INFLUÊNCIA DA SUPLEMENTAÇÃO DE ÔMEGA-3 NA DEPRESSÃO: UMA REVISÃO DE LITERATURA

  • Autor
  • Yngrid Braga de Sousa
  • Co-autores
  • Priscila Sousa do Nascimento , Antônia Gabrielle Mendonça Braga , Luara Augusta Ximenes Marinho , Cristhyane Costa de Aquino
  • Resumo
  • Introdução: É notório a incidência do transtorno depressivo maior na população. De acordo com o Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSMV) é uma patologia caracterizada por presença de sintomas durante um período de duas semanas, ter pelo menos a demonstração de um humor deprimido ou perda de interesse ou prazer. Além de outras características, tais como: perda ou ganho significativo de peso, insônia ou hiperinsônia, fadiga, capacidade reduzida para pensar e diversos outros que afetam a capacidade funcional do indivíduo. O estilo de vida e a alimentação das pessoas vem se modificando ao longo dos anos, sendo perceptível a presença de uma dieta com baixas concentrações de ômega -3. O ômega-3 é conhecido por diversos benefícios à saúde, como melhora da memória e principalmente por seu efeito anti-inflamatório no tratamento e prevenção de doenças, e são encontrados principalmente em óleos vegetais, sementes, e peixes de águas profundas. Devido a isso, a literatura tem considerado que a suplementação com ômega-3 pode ter efeitos benéficos em indivíduos portadores de depressão, uma vez que é uma doença reconhecida por ter um potencial inflamatório. Objetivo: Verificar na literatura a influência da suplementação com ácidos graxos poli-insaturados ômega-3 (PUFAs), principalmente, ácido eicosapentaenoico (EPA) e docosahexaenóico (DHA) na melhora da depressão. Metodologia: Foi realizada uma revisão sistemática de artigos publicados nos últimos 5 anos, indexados nas bases de dados Pubmed, nos idiomas, inglês, português e espanhol. Para a pesquisa foram utilizadas as palavras chaves: Ácidos graxos poli-insaturados; Depressão; Ômega-3; Suplementação. Resultados e Discussão: A depressão é uma doença inflamatória de causa multifatorial que vem se tornado um problema de saúde pública. Na qual é caracterizada por uma redução nos níveis do fator neurotrófico do cérebro (BDNF), aumento de substâncias pró-inflamatórias, redução no sistema de monoaminas (dopamina, noradrenalina e serotonina) e aumento de cortisol. Estudos populacionais demonstram uma associação entre uma alimentação com baixa concentração de ômega-3 e a depressão na população geral. O ômega-3 é uma família de ácidos graxos poli-insaturados, fazendo parte, especificamente, alfa-linolênico (ALA), que concede a formação de dois relevantes ácidos graxos de cadeia longa, o ácido eicosapentaenóico (EPA) e o ácido docosahexaenóico (DHA). Pesquisas realizadas em seres humanos com sintomas depressivos demonstraram elevação do estresse inflamatório por parte deles. O EPA é o precursor de mediadores lipídicos pró-resolução especializados conhecidos como resolvinas que atuam na resolução da inflamação e são controladas por substâncias conhecidas como mediadores lipídicos pró-resolução especializados, que são derivados do ômega-3. Devido a isso, estudos revelam que a suplementação com esse nutriente pode reduzir a inflamação basal, o estresse oxidativo devido a uma menor liberação de cortisol induzida pelo estresse, redução de IL-6 e concentrações de citocinas pró-inflamatórias durante período de alto estresse. A suplementação adotada também pode modular a resposta ao estresse, uma vez que estão envolvidos na regulação da inflamação, podendo assim, explicar seu efeito antidepressivo. Outro fator importante visto em indivíduos deprimidos é a redução do BDNF no soro quando comparado a indivíduos sem sintomas. Ele é um fator importante que está envolvido nos processos de neuroinflamação, neuroproteção e crescimento celular. A relação do ômega-3 com o BDNF pode ser esclarecida pelo o DHA que estimula a transcrição do BDNF através da ativação da via p13K/Akt e a sua suplementação por um período de 12 semanas aumentou significativamente as concentrações sanguíneas de BDNF quando comparado com ômega-6. As pesquisas demonstram que existe uma correlação entre altas concentrações de tromboxano e a depressão, podendo ser ocasionado, por um desequilíbrio entre o ômega-6/ômega-3. Entretanto, não existe um consenso sobre a dosagem padrão e a duração que deve ocorrer a suplementação e se deve ocorrer em conjunto com o antidepressivo ou somente quando o mesmo não está tendo efeito. Considerações finais: O transtorno de depressão maior é uma desordem que afeta de maneira significativa a qualidade de vida do indivíduo. Com isso, estudos vêm sendo realizados para verificar os efeitos de determinados suplementos, entre eles, o ômega-3 na doença. O uso da suplementação com ômega-3 pode ser utilizado como uma estratégia para pacientes com depressão, devido a sua capacidade anti-inflamatória, estimulação da neurogênese e diversos fatores. Contudo, mais estudos devem ser realizados para verificar a dosagem e a duração da suplementação. 

  • Palavras-chave
  • Ácidos graxos poli-insaturados; Depressão; Ômega-3; Suplementação.
  • Modalidade
  • Pôster
  • Área Temática
  • Alimentos, nutrição e saúde
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Seja bem-vind@ à leitura dos Anais da Conexão Unifametro 2022!

Temos o prazer de disponibilizar à comunidade acadêmica os Anais do X Encontro de Iniciação à Pesquisa, X Encontro de Monitoria, XII Encontro de Pós-graduação e III Encontro de Experiências Docentes. Aqui estão os trabalhos que foram apresentados durante o evento, que agora são compartilhados em forma de artigos digitais.

Esperamos que essa coletânea possa auxiliar em estudos e pesquisas, estimular outros alunos e professores à produção científica e dar subsídios a novas práticas em campos de atuação diversos das áreas da saúde, humanas e exatas.

Agradecemos a todos pela confiaça em compartilhar suas produções científicas em nosso evento e contamos com sua participação na próxima Conexão!.

Boa leitura!

Drª. Denise Moreira Lima Lobo

Coordenadora da Comissão Científica da Conexão Unifametro 2022

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