ACESSIBILIDADE AOS SERVIÇOS DE SAÚDE SOB A PERSPECTIVA DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA E DOS FISIOTERAPEUTAS

  • Autor
  • Maria Clara Alves Viana
  • Co-autores
  • Paula Ticiane Ponte Varela , Sabrina Pereira Rocha , Eliomar Freitas de Almeida , Francisco Fleury Uchoa Santos Junior , Denise Moreira Lima Lobo
  • Resumo
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    Introdução: De acordo com o Estatuto da Pessoa com Deficiência, são consideradas como tais aquelas que apresentam algum impedimento de longo prazo, seja físico, mental, intelectual ou sensorial, que atrapalhe sua plena participação na sociedade. Segundo a Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF), as deficiências podem derivar de problemas nas estruturas corporais, como membros ou órgãos, ou nas funções fisiológicas do organismo. O fisioterapeuta é, em geral, familiarizado com as questões relacionadas à deficiência na função de locomoção, uma vez que diversas áreas da profissão lidam diariamente com pessoas que buscam recuperar mobilidade. Desta forma, é essencial conhecer como a acessibilidade pode impactar o acesso aos serviços de tratamentos fisioterapêuticos. Objetivo: Identificar, através da literatura, as principais dificuldades de acessibilidade que as pessoas com deficiência encontram ao buscar serviços de fisioterapia Metodologia: Trata-se de uma revisão bibliográfica, onde foram utilizados sites de busca, como PUBMED, SCIELO e Google Acadêmico, através das palavras-chave: locomoção, acessibilidade, fisioterapia e deficiência. Os critérios para inclusão foram: estudos observacionais, publicados no idioma português, nos últimos dez anos. Foram excluídos trabalhos de conclusão de curso, teses,dissertações e estudos de revisão de literatura. Resultados e Discussão: Em um estudo com pacientes portadores de paraparesia espástica tropical – doença causada por um vírus que diminui a capacidade motora – os participantes descreveram, por meio de entrevistas, diversos fatores que limitam sua adesão à fisioterapia, como a dificuldade de acesso (transporte e barreiras arquitetônicas), dependência externa (clima, acompanhante e medo de quedas), dependência financeira e dependência de consultas médicas (choque de horário com a fisioterapia). Já em estudo realizado com fisioterapeutas de unidades de saúde pública e responsáveis por pacientes crianças e adolescentes com deficiência, percebe-se que a dimensão financeira gera entraves até mesmo para aqueles que fazem uso do sistema público de saúde. Os profissionais entrevistados neste estudo perceberam que faltam informações aos responsáveis, o que evidencia necessidade de desenvolver ações educativas para esse público, uma vez que isso pode refletir na procura ou continuidade de um tratamento. Outro fator limitante é a negação dos responsáveis a respeito da deficiência, o que pode postergar a procura de um tratamento adequado e consequentemente causar piora no quadro. Ainda neste contexto, uma pesquisa com pacientes acometidos por afecções neurológicas demonstra outros fatores importantes além dos principais citados anteriormente, como é o caso da descontinuidade de tratamento por parte dos pacientes idosos pela constante mudança dos profissionais que os atendem, causando quebra de vínculo – aspecto que para esse público tem ainda maior importância comparado à outras faixas etárias. Ademais, a falta de orientações por parte da equipe de saúde e a dificuldade dessa mesma equipe chegar aos atendimentos domiciliares também contribuem como limitações. Outro estudo explana uma perspectiva diferente ao descrever os benefícios da presença de profissionais fisioterapeutas atuando dentro de escolas para auxiliar no desempenho dos alunos que possuem deficiências. Além da atuação do fisioterapeuta dentro do contexto educacional propiciar melhoras para várias demandas dos alunos como posicionamento, adaptação da mobília e orientação aos pais e professores– ainda existe o fator de exposição do profissional que se faz presente na vida desses alunos, o que abre oportunidades para conscientizar sobre a necessidade do atendimento direcionado para cada pessoa, aumentando, indiretamente, o senso de valor da profissão. Esses achados corroboram com um outro estudo, que, inclusive, reitera a possibilidade de o fisioterapeuta trabalhar como consultor para os educadores comuns. Entretanto, também cita que dentre os fisioterapeutas participantes da pesquisa, apenas 8 de 47 cursaram disciplinas específicas voltadas para pessoas com deficiências. Isso expõe uma lacuna na formação desses profissionais, o que pode influenciar sua atuação reduzida nas intervenções de pessoas com deficiência física. Considerações finais: Conclui-se que as principais limitações de acessibilidade encontradas foram: a dificuldade de acesso – relacionada ao transporte ou barreiras arquitetônicas – limitações financeiras, incluindo aqueles que fazem o uso do sistema público de saúde, dependência médica, a negação dos responsáveis a respeito da deficiência, a falta da informação e orientação aos responsáveis, havendo necessidades de ações educativas para esse público.

     

                               

     

  • Palavras-chave
  • Locomoção, acessibilidade, motricidade, deficiência física, fisioterapia, inclusão.
  • Modalidade
  • Pôster
  • Área Temática
  • Promoção, prevenção e reabilitação em fisioterapia
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Seja bem-vind@ à leitura dos Anais da Conexão Unifametro 2022!

Temos o prazer de disponibilizar à comunidade acadêmica os Anais do X Encontro de Iniciação à Pesquisa, X Encontro de Monitoria, XII Encontro de Pós-graduação e III Encontro de Experiências Docentes. Aqui estão os trabalhos que foram apresentados durante o evento, que agora são compartilhados em forma de artigos digitais.

Esperamos que essa coletânea possa auxiliar em estudos e pesquisas, estimular outros alunos e professores à produção científica e dar subsídios a novas práticas em campos de atuação diversos das áreas da saúde, humanas e exatas.

Agradecemos a todos pela confiaça em compartilhar suas produções científicas em nosso evento e contamos com sua participação na próxima Conexão!.

Boa leitura!

Drª. Denise Moreira Lima Lobo

Coordenadora da Comissão Científica da Conexão Unifametro 2022

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