Introdução: Considerada a doença silenciosa do século, o Acidente Vascular Cerebral (AVC) possui uma grande incidência e está dentro do grupo de doenças vasculares com maiores taxas de morbidade. O quadro de sequelas de um AVC engloba diversas especificidades e pode prejudicar diversos sistemas, onde os pacientes muitas vezes são afetados por algum comprometimento motor, físico ou cognitivo. A condição clínica de uma pessoa acometida pelo AVC geralmente possui sequelas que implicam certo grau de dependência, onde muitos pacientes são impedidos de voltar às suas atividades diárias e exigem uma atenção especial. Com o crescente avanço tecnológico, muitos modelos de reabilitação vêm sendo desenvolvidos e o uso da realidade virtual é uma delas, podendo utilizar simulações reais adaptadas às funções das pessoas acometidas com hemiparesia, por exemplo, que é uma importante sequela do AVC. A Realidade Virtual tem uma semelhança com o estímulo do ambiente real, porém é gerada de forma eletrônica, utilizando de recursos virtuais, onde há uma interação com a realidade e é explicada através dos neurônios espelhos que são usados para visualizar movimentos que irão facilitar a dinâmica de aprendizado. Os sistemas de jogos podem gerar movimentação para produzir atividade física e contribuir para a melhora do equilíbrio, da mobilidade e da cognição. Essa tecnologia também estimula o interesse e a motivação do paciente em relação à terapia, contribuindo para o processo de reabilitação. É importante avaliar as evidências científicas sobre o recurso citado, portanto, o objetivo desse resumo simples se dá através de resultados funcionais obtidos através do uso da realidade virtual. Objetivo: Apresentar o uso da realidade virtual no tratamento fisioterapêutico de pacientes pós AVC. Metodologia: O estudo tratou-se de uma revisão integrativa, pesquisada nas bases de dados Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), MEDLINE, LILACS onde foi encontrado um total de 14 artigos, sendo 6 deles selecionados para o estudo. Utilizando os descritores: Acidente vascular encefálico, tratamento fisioterapêutico, realidade virtual. Os artigos incluídos utilizavam o uso da realidade virtual no tratamento fisioterapêutico dos pacientes pós AVC, publicados entre os anos de 2003 a 2023, em língua portuguesa e inglesa. Foram excluídos trabalhos que não condizem com o tema abordado ou duplicados. Resultados e Discussão: O resultado deste estudo no geral demonstrou resultados satisfatórios em seus achados bibliográficos sobre a reabilitação de pacientes pós avc. Em um dos artigos utilizados no ano de 2012, foi avaliado a eficácia na reabilitação de pacientes pós avc com uso do jogo de Nintendo Wii em um ambiente de realidade virtual, foram encontrados resultados satisfatórios que relatam melhorias em coordenação, agilidade e sistema motor de membros superiores. O estudo destaca que o uso da realidade virtual foi associado à terapia convencional como terapia ocupacional, obtendo assim, melhores resultados. Também obteve bons resultados comparando a fisioterapia convencional e os efeitos da realidade virtual relacionados ao equilíbrio, marcha e função motora de pacientes com sequelas de AVC. Ao final do estudo, foi observado melhoras na velocidade da marcha, distância percorrida, resistência ao caminhar, maior capacidade de vencer obstáculos e comprimento do passo, considerando assim, a realidade virtual uma aliada à terapia convencional, não como uso prioritário. Podemos observar diferentes resultados quanto à funcionalidade e percepção de melhora em pacientes com hemiparesia crônica, e avaliação da independência funcional aliado à cinesioterapia. O Nintendo Wii foi usado no primeiro estudo para proporcionar interação ativa, resultando em melhoria nos componentes psicológicos, sono, estabilidade emocional e nos relacionamentos , além de melhora significativa na pontuação do jogo Free Step. Enquanto o segundo estudo, não apresentou diferenças visíveis em pré e pós-intervenção, não modificando o quadro de independência funcional dos pacientes. Também não houveram piores, tornando o uso desses tratamentos, sem malefícios se usados de forma conjunta. Por fim, um estudo trouxe resultados inconclusos sobre utilização da realidade virtual como complemento em estratégias fisioterapêuticas relacionadas à reabilitação de membro superior parético de pacientes pós-AVC. Em sua conclusão observou-se não ter resultados estatísticos significativos quanto a melhora funcional do membro afetado, contudo, se mostrou eficaz na percepção de melhora e bem estar geral do paciente. Concluindo com a necessidade de mais estudos no âmbito de novas tecnologias de realidade virtual com o intuito de melhorar o nível de evidência científica em indivíduos portadores de sequelas de AVC. Considerações finais: Mediante o exposto, percebe-se que a utilização da RV como ferramenta de reabilitação do paciente pós AVC é um recurso positivo, podendo ser utilizado como sendo ou não complemento do tratamento habitual, que proporciona estímulos diversos e de maneira dinâmica sendo adaptável a condição de cada paciente. Um outro ponto importante é que esse dinamismo da RV atua como agente motivador para que esses pacientes deem prosseguimento ao tratamento e evoluam retomando gradativamente sua funcionalidade.
Seja bem-vind@ à leitura dos Anais da Conexão Unifametro 2023!
Temos o prazer de disponibilizar à comunidade acadêmica os Anais do XI Encontro de Iniciação à Pesquisa, XI Encontro de Monitoria, o XIII Encontro de Pós-graduação e o IV Encontro de Experiências Docentes. Aqui estão os trabalhos que foram apresentados durante o evento, que agora são compartilhados em forma de artigos digitais.
Esperamos que essa coletânea possa auxiliar em estudos e pesquisas, estimular outros alunos e professores à produção científica e dar subsídios a novas práticas em campos de atuação diversos das áreas da saúde, humanas e exatas.
Agradecemos a todos pela confiaça em compartilhar suas produções científicas em nosso evento e contamos com sua participação na próxima Conexão!.
Boa leitura!
Drª. Denise Moreira Lima Lobo
Coordenadora da Comissão Científica da Conexão Unifametro 2023.
As normas para submissão e apresentação de trabalhos podem ser acessadas em: https://doity.com.br/conexao-unifametro-2023/artigos
Comissão Organizadora
Thalita Rodrigues
Fábio Júnior Braga
Laiza.Rodrigues
Thaiane Bezerra
Tom Lobo
Davi Menezes
Raphaela Sobral
Rita Maria Lima Reouças
Keise Daiane Teixeira Sousa
Comissão Científica
Denise Moreira Lima Lobo - Coordenação Comissão Científica
Antônio Adriano da Rocha Nogueira
A Comissão Científica permanece à disposição pelo e-mail conexaocientifica@unifametro.edu.br e presencialmente na sala da Coordenadoria de Pesquisa e Monitoria (COOPEM) localizada no Campus Carneiro da Cunha do Centro Universitário Fametro - Unifametro.
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2022 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaounifametro2022
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2021 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaounifametro2021
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2020 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaounifametro2020
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2019 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaounifametro2019
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2018 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaofametro2018