Introdução: A traquéia é um órgão tubular, cartilaginoso, flexível e membranoso de grande importância na respiração e na imunidade inata. A avaliação desse órgão na rotina clínica não deve ser esquecida, já que as afecções visualizadas nesse órgão podem até comprometer a vida do animal. Nesse contexto, tem-se a hipoplasia ou estenose traqueal que se caracteriza pela redução do lúmen e, conseqüente, obstrução parcial do fluxo respiratório para os brônquios. Ela é comum em cães de pequeno porte e miniaturas, destacando-se principalmente os braquicefálicos. Os sinais respiratórios nos animais acometidos variam de acordo com a causa e o grau de comprometimento da traquéia. Dessa forma, pode-se visualizar desde animais assintomáticos ou até mesmo dispnéia obstrutiva. Objetivo: Descrever um caso de hipoplasia de traquéia e suas complicações em uma cadela da raça Sptiz Alemão. Metodologia: Foi atendido em uma clínica veterinária em Fortaleza, Ceará, uma cadela, Spizt Alemão, com 4 anos de idade. A mesma inicialmente mesma apresentava um quadro de intolerância ao exercício que progrediu para tosse, dispnéia, taquipnéia e síncope respiratória. O animal foi internado e medicado, porém apresentou um quadro de emese e pneumonia aspirativa. Recebeu oxigenioterapia por 36 horas para estabilização do quadro, sendo solicitados: radiografia de tórax e glicemia. Resultados e Discussão: Sabe-se que a indicação para avaliação da traquéia por meio da radiografia é vista em casos de tosse e dispnéia, achados clínicos visualizados nesse relato. Dessa forma, o resultado da radiografia no animal mostrou: silhueta cardíaca com tamanho próximo ao limite máximo da normalidade; aumento de opacidade alveolar em região caudal do lobo pulmonar esquerdo; proporção da altura traqueal e entrada do tórax em 0,11 sugerindo hipoplasia traqueal. Não houve alterações radiográficas compatíveis com neoformação em região de campos pulmonares. Dessa forma, diante do resultado da radiografia, diagnosticou-se hipoplasia traqueal no animal. De fato, o diagnóstico dessa enfermidade baseia-se na história clínica, anamnese, exame clínico e radiografia. Em relação ao quadro de intolerância ao exercício, tosse e dispnéia observados no animal, esses são sinais clássicos de obstrução das vias aéreas anteriores. Por tanto, são sinais clínicos esperados na hipoplasia traqueal. A taquipnéia visualizada no animal é compensatória, já que havia uma dificuldade no fluxo de ar para os pulmões. Ainda, esse achado visa evitar um quadro de acidose respiratória e metabólica que podem comprometer a vida do animal. Entretanto, ela não foi suficiente, já que o animal apresentou um quadro de síncope. Em relação ao vômito também observado no animal, esse pode estar associado a distúrbios metabólicos e, inclusive, induziu pneumonia aspirativa. O resultado da glicemia mostrou-se abaixo dos limites da normalidade. De fato, como o animal não estava se alimentando, era esperada uma redução de glicose sérica no animal. Diante de todo o quadro o animal foi encaminhado para um pneumologista. Considerações finais: Conclui-se, nesse relato, que a hipoplasia traqueal é uma realidade na rotina clínica, podendo acometer animais de várias raças, inclusive não braquicefálicos. A radiografia foi essencial para se alcançar o diagnóstico dessa enfermidade. A hipoplasia traqueal induziu alterações clínicas e metabólicas que comprometeram o bem estar do animal, necessitando-se de maiores investigações para amenizar os sinais clínicos ou até mesmo curar o animal.
Seja bem-vind@ à leitura dos Anais da Conexão Unifametro 2023!
Temos o prazer de disponibilizar à comunidade acadêmica os Anais do XI Encontro de Iniciação à Pesquisa, XI Encontro de Monitoria, o XIII Encontro de Pós-graduação e o IV Encontro de Experiências Docentes. Aqui estão os trabalhos que foram apresentados durante o evento, que agora são compartilhados em forma de artigos digitais.
Esperamos que essa coletânea possa auxiliar em estudos e pesquisas, estimular outros alunos e professores à produção científica e dar subsídios a novas práticas em campos de atuação diversos das áreas da saúde, humanas e exatas.
Agradecemos a todos pela confiaça em compartilhar suas produções científicas em nosso evento e contamos com sua participação na próxima Conexão!.
Boa leitura!
Drª. Denise Moreira Lima Lobo
Coordenadora da Comissão Científica da Conexão Unifametro 2023.
As normas para submissão e apresentação de trabalhos podem ser acessadas em: https://doity.com.br/conexao-unifametro-2023/artigos
Comissão Organizadora
Thalita Rodrigues
Fábio Júnior Braga
Laiza.Rodrigues
Thaiane Bezerra
Tom Lobo
Davi Menezes
Raphaela Sobral
Rita Maria Lima Reouças
Keise Daiane Teixeira Sousa
Comissão Científica
Denise Moreira Lima Lobo - Coordenação Comissão Científica
Antônio Adriano da Rocha Nogueira
A Comissão Científica permanece à disposição pelo e-mail conexaocientifica@unifametro.edu.br e presencialmente na sala da Coordenadoria de Pesquisa e Monitoria (COOPEM) localizada no Campus Carneiro da Cunha do Centro Universitário Fametro - Unifametro.
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2022 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaounifametro2022
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2021 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaounifametro2021
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2020 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaounifametro2020
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2019 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaounifametro2019
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2018 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaofametro2018