Introdução: O hipotireoidismo congênito é um distúrbio endócrino que não ocorre
comumente na clínica veterinária quando comparado ao hipertireoidismo. Ele pode ocorrer
casos de: aplasia ou hipoplasia da glândula tireoide, deficiência de iodo, tireoidite autoimune,
hipopituitarismo, doença hipotalâmica, dentre outros (STOLF; MARTINS, 2016). Ainda,
outra causa mais comumente encontrada é a iatrogênica ao qual é resultante de tratamentos
que destroem o tecido tireoidiano ou que também interferem na síntese do hormônio
tireoidiano (PICHARD et al., 2022). Todavia, o hipotireoidismo congênito também é raro,
mas é uma das causas mais comuns de nanismo desproporcional em filhotes de felinos. Dados
mostram que cerca de 60 gatos com hipotireoidismo congênito que foram relatados apenas
dois tinham mais de 12 meses de idade no momento do diagnóstico (LIMA et al., 2014). Em
relação aos sinais clínicos apresentados em felinos com hipotireoidismo, verifica-se um
grande ganho de peso ao nascer, isso é o resultado de uma gestação prolongada, e, posteriormente, verifica-se um crescimento aberrante e retardado
aos 7 e 8 meses de idade, respectivamente(STOLF; MARTINS, 2016). Metodologia: Uma revisão bibliográfica de natureza analítica em relação ao hipotireoidismo congênito em felinos. A pesquisa foi realizada nas bases de dados: Google Acadêmico e Pubmed. Foram utilizados: relatos de caso, artigos originais, ao qual apresentam texto completo disponível nos
idiomas inglês e português. Esses artigos foram publicados entre os anos de 1975 a 2022. As
palavras-chave utilizadas foram: hipotireoidismo; gato; tireoide; endócrino. A seleção dos
artigos ocorreu por meio da leitura dos títulos e dos resumos das publicações, tendo como
objetivo refinar as amostras. Resultados e Discussão: O hipotireoidismo é uma doença um
tanto quanto complexa, pois os sinais clínicos são normalmente inespecíficos, exatamente
devido aos efeitos dos hormônios tireoideanos em diversos órgãos (CROWE, 2004). Os
principais sinais clínicos do hipotireoidismo felino são: letargia, sonolência, obesidade,
retardo mental, atraso na erupção dentária, anormalidades no desenvolvimento
musculoesquelético como crânio amplo/largo, mandíbula encurtada, pescoço curto e grosso,
membros curtos e geralmente valgos, face e pelagem infantil. Verificam-se também aumento
excessivo da língua e das fontanelas, além de alterações ao exame clínico como hipotermia e
bradicardia. Geralmente os filhotes com hipotireoidismo congênito apresentam tamanho
normal ao nascimento e até maior que os demais irmãos (STOLF; MARTINS, 2016). No
passado, os veterinários dependiam fortemente do uso de um teste de levotiroxina para
diagnosticar hipotireoidismo. Infelizmente, a resposta ao tratamento não significa
necessariamente que o gato é realmente hipotireoideo. Isto é particularmente verdadeiro em
pacientes com anormalidades de pele e pelagem. Se os resultados da tireóide diagnósticos são
ambíguos e o tutor deseja tratar o animal, o veterinário deve decidir sobre uma medida
quantitativa de resposta (BOJANIC et al., 2011). Gatos com hipotireoidismo congênito
tratados com L-T4 devem ter uma expectativa de vida relativamente normal, porém o
prognóstico a longo prazo é dependente da etiologia e da idade de início do tratamento
(STOLF; MARTINS, 2016). Considerações finais: O hipotireoidismo felino congênito é um
distúrbio endócrino de ocorrência incomum , todavia é necessário ter conhecimento acerca de
sua existência, suas variações clínicas, epidemiologia e, principalmente o tratamento precoce.
Deformações observadas nos filhotes devem ser observados com veemência, principalmente
alterações como letargia, termofilia, problemas musculoesqueléticos e outros. É importante
estudar e reconhecer com veemência os sinais clínicos do hipotireoidismo para realizar o
diagnóstico precoce e iniciar o tratamento o mais breve possível com o intuito de garantir a
sobrevivência do felino.
Seja bem-vind@ à leitura dos Anais da Conexão Unifametro 2022!
Temos o prazer de disponibilizar à comunidade acadêmica os Anais do X Encontro de Iniciação à Pesquisa, X Encontro de Monitoria, XII Encontro de Pós-graduação e III Encontro de Experiências Docentes. Aqui estão os trabalhos que foram apresentados durante o evento, que agora são compartilhados em forma de artigos digitais.
Esperamos que essa coletânea possa auxiliar em estudos e pesquisas, estimular outros alunos e professores à produção científica e dar subsídios a novas práticas em campos de atuação diversos das áreas da saúde, humanas e exatas.
Agradecemos a todos pela confiaça em compartilhar suas produções científicas em nosso evento e contamos com sua participação na próxima Conexão!.
Boa leitura!
Drª. Denise Moreira Lima Lobo
Coordenadora da Comissão Científica da Conexão Unifametro 2022
As normas para submissão e apresentação de trabalhos podem ser acessadas em: https://doity.com.br/conexao-unifametro-2022/artigos
Comissão Organizadora
Juliana Pereira Pessoa
Thalita Rodrigues
Thaiane Bezerra
Arlan Diego Alencar Freitas
Ricardo Junior
Fábio Júnior Braga
Murilo Costa
Davi Menezes
Raphaela Sobral
Laiza Rodrigues
Comissão Científica
Denise Moreira Lima Lobo - Coordenação Comissão Científica
Lucas Souza
Roberta Mable Rabelo Sampaio Mapurunga
A Comissão Científica permanece à disposição pelo e-mail conexaocientifica@unifametro.edu.br e presencialmente na sala da Coordenadoria de Pesquisa e Monitoria (COOPEM) localizada no Campus Carneiro da Cunha do Centro Universitário Fametro - Unifametro.
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2021 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaounifametro2021
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2020 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaounifametro2020
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2019 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaounifametro2019
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2018 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaofametro2018