Introdução: A paralisia facial se caracteriza pela perda involuntária dos movimentos de músculos e nervos faciais, afetando assim a mobilidade das sobrancelhas, pálpebras, lábios e outros músculos da face. As causas podem variar de acordo com sua categoria - central ou periférica, podendo ser de origem traumática, infecciosa, neoplásica ou idiopática. A grande maioria dos pacientes apresentam paralisia facial periférica, onde os músculos da metade da face são afetados. A fisioterapia atua na reabilitação desses pacientes com intuito de restabelecer as funções dos músculos faciais, minimizando as alterações de sensibilidade e evitando o risco de novas sequelas. Objetivo: Buscar na literatura novas terapêuticas utilizadas para o tratamento da paralisia facial. Metodologia: O presente estudo trata-se de uma revisão integrativa, cujo coleta de dados ocorreu nas bases de dados BVS e PUBMED. Os descritores utilizados para a pesquisa foram “facial paralysis” AND “physiotherapy”. Inicialmente, na plataforma PUBMED foram encontrados 444 artigos, no qual após delimitação do tempo e selecionado o filtro “randomized controlled trial” resultaram em 14 estudos, ademais, na base de dados BVS foram localizados 248 artigos onde posteriormente a aplicação dos mesmos filtros restaram 19. Após leitura de títulos e resumos foram incluídos 13 artigos para o estudo. Para análise e inclusão do artigos foi declarado como requisitos para inclusão ensaios clínicos publicados de 2012 a 2022, ademais, os métodos de exclusão foram artigos sem texto completo disponível, artigos duplicados, estudos que não apresentassem a fisioterapia ou métodos que podem ser aplicados pelo fisioterapeuta como intervenção e que não abordassem a temática geradora. Durante a busca não foi delimitado idioma específico. Resultados e Discussão: O estudo de Zhu et al. (2022) observou melhora significativa na força muscular com a eletroacupuntura. Martinea e colaboradores (2021) sugeriram efeito promissor da terapia de espelho em casos agudos e graves. Cappeli e colaboradores (2020) ressalta que a melhora da movimentação facial está relacionada com o tempo entre o ocorrido até o início da reabilitação, registrando menor conforto facial em mulheres, além de afirmar que pacientes que possuem outras doenças crônicas como diabetes e hipertensão têm a recuperação mais demorada. Mangi e colaboradores (2020) abordaram a acupuntura quente em Yifeng na paralisia facial com dor periauricular durante a gravidez, mostrando que as terapias combinadas com acupuntura convencional podem melhorar a dor e a função nervosa. Paolucci e colaboradores (2020) comparou os efeitos da terapia do espelho com a reabilitação tradicional (terapia de mímica e abordagem miofascial) e concluiu que o ambas as abordagens são eficaz para melhorar a função física facial, porém o grupo proposto a terapia do espelho obteve melhor resultado em relação a qualidade de vida e depressão emocional. LI e colaboradores (2019) observaram o efeito de diferentes frequências de eletroacupuntura e duração concluindo que a terapêutica aplicada (20 minutos uma vez ao dia no grupo A, 30 min uma vez ao dia no grupo B, 20 min uma vez a cada 2 dias no grupo C e 30 min uma vez a cada 2 dias no grupo D) foi eficaz no tratamento da paralisia facial idiopática. Wang et al. (2019) concluíram que a acupuntura nos pontos reflexos do lado afetado pode diminuir o tempo de tratamento. Já Cao e colaboradores (2018) abordaram o agulhamento de penetração especial versus agulhamento convencional observando que o agulhamento especial com ângulo de 45° apresentou melhor resultado. Ordahan e colaboradores (2017) abordaram a terapia de laser com baixa intensidade e exercícios de expressão facial na recuperação precoce e apontaram melhora significativa em comparação apenas a terapia com exercícios. Monini et al. (2016) apresentou que os pacientes submetidos ao kabat facial tiveram mais chance de melhora comparado ao que receberam apenas o tratamento medicamentoso com esteroides sugerindo que o tratamento seja mais rápido quando usadas as terapêuticas conjugadas, os medicamentos analisados foram mais eficazes no tratamento de casos mais graves da doença. Tuncay e colaboradores (2015) demonstraram melhora dos movimentos faciais em 3 meses com estimulação elétrica diária com início até 4 semanas após o ocorrido. Pourmomeny et al. (2014) afirmaram que a terapia de biofeedback se mostrou mais eficaz que a terapia convencional para reduzir a sincinesia causada pela patologia. O estudo de Nicastri et al. (2013) mostrou resultados significativos da atuação fisioterapêutica apenas em casos mais graves da doença. Por fim, o estudo de Liu et al. (2012) abordaram eletroacupuntura com 3 tipos de onda (contínua, densa dispersa e intermitente), concluindo que essa técnica apresenta eficácia independentemente do tipo de onda. Considerações finais: Das terapêuticas abordadas nos estudos para o tratamento da paralisia facial observamos que há muitos estudos que comprovam a viabilidade e eficácia da acupuntura e eletroacupuntura disponíveis na literatura e também ressaltam que a melhora do paciente se torna mais rápida e melhor quando combinado ao kabat facial, terapia do espelho ou tratamento convencional. Por fim, apesar de haver grande número de artigos que abordam o tema em diferentes bases de dados, reforçamos a importância de mais pesquisas para comprovar em maior escala a eficácia dos métodos analisados e investigar novas terapêuticas.
Seja bem-vind@ à leitura dos Anais da Conexão Unifametro 2022!
Temos o prazer de disponibilizar à comunidade acadêmica os Anais do X Encontro de Iniciação à Pesquisa, X Encontro de Monitoria, XII Encontro de Pós-graduação e III Encontro de Experiências Docentes. Aqui estão os trabalhos que foram apresentados durante o evento, que agora são compartilhados em forma de artigos digitais.
Esperamos que essa coletânea possa auxiliar em estudos e pesquisas, estimular outros alunos e professores à produção científica e dar subsídios a novas práticas em campos de atuação diversos das áreas da saúde, humanas e exatas.
Agradecemos a todos pela confiaça em compartilhar suas produções científicas em nosso evento e contamos com sua participação na próxima Conexão!.
Boa leitura!
Drª. Denise Moreira Lima Lobo
Coordenadora da Comissão Científica da Conexão Unifametro 2022
As normas para submissão e apresentação de trabalhos podem ser acessadas em: https://doity.com.br/conexao-unifametro-2022/artigos
Comissão Organizadora
Juliana Pereira Pessoa
Thalita Rodrigues
Thaiane Bezerra
Arlan Diego Alencar Freitas
Ricardo Junior
Fábio Júnior Braga
Murilo Costa
Davi Menezes
Raphaela Sobral
Laiza Rodrigues
Comissão Científica
Denise Moreira Lima Lobo - Coordenação Comissão Científica
Lucas Souza
Roberta Mable Rabelo Sampaio Mapurunga
A Comissão Científica permanece à disposição pelo e-mail conexaocientifica@unifametro.edu.br e presencialmente na sala da Coordenadoria de Pesquisa e Monitoria (COOPEM) localizada no Campus Carneiro da Cunha do Centro Universitário Fametro - Unifametro.
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2021 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaounifametro2021
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2020 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaounifametro2020
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2019 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaounifametro2019
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2018 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaofametro2018