EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS SOBRE ASSISTÊNCIA DA ENFERMAGEM A CRIANÇA COM TRANSTORNO ESPECTRO AUTISTA (TEA)

EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS SOBRE ASSISTÊNCIA DA ENFERMAGEM A CRIANÇA COM TRANSTORNO ESPECTRO AUTISTA (TEA)

• Autor
• LOHANNA QUEIROZ LIBERATO
• Co-autores
• OHANNA QUEIROZ LIBERATO
• Resumo

•  

  EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS SOBRE ASSISTÊNCIA DA ENFERMAGEM A CRIANÇA COM TRANSTORNO ESPECTRO AUTISTA (TEA)

   

   

  INTRODUÇÃO: O Transtorno do Espectro Autista (TEA), conhecido popularmente como “Autismo”, está designado como transtorno do neurodesenvolvimento, tornando-se um dos transtornos invasivos a desenvolvimento sociocomunicativo, que inclui comportamentos estereotipados, dificuldade de socialização, contato visual, demonstração de afeto e retardo na evolução da fala. Embora o TEA esteja associado a deficiência do desenvolvimento social, o mesmo pode vim apresentar outras diversas comorbidades, tais como, transtorno de ansiedade, hiperatividade e transtorno depressivos. Nesse contexto, entende-se que ao profissional de enfermagem pode colaborar de forma positiva no acompanhamento da criança com TEA durante a consulta, pois este revela um olhar cuidadoso, atento às necessidades do outro e ao seu sofrimento, visto que na maioria das vezes, haverá a dificuldade de expressão oral por parte do autista, cabendo ao enfermeiro a escuta e prestação de assistência holística. OBJETIVO: Analisar as evidências científicas sobre assistência da enfermagem a criança com Transtorno Espectro Autista (TEA). MÉTODO: Trata-se de uma Revisão Integrativa (RI) realizada em setembro de 2023, na base de dados Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e na biblioteca eletrônica Scientific Eletronic Library Online (SCIELO), em Fortaleza-Ceará-Brasil. Ressalta-se que nessa pesquisa, por ser uma revisão integrativa, não necessitou enviar para comitê de ética. RESULTADOS: Com a inclusão e exclusão de artigos de pesquisa, a amostra final foram seis publicações. Os resultados mostraram que: três (50%) estavam na LILACS, os anos de 2022 a 2023 tiveram três (50%) publicações, três (50%) na língua portuguesa. Diante dos artigos encontrados, as evidências originaram duas categorias temáticas a destacar: 1) Contribuição da enfermagem no cuidado da criança com TEA e 2) Desenvolvimento da criança com TEA. 1º categoria evidenciou que as principais contribuições da enfermagem para o desenvolvimento da criança com TEA, tornando-se responsabilidade do enfermeiro, eram: acolhimento da criança e da família de forma compreensiva, holística e ética, criação de vínculo entre o cuidador da criança e a equipe multiprofissional, repasse de conhecimento acerca do transtorno de espectro autista e o planejamento de tratamento adequado para o desenvolvimento da criança dentro do convívio social e familiar. A 2º categoria evidenciou que o desenvolvimento da criança com TEA mostra resultados benéficos a partir da assistência da enfermagem, com a preparação e discernimento da família em relação aos conhecimentos adquiridos através dos profissionais de saúde, fazendo com que ocorra uma melhoria ao cuidado, atenção e colaboração para o desenvolvimento da criança. CONCLUSÃO: Embora sejam diversas comorbidades apresentadas por crianças com TEA, a assistência de enfermagem torna-se primordial no cuidado e acompanhamento, pois a enfermagem tem o primeiro contato com a criança e com a família, e de forma holística, ética e acolhedora, recebe essa criança, realiza a anamnese e passa a conhecer melhor os aspectos comportamentais dessa criança. A partir da identificação da criança com TEA, a enfermagem desenvolve métodos assistenciais para oferecer essa criança uma melhor qualidade de vida. Dessa forma, conclui-se que a enfermagem contribui efetivamente dentro do processo de identificação da criança com TEA, elaboração de estratégias de cuidados, repasse de conhecimentos para a família diante do transtorno, acompanhamento de desenvolvimento da criança e o intermeio de cuidados da criança com a equipe multiprofissional. Compôs uma limitação deste estudo: a escassa de produção científica da assistência à criança autista no contexto da prática de enfermagem.

   

  Descritores: Enfermagem; Autismo; Prática Baseada em Evidências.

   

  Referências:

  1.    ROMEU, C. A.; ROSSIT, R. A. S. Trabalho em Equipe Interprofissional no Atendimento à Criança com Transtorno do Espectro do Autismo. Revista Brasileira de Educação Especial, v. 28, p. e0114, 5 dez. 2022. https://www.scielo.br/j/rbee/a/MC468jkW5w8wtQwbxz3RPMH/#

   

  2.    MAGALHÃES, J. M. et al. Assistência de enfermagem à criança autista: revisão integrativa. Enfermeira Global, v. 19, n. 2, p. 531–559, 15 mar. 2020. https://scielo.isciii.es/pdf/eg/v19n58/pt_1695-6141-eg-19-58-531.pdf

  3.    SOUZA, K. O. DE; CARDOSO, K. T.; MATOS, A. H. C. O PAPEL DA Enfermagem no cuidado com crianças do espectro autista. Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR, v. 27, n. 6, p. 2391–2407, 6 jun. 2023. https://ojs.revistasunipar.com.br/index.php/saude/article/view/10114

   

  4.    NOGUEIRA, M.A.A.; Maria Assunção Almeida  MARTINS DO RIO, Susana Carolina Moreira. A Família com Criança Autista: Apoio de Enfermagem. Revista Portuguesa de Enfermagem de Saúde Mental [online]. n.5, pp.16-21. ISSN 1647-2160, 2011. http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S1647-21602011000100003&lng=en&nrm=iso&tlng=en

   

  5.    PINTO, R.N.M.; TORQUATO, I.M.B.; COLLET, N.; REICHERT, A.P.S.; SOUZA NETO, V.L.; SARAIVA, A.M. Autismo infantil: impacto do diagnóstico e repercussões nas relações familiares. Rev. Gaúcha Enferm. set;37(3):e61572, 2016. doi: http://dx.doi.org/10.1590/1983

   

  6.    FAUSTINO, J. DOS S. et al. Os desafios do cuidado à criança com Transtorno do Espectro Autista sob a luz da enfermagem. Brazilian Jornal of Development, v. 8, n. 11, p. 75334–75347, 28 nov. 2022. https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/54704

   

• Palavras-chave
• Enfermagem; Autismo; Prática Baseada em Evidências.
• Modalidade
• Pôster
• Área Temática
• ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO EM EDUCAÇÃO

Voltar Download