VIVÊNCIA ACADÊMICA NO MANEJO DE EXTUBAÇÃO DURANTE ESTÁGIO FISIOTERAPÊUTICO SUPERVISIONADO NA ATENÇÃO TERCIÁRIA À SAÚDE

VIVÊNCIA ACADÊMICA NO MANEJO DE EXTUBAÇÃO DURANTE ESTÁGIO FISIOTERAPÊUTICO SUPERVISIONADO NA ATENÇÃO TERCIÁRIA À SAÚDE

• Autor
• Markus Vinicius Paulino Crisostomo
• Co-autores
• Marcia Bruna Sousa Pinto , Natalia Aguiar Moraes Vitoriano
• Resumo

• O desmame ventilatório refere-se ao processo transitório entre a ventilação mecânica invasiva (VMI) para respiração espontânea nos pacientes que já se encontram a partir de 24 horas em VMI. Conhecer a etiologia da insuficiência respiratória e avaliar criteriosamente a clínica do indivíduo são indicadores para um desmame de sucesso. No entanto, a falha do processo de extubação acarreta diversos danos à integridade geral dos pacientes submetidos a esse suporte ventilatório, como maiores taxas de mortalidade, longa permanência em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), necessidade de traqueostomia, polineuropatias do doente crítico, além de maiores custos para a unidade de saúde. Os parâmetros comumente utilizados como preditores de uma extubação segura, são proteção da via aérea, glasgow >8, reflexo de tosse e sucesso no teste de respiração espontânea (TRE). Objetivo: Relatar a vivência acadêmica no manejo de extubação durante estágio fisioterapêutico supervisionado na atenção terciária à saúde. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência de um discente que vivenciou o protocolo de extubação orotraqueal numa UTI de um hospital municipal de média complexidade em Fortaleza- CE, durante estágio supervisionado fisioterapêutico em Agosto de 2023. Inicialmente, o fisioterapeuta do setor discutiu o caso com os discentes estagiários, explicou a importância e responsabilidade da fisioterapia nesse contexto e logo depois, realizou os testes de respiração espontânea e cuffing leak test para observar a hemodinâmica da paciente sem suporte ventilatório. Em seguida, organizou o dispositivo de oxigenoterapia que iria ser conectado após o procedimento. A partir daí, o discente regulou os graus de angulação da cama em +-30°, realizou a aspiração traqueal em sistema fechado e de vias aéreas superiores em sistema aberto. A próxima etapa consistiu em desinsuflar o cuff, retirar a fixação do tubo na órbita da boca, segurá-lo e solicitar que a paciente realizasse uma inspiração e posteriormente, tossir. No momento da tosse, o discente a extubou. Resultados e Discussão: O estágio supervisionado é o momento mais adequado para a evolução estudantil. Nessa etapa, o aluno precisa desenvolver a competência de alinhar a teoria vista em sala de aula com a rotina prática do serviço ao qual ele está inserido. Diante do olhar acadêmico, a possibilidade de participar dessa conduta se mostrou desafiadora inicialmente, visto a inexperiência do mesmo frente a tal, entretanto, foi capaz de gerar confiança no aluno para executá-la da maneira mais assertiva possível. A construção da relação com profissional da unidade foi essencial para que o mesmo acreditasse no potencial do estudante, visto a tamanha responsabilidade do procedimento. A humildade que partiu do acadêmico em reconhecer sua inabilidade frente a técnica, por hora, executada. No entanto, essa experiência foi crucial, logo, absorvida como aprendizado e conhecimento que perdurará por toda a vida. Por fim, a experiência também foi uma realização pessoal, visto que a assistência hospitalar é a área de atuação profissional de interesse do aluno, onde o mesmo terminará essa etapa, com expertise. Considerações finais: Desse modo, as atividades desenvolvidas nos estágios supervisionados obrigatórios são capazes de agregar experiência acadêmica fora da sala de aula, fortalecer relações interinstitucionais, desenvolver habilidades previstas no regulamento da categoria, além de despertar e/ou concretizar o interesse do aluno no serviço como uma possibilidade de atuação profissional. 

• Palavras-chave
• Extubação; Fisioterapia; Alta hospitalar.
• Modalidade
• Pôster
• Área Temática
• PROMOÇÃO, PREVENÇÃO E REABILITAÇÃO EM FISIOTERAPIA

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