Introdução: Os peixes são considerados seres sencientes, animais capazes de ter emoções associadas ao prazer e sofrimento, com motivações comportamentais de origem evolutiva, sendo assim, são espécies de abate que devem passar por um processo de insensibilização prévio ao abate. Objetivo: Apresentar uma revisão da literatura sobre a importância do bem-estar animal na insensibilização de peixes. Metodologia: Revisão bibliográfica (bases de dados: SCIELO, MAPA e OIE). Resultados e Discussão: Os métodos de insensibilização requerem a morte imediata após a perda da consciência por corte, com ou sem a retirada das brânquias ou decapitação, e as diretrizes de abate humanitário afirmam que os peixes devem ser mortos de forma que não passem por medo ou dor. Os principais tipos de insensibilização aplicados no pescado brasileiro são: choque térmico ou termonarcose: resfriamento através da deposição de gelo na água de contenção, exposição ao dióxido de carbono (CO2) na água de contenção em meio confinado, resfriamento com gelo e dióxido de carbono (CO2) depositados na água de contenção, imersão em banhos de sais ou de amônia, asfixia por remoção da água e sangria sem insensibilização prévia. Entretanto, demonstrou-se que estes métodos resultam em baixo grau de bem estar para os peixes. Portanto, não devem ser utilizados se existe a viabilidade da utilização de métodos recomendados pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), e pela Associação de Abate Humanitário (Humam Slaugther Association – HSA), como: a insensibilização por percussão (golpe) não perfurante ou perfurante, e por corrente elétrica, comumente chamada de eletronarcose, além da insensibilização por anestésicos. Todos esses métodos de insensibilização requerem a matança imediata após a perda da consciência do animal, que pode ser por sangria provocada por corte nas brânquias, com ou sem a sua remoção ou decapitação. Porém, atualmente não existe uma regulamentação legal que obrigue de fato os produtores brasileiros a seguirem os princípios éticos que garantam a saúde e o bem-estar dos peixes, inclusive durante sua morte. Por esse motivo, a grande maioria opta pelo método de termonarcose, por ter um custo inferior aos demais, e isso se reflete na qualidade da carne desse peixe. É essencial que o método de sangria remova a maior quantidade possível de sangue da carcaça. Isso porque o sangue, além de causar aparência desagradável, serve de meio de multiplicação de microrganismos deteriorantes e/ou patogênicos. Geralmente, o rigor mortis nos peixes dura de 2 a 18 horas, com pico em 6 horas após o abate e, é também influenciado pela espécie e pela temperatura de estocagem. O processo de deterioração da carne começa de forma mais intensa após o final do período de rigor mortis. Além do estresse crônico no período pré-abate, a forma de abate pode induzir ao estresse agudo em peixes, o que aumenta a atividade muscular e influencia as mudanças post mortem, e resolução do rigor mortis, queda do pH muscular imediatamente após a morte e a diminuição das reservas de ATP. Considerações finais: Conclui-se que, tanto a ocorrência de estresse crônico nos momentos pré-abate (por exemplo, tempo de jejum prolongado e estresse de despesca), quanto o usual método de abate em gelo, são causadores de impactos negativos na qualidade da carne, o que provoca o aceleramento da deterioração do produto final. O efeito é mais pronunciado quando ambas as situações ocorrem conjuntamente.
Seja bem-vind@ à leitura dos Anais da Conexão Unifametro 2023!
Temos o prazer de disponibilizar à comunidade acadêmica os Anais do XI Encontro de Iniciação à Pesquisa, XI Encontro de Monitoria, o XIII Encontro de Pós-graduação e o IV Encontro de Experiências Docentes. Aqui estão os trabalhos que foram apresentados durante o evento, que agora são compartilhados em forma de artigos digitais.
Esperamos que essa coletânea possa auxiliar em estudos e pesquisas, estimular outros alunos e professores à produção científica e dar subsídios a novas práticas em campos de atuação diversos das áreas da saúde, humanas e exatas.
Agradecemos a todos pela confiaça em compartilhar suas produções científicas em nosso evento e contamos com sua participação na próxima Conexão!.
Boa leitura!
Drª. Denise Moreira Lima Lobo
Coordenadora da Comissão Científica da Conexão Unifametro 2023.
As normas para submissão e apresentação de trabalhos podem ser acessadas em: https://doity.com.br/conexao-unifametro-2023/artigos
Comissão Organizadora
Thalita Rodrigues
Fábio Júnior Braga
Laiza.Rodrigues
Thaiane Bezerra
Tom Lobo
Davi Menezes
Raphaela Sobral
Rita Maria Lima Reouças
Keise Daiane Teixeira Sousa
Comissão Científica
Denise Moreira Lima Lobo - Coordenação Comissão Científica
Antônio Adriano da Rocha Nogueira
A Comissão Científica permanece à disposição pelo e-mail conexaocientifica@unifametro.edu.br e presencialmente na sala da Coordenadoria de Pesquisa e Monitoria (COOPEM) localizada no Campus Carneiro da Cunha do Centro Universitário Fametro - Unifametro.
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2022 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaounifametro2022
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2021 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaounifametro2021
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2020 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaounifametro2020
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2019 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaounifametro2019
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2018 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaofametro2018