VISITA DOMICILIAR ASSISTENCIAL AO PACIENTE COM MONKEYPOX UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

  • Autor
  • Mirlene Paula Souto da Silva
  • Co-autores
  • Sidney da Silva Cruz , Anne Sherida de Castro e Silva Vidal , Daniele Freitas de Oliveira Queiroz , Josabeth de Azevedo Moreira
  • Resumo
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    Introdução: Em 7 de maio de 2022, a Organização Mundial da Saúde (OMS) foi informada de um caso confirmado da Monkeypox, causada pelo vírus Monkeypox, no Reino Unido. Desde então, vários casos foram reportados por países onde a doença não é endêmica, registrando-se rápida disseminação. A OMS, em 23 de julho de 2022, passou a considerar a doença como emergência de saúde pública de interesse internacional. Apesar de ainda ser chamada de Monkeypox, essa denominação não é adequada uma vez que o macaco não é o seu principal reservatório.  È importante a reformulação do nome da patologia, para evitar expressões estigmatizantes em relação ao animal. Desde 2017, as   poucas   mortes   relatadas   foram   associadas   à   idade   jovem   e   paciente (SCIELO,2022). No campo de estágio para a disciplina de Internato1, acadêmicos do curso de Enfermagem fizeram uma visita domiciliar a um paciente com diagnostico com da varíola dos macacos, patologia transmitida pelo vírus monkeypox, que pertence ao gênero orthopoxvirus. É considerada uma zoonose viral, com sintomas muito semelhantes aos observados em pacientes com varíola, embora seja clinicamente menos grave. O período de incubação da varíola dos macacos é geralmente de seis a 13 dias, mas pode variar de cinco a 21 dias, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Objetivo: Relatar a experiência de internos do Curso de Enfermagem em campo fazendo uma visita domiciliar a um paciente em isolamento, uma unidade de atenção básica e sua contribuição na formação em nível superior. Metodologia: Estudo descritivo, do tipo relato de experiência de uma visita domiciliar em paciente cumprido isolamento social devido a diagnóstico, realizado por dois acadêmicos do Curso de Enfermagem de uma Instituição de ensino superior privado, em Fortaleza- CE. A visita foi composta com supervisão de uma enfermeira, acompanhada de sua agente comunitária de saúde que fez a busca ativa desse paciente em sua área adscrita, e dois acadêmicos de enfermagem. Foram utilizadas perguntas pré-determinadas para coleta de dados e conhecimento de sua história pregressa. Explicou-se a fisiopatologia dessa patologia no organismo, sinais, sintomas, tempo de incubação, transmissão, tempo de isolamento, cuidados com as pústulas abertas, foi feito orientações a família a fim de resguardar para não haver contaminação e mais disseminação da patologia em questão, ao paciente foi intensificado as orientações da importância do uso do preservativo nas suas relações sexuais, foi feito também orientações para a mãe, responsável pela alimentação e limpeza de roupa íntimas, de cama, mesa e banho, para o uso de luvas como método de prevenção. Resultados e Discussão: Participaram da visita 2 profissionais da saúde e 2 acadêmicos de enfermagem ao paciente em questão. Os profissionais e acadêmicos abordaram o paciente convidando-o para responder algumas perguntas que faziam parte de uma anamnese solicitada pela regional I, questionário coletada de sua história pregressa, a visita ocorreu 7 dias após o surgimento dos sinais e sintomas, algumas das perguntas de caráter investigativo , tal como: se possuía parceria fixa, comorbidade, o período que levou o surgimentos dos primeiros sinais e sintomas, durante toda pesquisa o paciente foi solícito e não hesitava, relatou os seus primeiros sintomas, local de onde supostamente havia sido o contagio, ele relata que faz uso de antirretrovirais para tratamento de HIV, que dias antes da notícia de seu diagnóstico havia tratado a sífilis. Ao informar como foi diagnosticado surpreende, pois o mesmo diz ter ido na emergência de um pronto atendimento da região com odinofagia, mialgia, linfoadenopatia, sensação de febre, náuseas, cefaleia leve e lombalgia, suspeitando da “varíola dos macacos”, ele informa que havia frequentado a parada em alusão ao movimento LGBTQIAP+, e após os amigos convidaram para uma “Sauna Gay”, que ao chegar no local, havia conhecido algumas pessoas e feito o ato sexual desprotegido, no pronto atendimento o profissional que o-atendeu descartou no momento do atendimento e orientou o mesmo apenas tomar a medicação prescrita que os sintomas sumiriam. Não satisfeitos com a situação, procurou uma segunda avaliação no posto de saúde que faz o acompanhamento com infectologista, para sua decepção o mesmo não se encontrava, porém, pediu a avaliação da enfermeira do dia, a mesma insistiu que fizesse o tratamento e caso os sintomas se agravassem procurasse o atendimento mais próximo, inconformado com a situação, o paciente resolveu procurar assistência no hospital de referência com doenças infectocontagiosas da região, Hospital São José, onde teve a assistência necessária, exame de swab em leito da lesão e sorologia para o fechamento do diagnósticos, foi suspenso a medicação passada na unidade de pronto atendimento, e prescritos anti-inflamatórios e analgésicos para caso houvesse dor, recebeu atestado para o devido isolamento e primeiras orientações. Para os acadêmicos, a visita domiciliar foi muito importante, para compreender melhor os perigos associados ao sexo desprotegido, e a fácil transmissibilidade da afecção em questão, deve -se se aumentar as orientações sobre a importância do sexo seguro, para promoção de saúde na comunidade. Considerações finais: A visita domiciliar para coleta de dados foi importante para aprendizagem e contato direto com paciente acometido pela patologia, gerando assim conhecimento sobre essa doença pouco conhecida, trazendo novas perspectivas para a atuação do enfermeiro na promoção da saúde ao público LGBQTQIAP+, pois o que se observa são desigualdades sociais em saúde que perduram desde antigamente, e o débito do governo com essas pessoas, começando pelos governantes e suas ações diretamente com as necessidades e demandas públicas, eles apresentam uma vulnerabilidade considerável que afetam a proteção social, o acesso à educação, a boa alfabetização em saúde, concernindo diretamente a prevenção de doenças e promoção de possibilidades de saúde e manutenção de uma boa vida e bem-estar psicossocial, com eles conseguiremos conscientizar que a prevenção é que fará gerar promoção da saúde em todos os aspectos.

  • Palavras-chave
  • MonkeyPox; Relato de Experiência; Estigma.
  • Modalidade
  • Pôster
  • Área Temática
  • Ensino, Pesquisa e Extensão em Educação
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Seja bem-vind@ à leitura dos Anais da Conexão Unifametro 2022!

Temos o prazer de disponibilizar à comunidade acadêmica os Anais do X Encontro de Iniciação à Pesquisa, X Encontro de Monitoria, XII Encontro de Pós-graduação e III Encontro de Experiências Docentes. Aqui estão os trabalhos que foram apresentados durante o evento, que agora são compartilhados em forma de artigos digitais.

Esperamos que essa coletânea possa auxiliar em estudos e pesquisas, estimular outros alunos e professores à produção científica e dar subsídios a novas práticas em campos de atuação diversos das áreas da saúde, humanas e exatas.

Agradecemos a todos pela confiaça em compartilhar suas produções científicas em nosso evento e contamos com sua participação na próxima Conexão!.

Boa leitura!

Drª. Denise Moreira Lima Lobo

Coordenadora da Comissão Científica da Conexão Unifametro 2022

As normas para submissão e apresentação de trabalhos podem ser acessadas em: https://doity.com.br/conexao-unifametro-2022/artigos

  • Alimentos, nutrição e saúde
  • Análise e Cálculo Estrutural
  • Análises Clínicas e Toxicológicas
  • Assistência Farmacêutica
  • Auditoria nas Organizações
  • Bem-estar animal, medicina veterinária preventiva e saúde pública veterinária
  • Business Inteligence Artificial e Sistemas de Apoio à decisão
  • Clínica e biotecnologias aplicadas em medicina veterinária
  • Constituição, Cidadania e Efetivação de Direitos
  • Clínica odontológica, odontologia restauradora e reabilitadora
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  • Direitos Fundamentais, Sustentabilidade e Democracia
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A Comissão Científica permanece à disposição pelo e-mail conexaocientifica@unifametro.edu.br e presencialmente na sala da Coordenadoria de Pesquisa e Monitoria (COOPEM) localizada no Campus Carneiro da Cunha do Centro Universitário Fametro - Unifametro.

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