LEUCOPLASIA PILOSA ORAL: EXISTE RELAÇÃO COM PACIENTES IMUNOCOMPROMETIDOS ?

  • Autor
  • Bianca Pessoa Rios
  • Co-autores
  • Iana Mônica Brito da Costa , Ana selma Dias Silva , Isaac Santos Araújo , Osias Vieira de Oliveira Filho
  • Resumo
  • Introdução: A leucoplasia pilosa oral- LPO é uma lesão epitelial não maligna que se manifesta como uma placa branca e corrugada, não removível à raspagem, localizada principalmente nas bordas laterais da língua, uni ou bilateralmente, causada pelo vírus Epstein Bar (EBV). O aspecto é caracterizado por hiperceratose, papilomatose, presença de células balonizadas com alterações nucleares na camada espinhosa. Dessa maneira, há uma relacão direta entre a LPO e pacientes com HIV, sendo geralmente observada em imunossuprimidos, porém, existem relatos de pacientes sem qualquer alteração imunológica. Objetivo: Realizar uma revisão narrativa de literatura e identificar se há uma relação no funcionamento do sistema imunológico no desenvolvimento de doenças imunossupressoras, em especial a leucoplasia pilosa oral e como ela pode ser diagnosticada pelo cirurgião-dentista. Metodologia: Trata-se de uma revisão narrativa da literatura, em que foram utilizadas como parâmetro de pesquisa as seguintes bases de dados: Pubmed e Scielo, com os seguintes descritores “Dentistry”; “Immunosuppressive”; “Hairy Leukoplakia” posteriormente interligados por meio dos operadores boleanos “AND”. A pesquisa foi conduzida por meio de artigos científicos e teses publicados em língua portuguesa e inglesa, com recorte temporal dos últimos 10 anos e que retratasse a correlação da leucoplasia pilosa oral com a imunossupressão. Ressalta-se que foram excluídos da pesquisa artigos repetidos e duplicados, bem como aqueles que não estavam disponíveis gratuitamente ou que retratasse outras lesões imunológicas. Foram encontrados 10 artigos e após aplicação dos critérios de elegibilidade e leitura minuciosa, foram selecionados 6 artigos para composição deste trabalho. Resultados e Discussão: A LPO é uma doença da mucosa oral que pode ser comumente associada como um indicador clínico de imunossupressão, especialmente em pacientes com HIV. Clinicamente, apresenta-se como manchas esbranquiçadas com superfície desgrenhada, acometendo às margens laterais de língua, mucosa bucal e labial, sendo nesses menos frequente. Esta condição é encontrada principalmente em pacientes do sexo masculino, com uma contagem muita baixa de linfócitos TCD4, que são responsáveis pela defesa imunológica e sua contagem reduzida, que resulta no aparecimento de várias enfermidades, incluindo infecções e tumores. Entretanto, também há ocorrência em pessoas com nenhum histórico de imunossupressão, mas que fazem uso contínuo do tabaco e bebidas alcoólicas, ou possuem traumatismos repetidos por dentes e próteses dentárias sem manutenção. Segundo evidências, essa lesão não tem acometido somente pessoas com HIV, uma vez que, tem se tornado cada vez maior o aparecimento dessas lesões em receptores de transplantes e idosos devido ao enfraquecimento do sistema imunológico, fazendo com que o paciente fique suscetível ao surgimento dessa lesão sem necessariamente estar em um quadro de imunossupressão grave. Na maioria dos casos, a LPO é assintomática e regride espontaneamente ou não apresenta sintomatologia relevante, porém, pacientes com HIV precisam iniciar ou ajustar os antirretrovirais, e só assim a lesão irá regredir. Assim, não está indicado qualquer tratamento. Em alguns casos, pode haver dor e ardência e, até mesmo comprometimento estético para o paciente, quando então o tratamento se faz necessário. Contudo, a LPO indica imunodeficiência avançada com progressão mais rápida para a AIDS nos casos de pacientes com HIV e prognóstico ruim, sendo essencial uma biópsia para confirmação do diagnóstico. Considerações finais: Conclui-se que, o sistema imunológico encontra-se debilitado quando há presença da LPO, e o paciente imunossuprimido fica mais vulnerável a infecções. Nesse sentido, entende-se que o cirurgião-dentista tem um papel relevante frente ao diagnóstico e tratamento. Uma vez que, segundo os estudos realizados, foi destacado que a LPO tem uma predominância em pacientes com HIV, porém, atualmente com ocorrência maior também em pacientes com ou sem imunossupressões. Desse modo, esse profissional pode ser o primeiro a constatar manifestações da LPO e encaminhar um exame imunológico para confirmar o diagnóstico da patologia através da biópsia. Sendo assim, o cirurgião-dentista está inserido na equipe multidisciplinar para o manejo desses pacientes, a fim de minimizar a ocorrência da doença. 

  • Palavras-chave
  • Cirurgião-dentista; Doenças imunossupressoras; Leucoplasia pilosa oral; HIV.
  • Modalidade
  • Pôster
  • Área Temática
  • CLÍNICA ODONTOLÓGICA, ODONTOLOGIA RESTAURADORA E REABILITADORA
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Seja bem-vind@ à leitura dos Anais da Conexão Unifametro 2023!

Temos o prazer de disponibilizar à comunidade acadêmica os Anais do XI Encontro de Iniciação à Pesquisa, XI Encontro de Monitoria, o XIII Encontro de Pós-graduação e o IV Encontro de Experiências Docentes. Aqui estão os trabalhos que foram apresentados durante o evento, que agora são compartilhados em forma de artigos digitais.

Esperamos que essa coletânea possa auxiliar em estudos e pesquisas, estimular outros alunos e professores à produção científica e dar subsídios a novas práticas em campos de atuação diversos das áreas da saúde, humanas e exatas.

Agradecemos a todos pela confiaça em compartilhar suas produções científicas em nosso evento e contamos com sua participação na próxima Conexão!.

Boa leitura!

Drª. Denise Moreira Lima Lobo

Coordenadora da Comissão Científica da Conexão Unifametro 2023.

As normas para submissão e apresentação de trabalhos podem ser acessadas em: https://doity.com.br/conexao-unifametro-2023/artigos

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