Introdução: A lesão medular espinhal (LME) também conhecida por lesão medular, é uma agressão que resulta em uma diminuição ou ausência de sensibilidade e força muscular, além de distúrbios neurovegetativos dos segmentos do corpo localizados abaixo da lesão. O dano causado pode ser na própria medula ou nos nervos, que são as extremidades deste canal, dependendo da região acometida o indivíduo pode desenvolver diversas enfermidades. Diante de certas imitações, tanto físicas quanto psicossociais que atingem estes pacientes e seus familiares, é bastante relevante qualquer abordagem que possibilite a melhoria contínua e/ou a preservação das funcionalidades em um contexto geral deste indivíduo. Assim, com o avanço da tecnologia, muitos recursos estão cada vez mais próximos da população em geral, o que não ocorria a pouco tempo e recursos como a robótica pareciam muito distantes da nossa realidade. O treinamento assistido com robótica é uma abordagem terapêutica inovadora que utiliza tecnologia para auxiliar na recuperação de pacientes. Essa técnica envolve a utilização de exoesqueletos robóticos, que são dispositivos controlados por computador, para ajudar na reabilitação e movimentação de pessoas com lesões medulares. Esses exoesqueletos são projetados de forma a se ajustarem ao corpo do paciente, proporcionando suporte e estabilidade durante o treinamento. Com o auxílio desses dispositivos, os pacientes são capazes de realizar movimentos que antes eram impossíveis devido à limitação de mobilidade. Durante as sessões de treinamento, os profissionais de saúde monitoram e ajustam o aparelho de acordo com as necessidades individuais do paciente. Conforme a Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF) nos orienta, as intervenções precisam contribuir para o retorno do paciente para suas atividades diárias e o convívio social. Objetivo: Identificar os benefícios do treinamento assistido com robótica na reabilitação de pacientes com lesão medular. Metodologia: Trata-se de uma revisão bibliográfica, realizada na base de dados Pubmed e no buscador acadêmico Google Acadêmico, utilizando os descritores: marcha, lesão medular, locomoção e robótica. Foram incluídos ensaios clínicos randomizados, nos idiomas português e inglês, publicados nos últimos 5 anos e excluídos artigos de revisão ou que não contemplassem a temática principal. Com o cruzamento das palavras chaves foram encontrados 10 artigos, no entanto apenas 7 seguiam os critérios de elegibilidade. Resultados e Discussão: Os tipos de lesões abordadas nesse estudo são de diferentes níveis, sendo lesões completas ou incompletas, em regiões como C2-L4 e T4- L1. Nos últimos anos, houve intenso desenvolvimento tecnológico de dispositivos robóticos para reabilitação da marcha em pacientes com lesão medular. Este tipo de treinamento proporciona vários benefícios para a saúde dos pacientes com algum tipo de lesão na medula, dentre os principais destacam-se: melhoria nas condições cardiovasculares e motoras; incremento no potencial da saúde óssea; melhora significativa de marcha e capacidade de equilíbrio durante a caminhada; aumento da força muscular respiratória, assim como melhora dos parâmetros de função pulmonar; maior ativação do músculo de tronco, melhora na deambulação e do estado funcional do paciente. Com isso, identifica-se que a aplicação destes recursos de treinamento assistido com robótica na lesão medular espinhal é uma abordagem terapêutica inovadora que utiliza exoesqueletos robóticos para auxiliar na reabilitação e recuperação de diversos pacientes, proporcionando uma maior independência e qualidade de vida. Considerações finais: A tecnologia robótica de Exoesqueleto é uma solução prática para facilitar o treinamento de marcha, demonstrando algumas vantagens no auxílio à caminhada e melhoria das funções físicas. Ressalta-se que os dispositivos robóticos locomotores aumentam a eficiência e o desempenho dos fisioterapeutas na reabilitação dos seus pacientes, que atuam na prevenção das complicações, minimizando as sequelas, auxiliando e melhorando a autoconfiança do paciente.
Palavras-chave: Lesão Medular; Reabilitação; Robótica.
Referências:
DA LUZ DOS SANTOS, Elgison. Utilização da cif em indivíduos com lesão medular: uma revisão integrativa. Saude e Desenvolvimento, Curitiba, v. 16, n. 24, p. 79-94, 2022.
EDWARDS, Dylan et al. Walking improvement in chronic incomplete spinal cord injury with exoskeleton robotic training (WISE): a randomized controlled trial. The International Spinal Cord Societ, [S. l.], p. 522-532, 2022.
GIL-AGUDO, Angel et al. Exoskeleton-based training improves gait independence in patients with incomplete spinal cord injury: results of a randomized controlled trial. Journal of NeuroEngieering And Rehabilitation, [S. l.], 2023.
NA XIANG, Xiao et al. Exoskeleton-assisted walking improves pulmonary function and walking parameters among individuals with spinal cord injury: a randomized controlled pilot study. Journal of NeuroEngineering and Rehabilitation, [S. l.], 2021.
TAVARES, Leticia et al. Exoskeleton-assisted walking improves pulmonary function and walking parameters among individuals with spinal cord injury: a randomized controlled pilot study. Cadernus Camilliani, [S. l.], v. 17, n. 4, 2020.
YILDIRIM, Mustafa. Early term effects of robotic assisted gait training on ambulation and functional capacity in patients with spinal cord injury. Turkish Journal of Medical Sciences, [S. l.], v. 49, n. 3, 2019.
Seja bem-vind@ à leitura dos Anais da Conexão Unifametro 2023!
Temos o prazer de disponibilizar à comunidade acadêmica os Anais do XI Encontro de Iniciação à Pesquisa, XI Encontro de Monitoria, o XIII Encontro de Pós-graduação e o IV Encontro de Experiências Docentes. Aqui estão os trabalhos que foram apresentados durante o evento, que agora são compartilhados em forma de artigos digitais.
Esperamos que essa coletânea possa auxiliar em estudos e pesquisas, estimular outros alunos e professores à produção científica e dar subsídios a novas práticas em campos de atuação diversos das áreas da saúde, humanas e exatas.
Agradecemos a todos pela confiaça em compartilhar suas produções científicas em nosso evento e contamos com sua participação na próxima Conexão!.
Boa leitura!
Drª. Denise Moreira Lima Lobo
Coordenadora da Comissão Científica da Conexão Unifametro 2023.
As normas para submissão e apresentação de trabalhos podem ser acessadas em: https://doity.com.br/conexao-unifametro-2023/artigos
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Fábio Júnior Braga
Laiza.Rodrigues
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Comissão Científica
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A Comissão Científica permanece à disposição pelo e-mail conexaocientifica@unifametro.edu.br e presencialmente na sala da Coordenadoria de Pesquisa e Monitoria (COOPEM) localizada no Campus Carneiro da Cunha do Centro Universitário Fametro - Unifametro.
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