COMO TORNAR CONCEITOS CIENTÍFICOS E ABSTRATOS COMPREENSÍVEIS NOS CUIDADOS COM AS ESTOMIAS DE ELIMINAÇÃO INTESTINAL UTILIZANDO MATERIAIS DE BAIXO CUSTO? RELATANDO A CONSTRUÇÃO E APLICAÇÃO DE SIMULADORES NA INICIAÇÃO CIENTÍFICA

COMO TORNAR CONCEITOS CIENTÍFICOS E ABSTRATOS COMPREENSÍVEIS NOS CUIDADOS COM AS ESTOMIAS DE ELIMINAÇÃO INTESTINAL UTILIZANDO MATERIAIS DE BAIXO CUSTO? RELATANDO A CONSTRUÇÃO E APLICAÇÃO DE SIMULADORES NA INICIAÇÃO CIENTÍFICA

• Autor
• Areta Jeovane Perote do Nascimento Souza
• Co-autores
• Diellen Maria dos Santos Menezes , Luciana Catunda Gomes Menezes
• Resumo

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  Introdução: A estomia é uma abertura de um órgão para o meio externo realizado através de procedimento cirúrgico no sistema digestório, vias urinárias ou respiratória, e que pode ser temporário ou definitivo com o objetivo de viabilizar eliminações, respiração ou alimentação. Essa situação traz inúmeros benefícios para o paciente estomizado, porém, algumas complicações poderão existir. Torna-se mister o cuidado de enfermagem, pois este profissional é essencial para minimizar as possíveis complicações. No entanto, é necessário embasamento científico e conhecimento das diversas tecnologias disponíveis para a realização de uma prática adequada, reduzindo danos e proporcionando mais confiança e segurança a pessoa com estomia. Para tanto, o uso de simulação realística usando materiais de baixo custo para a formação desses profissionais, pode ser fundamental, pois facilita o ensino com uma didática fácil e inovadora. Nesse contexto, sentiu-se a necessidade de melhorar o processo de ensino-aprendizagem dos discentes de enfermagem, e por isso idealizou-se a construção de simuladores de estomias de eliminação a fim melhorar o conhecimento dos futuros enfermeiros sobre essa temática. Objetivo: Relatar a experiência de alunas de Iniciação Científica na construção e aplicação de simuladores para o ensino-aprendizagem de discentes sobre os cuidados com estomias intestinais de eliminação. Metodologia: Estudo descritivo, tipo relato de experiência, desenvolvido no Ambulatório de Estomaterapia de uma Clínica Escola Integrada em Saúde de uma Instituição de Ensino Privada da cidade de Fortaleza-Ceará, Brasil, no período de março de 2023, durante as atividades de Iniciação Cientifica. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética e Pesquisa sob o CAAE nº 30939420.1.00005054. Resultados parciais: A atividade foi desenvolvida em três momentos, a destacar: 1) Revisão Narrativa (RN), por meio da busca de artigos científicos e consensos sobre cuidados com as estomias intestinais de eliminação; 2) Construção dos simuladores e 3) Aplicação dos simuladores. Na teoria, foi realizado leitura de material sobre construção de tecnologias educativas e sobre o cuidado de enfermagem ao estomizado, com os seguintes descritores e/ou palavras chaves: “estomias, cuidados de enfermagem e tecnologia educacional”. A amostra final contou com 15 artigos, um livro e dois consensos nacionais, totalizando 18 publicações que fundamentaram a construção dos simuladores. Durante a segunda fase, foi realizada a construção dos simuladores. Nesse momento de construção, usou-se os seguintes materiais de baixo custo para construir os estomas: massa de biscuit, tinta acrílica, verniz equipo, bolinha de isopor, tesoura, rolo para massa, palito de dente de bambu, pincel, cola branca, cola instantânea, vaselina, hidratante e maisena. No momento da construção, os passos foram os seguintes: A) Colocou-se na panela em um fogo baixo com temperatura de 160º C até ficar no ponto para biscuit os seguintes materiais: cola branca, hidratante, vaselina e a maisena. B) Após esfriar, começou-se a sovar (esticar e dobrar) a massa com a palma das mãos C) Adicionou-se a tinta na massa para ficar na cor vermelha e assim fazer os simuladores das estomias no tamanho e formado desejado. D) Construiu-se estomas sem e com complicações. Ainda na fase de construção, usou-se: madeira de Medium Density Fiberboard ou, em português, chapa de fibra de madeira de média densidade - MDF, adesivos laváveis do músculo reto-abdominal no tamanho da folha de papel A3, cola acrílica, caneta hidrográfica e bolsas de estomias de uma e de duas peças fornecidas pela indústria. E) Colou-se os músculos nas placas de MDF. A terceira fase, “Aplicação dos simuladores”, os discentes realizaram em três momentos: 1) Avaliação do músculo reto-abdominal para a demarcação correta e adequada do estoma com a caneta hidrográfica, a fim de evitar possíveis complicações, como: hernia periestomia, prolapso, retração e estenose. 2) Colagem dos estomas nas placas de MDF. Nesse instante, as alunas de IC e a docente responsável pelo projeto, realizavam orientações sobre: limpeza, uso de produtos utilizados para higienização, a fim de manter a integridade da pele e cuidados pele periestomia, esvaziamento da bolsa de estomia, como também tipos e tamanho de bolsas para cada necessidade, respeitando a técnica adequada com o cuidado especializado para reabilitação e autocuidado com objetivo de reduzir complicações recentes e tardias. 3) Instalação e remoção da bolsa de estomia. Nesse momento, os discentes instalavam as bolsas de uma e/ou de duas peças, além de retirá-las usando a técnica correta. Considerações finais: Conclui-se, portanto, que o uso de simuladores nas práticas educativas em saúde, pode contribuir para a enfermagem como uma didática que favoreça aos discentes a desenvolverem habilidades que ajudará no conhecimento, na melhora de sua prática clínica, bem como na segurança do paciente, proporcionado assim, melhora no autocuidado, mais autonomia e qualidade de vida ao estomizado. A pesquisa apresenta como limitação: a não validação dos simuladores com juízes. Ressalta-se que a validação junto a profissionais da saúde (juízes) será realizada em um momento posterior.

   

• Palavras-chave
• Cuidados de Enfermagem; Estomaterapia; Simuladores; Estomias.
• Modalidade
• Pôster
• Área Temática
• PROMOÇÃO DA SAÚDE E TECNOLOGIAS APLICADAS

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