Introdução: No Brasil cerca de 8,4% de pessoas acima de dois anos são portadoras de algum
tipo de deficiência, segundo dados do IBGE coletados em 2019. Nos últimos anos essa temática
tem sido bastante discutida, mas ao se falar da acessibilidade desses indivíduos a locais públicos
de lazer e esporte, os mesmos enfrentam grandes desafios. Os obstáculos mais evidentes seriam
a ineficiência das Políticas Públicas e o acesso dessas pessoas aos espaços de lazer/esportes, o
que negligencia o direito desse grupo de ir e vir, de ter sua própria autonomia e de vivenciar
experiências sociais. Dessa forma, faz-se necessário discutir sobre a inserção de pessoas com
deficiências nos espaços públicos. Objetivo: Analisar a acessibilidade de PCD’s nos espaços
públicos de lazer e esporte. Metodologia: Trata-se de uma revisão de literatura de estudos
pesquisados na base de dados BVS e plataforma EBSCOhost. Foram utilizadas as palavras
chaves na língua portuguesa “pessoa com deficiência física”, “inclusão social” e “atividades de
lazer”, aplicando o filtro texto completo e usando o operador booleano AND para a pesquisa. Foram definidos como critérios de
inclusão: estudos publicados nos últimos 10 anos nos idiomas inglês e português,
desconsiderados os que não atendessem a discrição. Realizada a leitura por título e resumo,
excluindo os que fugissem do objetivo deste estudo, escolhidos para leitura na íntegra os que
prezassem a temática principal escolhida. Resultados e Discussão: Foram encontrados 12
artigos, onde oito abordavam de forma vaga ou fugiam do tema, desde o título ao resumo, sendo
selecionados apenas quatro para a presente pesquisa. Dentre os selecionados, um de caráter
qualitativo exploratório, outro qualitativo documental, um somente qualitativo e outro descritivo
exploratório. Os estudos mostraram que ainda existe muita dificuldade nos trajetos aos locais de
lazer/esporte como problemas nos elevadores de transportes públicos, falta de calçamentos, de
banheiros adaptados em boas condições e de sinalizações nas vias públicas. Além disso, foi visto
que alguns parques não apresentavam programas esportivos voltados para PCD’s, tinham
restrições quanto ao horário de funcionamento e dias da semana e falta de estrutura adaptada
para PCD’s. Outro obstáculo que envolve o livre acesso desses indivíduos aos ambientes
externos seria a ineficiência de Políticas Públicas. O Estado tem o dever de garantir o livre
acesso de todas as pessoas, já que estas têm o direito ao lazer/esporte. Em boa parte dos estados
brasileiros, não existem leis voltadas para os PCD’s, pois o Estado formula a legislação baseado
no “homem-padrão”, que seria aquele com nenhum tipo de deficiência, sendo ela cognitiva,
física, visual, auditiva ou múltipla. Dessa forma, fica evidente que a legislação precisa
contemplar toda a diversidade da população e respeitando as suas particularidades. As pessoas
com deficiências físicas precisam estar inseridas no contexto social, ter interações, ter convívios
com outras pessoas e apresentar sua autonomia e independência preservadas. Considerações
finais: Diante dos artigos analisados, conclui-se que é necessário investir mais em acessibilidade
arquitetônica e em Políticas Públicas que sejam voltadas para a inclusão de PCD’s no âmbito do
lazer, da cultura e do esporte, pois trará diversos benefícios tanto para o desenvolvimento
pessoal, quanto para o tratamento desses indivíduos. Vale ressaltar que a facilidade das pessoas
com deficiências físicas em acessar os locais públicos é fundamental para preservar sua
autonomia e liberdade. Ademais, fica evidente que a legislação, se fosse eficiente, poderia
melhorar de forma direta o estilo de vida dessas pessoas e seria o ponto de partida para um
melhor crescimento social.
Seja bem-vind@ à leitura dos Anais da Conexão Unifametro 2023!
Temos o prazer de disponibilizar à comunidade acadêmica os Anais do XI Encontro de Iniciação à Pesquisa, XI Encontro de Monitoria, o XIII Encontro de Pós-graduação e o IV Encontro de Experiências Docentes. Aqui estão os trabalhos que foram apresentados durante o evento, que agora são compartilhados em forma de artigos digitais.
Esperamos que essa coletânea possa auxiliar em estudos e pesquisas, estimular outros alunos e professores à produção científica e dar subsídios a novas práticas em campos de atuação diversos das áreas da saúde, humanas e exatas.
Agradecemos a todos pela confiaça em compartilhar suas produções científicas em nosso evento e contamos com sua participação na próxima Conexão!.
Boa leitura!
Drª. Denise Moreira Lima Lobo
Coordenadora da Comissão Científica da Conexão Unifametro 2023.
As normas para submissão e apresentação de trabalhos podem ser acessadas em: https://doity.com.br/conexao-unifametro-2023/artigos
Comissão Organizadora
Thalita Rodrigues
Fábio Júnior Braga
Laiza.Rodrigues
Thaiane Bezerra
Tom Lobo
Davi Menezes
Raphaela Sobral
Rita Maria Lima Reouças
Keise Daiane Teixeira Sousa
Comissão Científica
Denise Moreira Lima Lobo - Coordenação Comissão Científica
Antônio Adriano da Rocha Nogueira
A Comissão Científica permanece à disposição pelo e-mail conexaocientifica@unifametro.edu.br e presencialmente na sala da Coordenadoria de Pesquisa e Monitoria (COOPEM) localizada no Campus Carneiro da Cunha do Centro Universitário Fametro - Unifametro.
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2022 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaounifametro2022
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2021 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaounifametro2021
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2020 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaounifametro2020
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2019 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaounifametro2019
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2018 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaofametro2018