Introdução: A Paralisia do Plexo Braquial Neonatal é caracterizada por uma lesão nervosa durante o nascimento e pode ocorrer devido ao alongamento excessivo, ruptura ou avulsão. No primeiro caso, geralmente as crianças se recuperam de forma espontânea, não sendo necessárias intervenções cirúrgicas, no entanto, nas outras duas formas são necessárias práticas de reabilitação através de uma equipe multidisciplinar. A extensão do acometimento pode variar entre os nervos C5-T1, e o local da lesão (nervos afetados) vai definir se irão ocorrer interrupções motoras e/ou sensoriais no ombro, mão, cotovelo, ou comprometimento de todo o membro superior. Dentre as opções de tratamento médico destacam-se as neurocirurgias e aplicação de toxina botulínica intramuscular. A fisioterapia atua através do tratamento conservador com o intuito de promover a funcionalidade do membro afetado, mediante estimulações motoras, sensoriais e cognitivas. Objetivo: Identificar as estratégias mais utilizadas durante o tratamento das plexopatias braquiais neonatal. Metodologia: Trata-se de uma revisão de literatura utilizando os descritores “Neonatal Brachial Plexus Palsy” e “Physical therapy” realizada no portal da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Foram incluídos estudos em inglês, português e espanhol dos últimos 5 anos. Os critérios de exclusão pautaram-se em pesquisas publicadas a mais de cinco anos, idiomas diferentes dos selecionados, revisões sistemáticas e arquivos não disponíveis na íntegra. De acordo com a busca onze estudos foram encontrados e selecionados somente sete por se encaixarem nos critérios de elegibilidade. Resultados e Discussão: A PBO é uma patologia que gera acometimentos motores e sensoriais. Visando promover a melhor funcionalidade do membro afetado, sugere-se que intervenções precoces sejam feitas, dentre elas, a utilização da fisioterapia. Tal argumento é corroborado com a afirmação de Frade (2022): “A intervenção precoce da fisioterapia e terapia ocupacional foi relevante no processo de reabilitação, pois permitiu o bom restabelecimento da função, o desenvolvimento do membro lesionado e o desenvolvimento saudável da criança”. Durante o processo de reabilitação são utilizadas técnicas como mobilizações articulares passivas e ativas, fortalecimento muscular, estimulação da neuroplasticidade ao realizar movimentos repetitivos simulando a realização de atividades funcionais, estímulos táteis e proprioceptivos através do manuseio de diferentes objetos, eletroestimulação e realização de atividades bimanuais ou unilaterais. Esses mecanismos são aplicados considerando as características gerais de dificuldade motora, dentre elas: realizar rotação externa de ombro, flexão de ombro, flexão de cotovelo e pronação do membro superior afetado. Além disso, outra ferramenta que vem sendo estudada para compor o protocolo de tratamento é a terapia de movimento induzido por restrição, que consiste em imobilizar o membro não afetado, através de uma órtese, para estimular a realização de atividades de vida diária com o outro membro, evitando a criação de posturas viciosas e não utilização do segmento. A literatura comprova o uso dessa terapia no tratamento de pacientes com paralisia cerebral, mas recentes estudos apontam sua eficácia na PBO, como relata Werner (2020) em sua pesquisa que comprova que a terapia de contensão induzida foi superior ao tratamento conservador para melhorar o desempenho bimanual imediatamente após o tratamento, mas não para aumentar a quantidade ou a qualidade do uso do membro superior. Portanto, uma estratégia baseada na utilização dos procedimentos que apresentam melhora no quadro clínico seria a escolha ideal para minimizar as sequelas e proporcionar maior qualidade de vida aos pacientes. Considerações finais: A atuação da fisioterapia, juntamente com uma equipe multiprofissional, munindo-se da combinação de diversas intervenções terapêuticas motoras, sensoriais e cognitivas no protocolo de tratamento, quando usada precocemente, promove o ganho funcional do membro superior em crianças acometidas por Paralisia do Plexo Braquial Neonatal.
Seja bem-vind@ à leitura dos Anais da Conexão Unifametro 2022!
Temos o prazer de disponibilizar à comunidade acadêmica os Anais do X Encontro de Iniciação à Pesquisa, X Encontro de Monitoria, XII Encontro de Pós-graduação e III Encontro de Experiências Docentes. Aqui estão os trabalhos que foram apresentados durante o evento, que agora são compartilhados em forma de artigos digitais.
Esperamos que essa coletânea possa auxiliar em estudos e pesquisas, estimular outros alunos e professores à produção científica e dar subsídios a novas práticas em campos de atuação diversos das áreas da saúde, humanas e exatas.
Agradecemos a todos pela confiaça em compartilhar suas produções científicas em nosso evento e contamos com sua participação na próxima Conexão!.
Boa leitura!
Drª. Denise Moreira Lima Lobo
Coordenadora da Comissão Científica da Conexão Unifametro 2022
As normas para submissão e apresentação de trabalhos podem ser acessadas em: https://doity.com.br/conexao-unifametro-2022/artigos
Comissão Organizadora
Juliana Pereira Pessoa
Thalita Rodrigues
Thaiane Bezerra
Arlan Diego Alencar Freitas
Ricardo Junior
Fábio Júnior Braga
Murilo Costa
Davi Menezes
Raphaela Sobral
Laiza Rodrigues
Comissão Científica
Denise Moreira Lima Lobo - Coordenação Comissão Científica
Lucas Souza
Roberta Mable Rabelo Sampaio Mapurunga
A Comissão Científica permanece à disposição pelo e-mail conexaocientifica@unifametro.edu.br e presencialmente na sala da Coordenadoria de Pesquisa e Monitoria (COOPEM) localizada no Campus Carneiro da Cunha do Centro Universitário Fametro - Unifametro.
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2021 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaounifametro2021
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2020 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaounifametro2020
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2019 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaounifametro2019
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2018 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaofametro2018