ao período de permanência na UTI e ventilação mecânica. Considerações finais: Após a leitura e análise dos artigos, observou-se que a mobilização precoce em pacientes críticos na UTI é uma intervenção segura, viável e eficiente, podendo contribuir em diversos benefícios como a melhora da força muscular, funcionalidade e a melhora da qualidade de vida. Contudo, é necessário a publicação de mais estudos voltados para as evidências clínicas de profissionais que realizam a MP no âmbito hospitalar. Contribuindo diretamente no compartilhamento de protocolos e limitações em tratamentos futuros.
Seja bem-vind@ à leitura dos Anais da Conexão Unifametro 2022!
Temos o prazer de disponibilizar à comunidade acadêmica os Anais do X Encontro de Iniciação à Pesquisa, X Encontro de Monitoria, XII Encontro de Pós-graduação e III Encontro de Experiências Docentes. Aqui estão os trabalhos que foram apresentados durante o evento, que agora são compartilhados em forma de artigos digitais.
Esperamos que essa coletânea possa auxiliar em estudos e pesquisas, estimular outros alunos e professores à produção científica e dar subsídios a novas práticas em campos de atuação diversos das áreas da saúde, humanas e exatas.
Agradecemos a todos pela confiaça em compartilhar suas produções científicas em nosso evento e contamos com sua participação na próxima Conexão!.
Boa leitura!
Drª. Denise Moreira Lima Lobo
Coordenadora da Comissão Científica da Conexão Unifametro 2022
As normas para submissão e apresentação de trabalhos podem ser acessadas em: https://doity.com.br/conexao-unifametro-2022/artigos
Comissão Organizadora
Juliana Pereira Pessoa
Thalita Rodrigues
Thaiane Bezerra
Arlan Diego Alencar Freitas
Ricardo Junior
Fábio Júnior Braga
Murilo Costa
Davi Menezes
Raphaela Sobral
Laiza Rodrigues
Comissão Científica
Denise Moreira Lima Lobo - Coordenação Comissão Científica
Lucas Souza
Roberta Mable Rabelo Sampaio Mapurunga
A Comissão Científica permanece à disposição pelo e-mail conexaocientifica@unifametro.edu.br e presencialmente na sala da Coordenadoria de Pesquisa e Monitoria (COOPEM) localizada no Campus Carneiro da Cunha do Centro Universitário Fametro - Unifametro.
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2021 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaounifametro2021
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2020 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaounifametro2020
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2019 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaounifametro2019
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2018 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaofametro2018