Introdução: Pacientes críticos internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) apresentam uma diminuição da força muscular (FM) em decorrência do tempo de hospitalização. A fraqueza adquirida na UTI influencia diretamente na morbimortalidade e na redução da qualidade de vida desses pacientes. A incessante imobilidade no leito prolonga o período de recuperação de pacientes internados na UTI e propicia o desenvolvimento de disfunções nos sistemas urinário, gastrointestinal e cardiorrespiratório. Bem como beneficia o surgimento de lesões e alterações graves nosistema osteomioarticular em razão da célere diminuição da densidade mineral óssea e da massa muscular, sucedendo assim num processo de perda gradativa do volume muscular em torno de 3% a 11% da porcentagem total mensurada na admissão clínica. Como estratégia para evitar os efeitos degradantes da imobilidade, a mobilização precoce surgiu com o intuito de prevenir e/ou minimizar os impactos ocasionados pelo repouso prolongado no leito, sendo aplicada após a estabilização clínica e hemodinâmica do paciente. No Brasil, recentemente, observou-se que não mais de 10% dos pacientes graves são mobilizados além do leito. O comprometimento físico funcional é um aspecto considerável em pacientes críticos e para que a intervenção ocorra de forma precoce, torna-se importante avaliar o estado funcional destes indivíduos. A mobilização precoce (MP) está associada a resultados funcionais positivos, devendo ser realizada sempre que indicada, respeitando as contraindicações, limitações e variações biológicas nos adultos. A mobilização deve ser o objetivo primordial a ser seguido pela equipe multidisciplinar da terapia intensiva. É de competência do fisioterapeuta a definição da conduta terapêutica, bem como das fases de desenvolvimento das tarefas propostas. As condições prognósticas, modificáveis e não modificáveis, para risco de diminuição da funcionalidade permitem estimar a adesão ou a resposta de pacientes em UTI à MP. Os obstáculos modificáveis devem ser enfrentados pela equipe multidisciplinar, de forma a tornar a MP possível. Objetivo:Identificar a correlação entre a MP e fraqueza muscular (FM) em pacientes internados em UTI. Metodologia: Trata-se de uma revisão sistemática realizada nas bases de dados Scielo, LILACS, Pubmed e Cochrane Library. Foram selecionados artigos em português e inglês nos últimos 10 anos. Os descritores utilizados foram: mobilização precoce, força muscular e UTI. Foram encontrados um total de 12 artigos, onde foram selecionados 02 artigos. Os critérios de inclusão foram: pacientes submetidos à MP durante a internação hospitalar em UTI, originalidade e disponíveis na íntegra. Foram excluídos artigos de revisão, trabalhos de conclusão de curso, teses e dissertações. Resultados e Discussão: O perfil dos pacientes inclusos nos estudos pesquisados eram compostos de ambos os sexos, acima de 18 anos, internados em UTI por doenças variadas e estáveis. Foram excluídos dos estudos pacientes com comprometimento cognitivo anterior à UTI, hipertensão intracraniana, doenças neuromusculares, déficit motor com comprometimento funcional e cognitivo prévio à internação, fratura não consolidada e amputados, assim como pacientes com tempo de ventilação mecânica (VM) maior que 7 dias, com reincidências em UTI, em terapia contra o câncer (últimos seis meses), entre outros, além de demais condições que afetassem o entendimento e /ou a comunicação. As amostras foram divididas em 2 grupos, um de controle e um de intervenção. Aos pacientes dos grupos controle foi aplicada fisioterapia convencional (respiratória e cinético-funcional) entre 5 a 7 dias, variando entre 1 a 2 vezes ao dia com a duração de 30 minutos. Nos grupos de intervenção utilizou-se 2 formas de mobilização sendo uma passiva utilizando o cicloergômetro e uma aplicando um protocolo sistematizado composto de 5 fases. Ambos estudos adotaram condutas de MP que diferem do convencional. Para o protocolo com o cicloergômetro foram realizados exercícios passivos, 5 vezes por semana, mantendo um ciclo com cadência fixa de 20 ciclos/min por 20 min até o último dia de permanência na UTI. Para o grupo de intervenção com o protocolo sistematizado foi realizado alongamentos passivos nos membros superiores (MMSS) e membros inferiores (MMII) em todas as fases. Nos estudos foi realizada mobilização passiva e posicionamento articular na fase 1; exercício ativo assistido, em MMSS e MMII, e transferência de deitado para sentado na fase 2; transferência de deitado para sentado na borda do leito e de sentado para cadeira nas fases 3 e 4; exercício ativo resistido em MMSS nas fases 3, 4 e 5 ; o ciclo de MMII com escala de Borg, entre 12 e 13, nas fases 4 e 5; treinamento de equilíbrio e deambulação, na fase 5. Verificamos, por meio deste estudo, que os pacientes submetidos a um protocolo de mobilização sistemática eprecoce, apresentaram ganho da força muscular inspiratória e força muscular periférica, o que não ocorreu no programa padrão de mobilização. Considerações finais: Através dos estudos foi possível observar a correlação positiva entre o aumento de FM e a utilização de protocolos de MP em pacientes internados em UTI submetidos à VM. Vale ressaltar ainda que tais resultados não interferem no tempo de VM e na internação hospitalar.
Palavras-chave: Mobilização precoce; Força muscular; Unidade de Terapia Intensiva.
Seja bem-vind@ à leitura dos Anais da Conexão Unifametro 2022!
Temos o prazer de disponibilizar à comunidade acadêmica os Anais do X Encontro de Iniciação à Pesquisa, X Encontro de Monitoria, XII Encontro de Pós-graduação e III Encontro de Experiências Docentes. Aqui estão os trabalhos que foram apresentados durante o evento, que agora são compartilhados em forma de artigos digitais.
Esperamos que essa coletânea possa auxiliar em estudos e pesquisas, estimular outros alunos e professores à produção científica e dar subsídios a novas práticas em campos de atuação diversos das áreas da saúde, humanas e exatas.
Agradecemos a todos pela confiaça em compartilhar suas produções científicas em nosso evento e contamos com sua participação na próxima Conexão!.
Boa leitura!
Drª. Denise Moreira Lima Lobo
Coordenadora da Comissão Científica da Conexão Unifametro 2022
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