ALETRAÇÕES CLÍNICAS E LABORATORIAIS INDUZIDAS POR TRICHODECTEES CANIS EM UM CÃO: RELATO DE CASO

ALETRAÇÕES CLÍNICAS E LABORATORIAIS INDUZIDAS POR TRICHODECTEES CANIS EM UM CÃO: RELATO DE CASO

• Autor
• Leticia Jatai Castelo Ribeiro Silveira
• Co-autores
• Lince Nogueira De Benedictis , Gabriel Soares de Lima , Maria Eduarda Fontenelle Nogueira , Ana Karine Rocha de Melo Leite
• Resumo

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  Introdução: Os ectoparasitas são freqüentes na rotina clínica veterinária. O Thicodectees canis é conhecido como piolho mastigador canino que leva a pediculose nesses animais. Ela é uma enfermidade incomum em cães que normalmente é encontrada em animais jovens, descuidados e desnutridos. A pediculose pode induzir sinais clínicos como: inquietação e prurido, com seborréia, alopecia e/ou escoriação secundárias. Objetivo: Descrever as alterações clínicas e laboratoriais induzidas por pediculose em um cão. Metodologia: Foi atendido em uma Clínica Veterinária em Fortaleza-Ceará, um cão de 8 meses da raça Yorkshire. A queixa principal era prurido intenso e alopecia na região do pescoço do animal. Ao exame físico, verificaram-se mucosas normocoradas e freqüência respiratória e cardíaca normais. Após anamnese, solicitou-se hemograma completo, dosagens bioquímicas séricas e pesquisa de ectoparasitas e fungos por meio de um raspado de pele. Resultados e Discussão: A pesquisa de ectoparasitas mostrou a presença de Trichodectees canis, diagnosticando-se assim pediculose no animal. No eritrograma verificou-se aumento do número de hemácias 8,30 x10⁶ mm³ (6,00-7,00 x10⁶mm³), mostrando um quadro de provável policitemia relativa que pode estar associada à desidratação. Provavelmente com o intenso prurido, o animal não ingeria água suficiente, levando a esse quadro. Já o leucograma mostrou uma leucocitose discreta 16.100 mm³(8.000- 16.100 mm³), eosinofilia 966 mm³ (80-960 mm³), linfocitose 6.762 mm³ (1.600-6.400 mm³) e monocitose 1.610 mm³ (160-1.280 mm³). Dados mostram que a leucocitose pode estar associada a processo inflamatório agudo. De fato, como o animal apresentava intenso prurido, é possível que isso tenha levado a uma solução de continuidade e infecção secundária na pele do animal. A linfocitose e a monocitose também podem ser indicativos de um processo inflamatório. Em relação à eosinofilia, dados mostram que ela está envolvida em principalmente em quadros alérgicos e parasitários. Dessa forma, é possível que o animal esteja desenvolvendo uma alergia ao Thicodectees canis, necessitando-se de maiores investigações. Em relação à quantificação das dosagens bioquímicas séricas, observou-se um aumento da uréia 66,80 mg/dl (10 a 60 mg/dl), porém creatina, ALT e AST apresentaram-se dentro dos parâmetros da normalidade. Dados mostram que a uremia pode estar associada a proteólise ou até mesmo a redução do fluxo renal, ou seja, desidratação. Então, nesse relato essa alteração provavelmente é devido a desidratação do animal. Considerações finais: Conclui-se, nesse relato que a pediculose induzida pelo Trichodectees canis é uma realidade na clínica veterinária. Ela levou a alterações clínicas que comprometeram o bem estar do animal e a alterações hematológicas e bioquímicas que devem ser melhor investigadas.

   

• Palavras-chave
• Piolho; Hematologia; Bioquímica
• Modalidade
• Pôster
• Área Temática
• CLÍNICA E BIOTECNOLOGIAS APLICADAS EM MEDICINA VETERINÁRIA

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