Introdução: Os cuidados paliativos se têm início quando as terapêuticas utilizadas para a doença começam a perder efeito, os cuidados devem ser aplicados para evitar progressão da doença, dispondo ao paciente melhor qualidade de vida e independência dentro do quadro estipulado pela mesma. Entende-se funcionalidade como uma interação dinâmica entre as condições de saúde e os fatores pessoais e ambientais, seguindo o modelo biopsicossocial, os quais são de extrema importância para a determinação de indicadores de saúde específicos e políticas públicas mais efetivas para a população. A escala Palliative Performance Scale (PPS) é utilizada em pacientes em cuidados paliativos com o objetivo de avaliar o desempenho funcional e prognóstico da doença, possui os seguintes domínios: deambulação, atividade e evidência da doença, autocuidado, ingestão e nível de consciência, os mesmos são divididos em 11 níveis com variação de 0 a 100% no qual 0% designa morte e 100% a máxima atividade funcional. Objetivo: Realizar uma busca na literatura sobre a escala PPS e analisar como a mesma atua perante a funcionalidade e sobrevida de pacientes em cuidados paliativos. Metodologia: Este trabalho trata-se de uma revisão de literatura, onde durante a elaboração desse estudo foram realizadas pesquisas nas bases de dados SCIELO e BIBLIOTECA VIRTUAL EM SAÚDE – BVS e PUBMED com artigos publicados entre os anos 2013 a 2023, utilizando os descritores, Escala de Performance Paliativa, Escala PPS e Cuidados Paliativos. Foram encontrados ao todo 233 artigos, sendo eles 26 artigos na base de dados BVS, 9 artigos na base de dados SCIELO e 198 na base de dados PUBMED. Ao serem aplicados os critérios de exclusão, sendo eles artigos publicados a um período superior a 10 anos, estudos que fugissem da temática geral da pesquisa e artigos duplicados, foram selecionados 9 artigos no total. Resultados e Discussão: A tradução da Palliative Performance Scale foi realizada por Maciel e Carvalho (2009). Castor (2019) realizou um estudo com 100 pacientes em cuidados paliativos utilizando a escala para avaliar a capacidade funcional dos mesmos, buscando apresentar um acompanhamento da evolução, e conseguir formar um plano de decisões a partir do prognóstico traçado desses pacientes, 64% apresentam PPS entre 80% a 90% correspondendo a aptidão em suas atividades normais mesmo apresentando algum sinal da doença, realizando autocuidado completo e nível de consciência preservado, trazendo assim o resultado que a adaptação aos cuidados paliativos não são sinônimos de morte próxima. Em Menezes (2021) estudo que trouxe consigo o objetivo de observar a frequência de queixas em relação a deglutição e alimentação de pacientes oncológicos que estavam sobre cuidados paliativos, apresentou a partir da aplicação da Escala PPS que indivíduos com menores percentuais tinham maior frequência de queixas. A autora ainda menciona a escala como prática, confiável, de validade e utilidade comprovada, capaz de dimensionar a evolução da doença e prognóstico de vida do indivíduo. Claribel et al. (2017) avalia a PPS como uma escala que traz, em sua maioria, parâmetros que estão concentrados em avaliar os aspectos do desempenho funcional, sendo esse ponto, o padrão ouro para analisar a funcionalidade do paciente, e assim conseguir fornecer uma estimativa de prognóstico de até três meses, mesmo que quando analisada, a precisão quanto aos resultados intermediários tenha sido variável. Santos (2022) observou em seu estudo a partir da análise de prontuários, a preferência sobre a utilização da Escala de Desempenho Paliativo para avaliar a funcionalidade, sendo utilizada também de forma regular para avaliar o prognóstico, devido a maior publicação do mesmo dentro do tema cuidados paliativos. Já Gouvea (2019) apresenta a PPS como instrumento adequado para identificar pacientes que necessitam de cuidados paliativos, além de classificar o estado funcional e o nível de cuidado. Seu estudo teve como objetivo realizar o diagnóstico situacional da população internada com doença crônica não transmissível com potencial a receber os cuidados paliativos, e foi observado que os pacientes que tinham o PPS entre 70 e 100 sobreviveram. McGreevy (2017) avaliou em seu estudo a PPS em idosos traumatizados na busca de potenciais gatilhos para cuidados paliativos, e a considerou como um relevante instrumento de prognóstico com a capacidade de prever resultados funcionais deficientes, sendo muito importante para prestação de cuidados paliativos. Medeiros (2018) utilizou a PPS em avaliações seriadas para verificar o estado funcional de pacientes com e sem câncer, em colaboração com a equipe de cuidados paliativos. Conclui-se que as avaliações seriadas de PPS são viáveis e predizem a redução funcional dos 2 grupos, contribuindo para uma melhor compreensão dos prognósticos desses pacientes. Lee (2021) em sua pesquisa analisou o quanto as condições iniciais da PPS e suas mudanças impactam na sobrevivência dos pacientes em cuidados paliativos. Foram avaliados 315 pacientes, separados em 2 grupos, grupo A (265), inicialmente, com a PPS ? 50% e grupo B (50) com a PPS ? 40%. As reavaliações foram realizadas na 1º e 2ª semana onde observou-se a progressão da doença, evidenciando que uma única avaliação não retrata um prognóstico preciso no processo de progressão da doença. Lee também cita a PPS como uma ferramenta potencialmente útil para melhorar a previsão de sobrevivência. Clara (2019) buscou avaliar a concordância entre os resultados a Escala Palliative Care Screening Tool (PCST) e da PPS a partir da análise de prontuários e concluiu que existe alta aceitação de ambas as escalas dentro do âmbito hospitalar, pois a PPS permitiu o estabelecimento de um prognóstico e avaliar a funcionalidade do doente. Ainda dentro de suas análises, notou-se que 134 possíveis pacientes com indicação de cuidados paliativos não passaram pela avaliação dessas escalas, demonstrando a necessidade de uma melhora na qualidade dos serviços de saúde. Considerações finais: Dado ao exposto observa-se a importância da aplicação profissional de escalas preditoras de desempenho com o objetivo de triar, avaliar e acompanhar a capacidade funcional de pacientes sob cuidados paliativos, visando um melhor acompanhamento da equipe de saúde no que se refere a qualidade de vida e funcionalidade no paciente paliativo, destacando-se assim a atuação fisioterapêutica no que se preconiza a independência funcional baseando objetivos terapêuticos individualizados para cada indivíduo.
Seja bem-vind@ à leitura dos Anais da Conexão Unifametro 2023!
Temos o prazer de disponibilizar à comunidade acadêmica os Anais do XI Encontro de Iniciação à Pesquisa, XI Encontro de Monitoria, o XIII Encontro de Pós-graduação e o IV Encontro de Experiências Docentes. Aqui estão os trabalhos que foram apresentados durante o evento, que agora são compartilhados em forma de artigos digitais.
Esperamos que essa coletânea possa auxiliar em estudos e pesquisas, estimular outros alunos e professores à produção científica e dar subsídios a novas práticas em campos de atuação diversos das áreas da saúde, humanas e exatas.
Agradecemos a todos pela confiaça em compartilhar suas produções científicas em nosso evento e contamos com sua participação na próxima Conexão!.
Boa leitura!
Drª. Denise Moreira Lima Lobo
Coordenadora da Comissão Científica da Conexão Unifametro 2023.
As normas para submissão e apresentação de trabalhos podem ser acessadas em: https://doity.com.br/conexao-unifametro-2023/artigos
Comissão Organizadora
Thalita Rodrigues
Fábio Júnior Braga
Laiza.Rodrigues
Thaiane Bezerra
Tom Lobo
Davi Menezes
Raphaela Sobral
Rita Maria Lima Reouças
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Comissão Científica
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Antônio Adriano da Rocha Nogueira
A Comissão Científica permanece à disposição pelo e-mail conexaocientifica@unifametro.edu.br e presencialmente na sala da Coordenadoria de Pesquisa e Monitoria (COOPEM) localizada no Campus Carneiro da Cunha do Centro Universitário Fametro - Unifametro.
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2022 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaounifametro2022
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