REALIDADE VIRTUAL INTEGRADA AO TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO DE PACIENTES PÓS AVC

  • Autor
  • Sarah Ingrid Farias Machado
  • Co-autores
  • Maria Luiza Teixeira Silva Lôu , Tatiana Gomes Martins , Aline Rodrigues de Albuquerque , Denise Moreira Lima Lobo , Naiana Gonçalves de Bittencourt Vieira
  • Resumo
  • Introdução: Considerada a doença silenciosa do século, o Acidente Vascular Cerebral (AVC) possui uma grande incidência e está dentro do grupo de doenças vasculares com maiores taxas de morbidade. O quadro de sequelas de um AVC engloba diversas especificidades e pode prejudicar diversos sistemas, onde os pacientes muitas vezes são afetados por algum comprometimento motor, físico ou cognitivo. A condição clínica de uma pessoa acometida pelo AVC geralmente possui sequelas que implicam certo grau de dependência, onde muitos pacientes são impedidos de voltar às suas atividades diárias e exigem uma atenção especial. Com o crescente avanço tecnológico, muitos modelos de reabilitação vêm sendo desenvolvidos e o uso da realidade virtual é uma delas, podendo utilizar simulações reais adaptadas às funções das pessoas acometidas com hemiparesia, por exemplo, que é uma importante sequela do AVC. A Realidade Virtual tem uma semelhança com o estímulo do ambiente real, porém é gerada de forma eletrônica, utilizando de recursos virtuais, onde há uma interação com a realidade e é explicada através dos neurônios espelhos que são usados para visualizar movimentos que irão facilitar a dinâmica de aprendizado. Os sistemas de jogos podem gerar movimentação para produzir atividade física e contribuir para a melhora do equilíbrio, da mobilidade e da cognição. Essa tecnologia também estimula o interesse e a motivação do paciente em relação à terapia, contribuindo para o processo de reabilitação. É importante avaliar as evidências científicas sobre o recurso citado, portanto, o objetivo desse resumo simples se dá através de resultados funcionais obtidos através do uso da realidade virtual. Objetivo: Apresentar o uso da realidade virtual no tratamento fisioterapêutico de pacientes pós AVC. Metodologia: O estudo tratou-se de uma revisão integrativa, pesquisada nas bases de dados Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), MEDLINE, LILACS onde foi encontrado um total de 14 artigos, sendo 6 deles selecionados para o estudo. Utilizando os descritores: Acidente vascular encefálico, tratamento fisioterapêutico, realidade virtual. Os artigos incluídos utilizavam o uso da realidade virtual no tratamento fisioterapêutico dos pacientes pós AVC, publicados entre os anos de 2003 a 2023, em língua portuguesa e inglesa. Foram excluídos trabalhos que não condizem com o tema abordado ou duplicados.  Resultados e Discussão: O resultado deste estudo no geral demonstrou resultados satisfatórios em seus achados bibliográficos sobre a reabilitação de pacientes pós avc. Em um dos artigos utilizados no ano de 2012, foi avaliado a eficácia na reabilitação de pacientes pós avc  com uso do jogo de Nintendo Wii em um ambiente de realidade virtual, foram encontrados resultados satisfatórios que relatam melhorias em coordenação, agilidade e sistema motor de membros superiores. O estudo destaca que o uso da realidade virtual foi associado à terapia convencional como terapia ocupacional, obtendo assim, melhores resultados. Também obteve bons resultados comparando a fisioterapia convencional e os efeitos da realidade virtual relacionados ao equilíbrio, marcha e função motora de pacientes com sequelas de AVC. Ao final do estudo, foi observado melhoras na velocidade da marcha, distância percorrida, resistência ao caminhar, maior capacidade de vencer obstáculos e comprimento do passo, considerando assim, a realidade virtual uma aliada à terapia convencional, não como uso prioritário. Podemos observar diferentes resultados quanto à funcionalidade e percepção de melhora em pacientes com hemiparesia crônica, e avaliação da independência funcional aliado à cinesioterapia. O Nintendo Wii foi usado no primeiro estudo para proporcionar interação ativa, resultando em melhoria nos componentes psicológicos, sono, estabilidade emocional e nos relacionamentos , além de melhora significativa na pontuação do jogo Free Step. Enquanto o segundo estudo, não apresentou diferenças visíveis em pré e pós-intervenção, não modificando o quadro de independência funcional dos pacientes. Também não houveram piores, tornando o uso desses tratamentos, sem malefícios se usados de forma conjunta. Por fim, um estudo trouxe resultados inconclusos sobre utilização da realidade virtual como complemento em estratégias fisioterapêuticas relacionadas à reabilitação de membro superior parético de pacientes pós-AVC. Em sua conclusão observou-se não ter resultados estatísticos significativos quanto a melhora funcional do membro afetado, contudo, se mostrou eficaz na percepção de melhora e bem estar geral do paciente. Concluindo com a necessidade de mais estudos no âmbito de novas tecnologias de realidade virtual  com o intuito de melhorar o nível de evidência científica em indivíduos portadores de sequelas de AVC. Considerações finais: Mediante o exposto, percebe-se que a utilização da RV como ferramenta de reabilitação do paciente pós AVC é um recurso positivo, podendo ser utilizado como sendo ou não complemento do tratamento habitual, que proporciona estímulos diversos e de maneira dinâmica sendo adaptável a condição de cada paciente. Um outro ponto importante é que esse dinamismo da RV atua como agente motivador para que esses pacientes deem prosseguimento ao tratamento e evoluam retomando gradativamente sua funcionalidade.

     
  • Palavras-chave
  • Acidente Vascular Cerebral; Tratamento Fisioterapêutico; Realidade Virtual.
  • Modalidade
  • Pôster
  • Área Temática
  • PROMOÇÃO, PREVENÇÃO E REABILITAÇÃO EM FISIOTERAPIA
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Seja bem-vind@ à leitura dos Anais da Conexão Unifametro 2023!

Temos o prazer de disponibilizar à comunidade acadêmica os Anais do XI Encontro de Iniciação à Pesquisa, XI Encontro de Monitoria, o XIII Encontro de Pós-graduação e o IV Encontro de Experiências Docentes. Aqui estão os trabalhos que foram apresentados durante o evento, que agora são compartilhados em forma de artigos digitais.

Esperamos que essa coletânea possa auxiliar em estudos e pesquisas, estimular outros alunos e professores à produção científica e dar subsídios a novas práticas em campos de atuação diversos das áreas da saúde, humanas e exatas.

Agradecemos a todos pela confiaça em compartilhar suas produções científicas em nosso evento e contamos com sua participação na próxima Conexão!.

Boa leitura!

Drª. Denise Moreira Lima Lobo

Coordenadora da Comissão Científica da Conexão Unifametro 2023.

As normas para submissão e apresentação de trabalhos podem ser acessadas em: https://doity.com.br/conexao-unifametro-2023/artigos

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