Introdução: A natureza tem em torno 46.000 espécies de plantas, o Brasil tem uma das maiores diversidades biológicas do mundo, porém a população consome uma baixa variedade desses alimentos, muitas vezes, acarretando em disbioses, transtornos alimentares, baixa imunidade, DCNT’s e outras diversas comorbidades. Existem autores que denominam essas plantas como “Não Convencionais”, todavia, existe uma nova corrente filosófica em torno de mudanças estruturais em nossas linguagens baseadas no antirracismo que veem no termo “Não Convencional” um sujeito de apagamento, já que essas plantas sempre foram cultivadas por nossa Ancestralidade Nativa, e seguem sendo cultivadas nas Roças das Aldeias, Quilombos, Assentamentos, portanto, as autoras, defendem a utilização de termos mais adequados, sugerindo no presente trabalho, a utilização do termo “PAN” – Plantas Alimentícias Nativas para mostrar mais empatia e respeito aos Povos Originários, Quilombolas, Assentados e aqueles que defendem dos Direitos Humano no Brasil. Objetivo: Realizar revisão na literatura para reconhecimento das espécies de Plantas Alimentícias Nativas – PAN (chamadas também por PANC) no Horto Medicinal, no Campus Conselheiro Estelita e Campus Carneiro e Cunha, baseado na obra “Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC) no Brasil”, do profº Valdely Kinnup e Profº Henry Lorenzi, assim como, na Tese “Etnobotânica De Plantas Alimentícias Em Comunidades Indígenas Multiétnicas Do Baixo Rio Uaupés – Amazonas”, apresentada à Faculdade de Ciências Agronômicas da Unesp Câmpus de Botucatu, para obtenção do título de Doutora (em Horticultura), de Gabriela Granghelli Gonçalves. Em nossos Campus, dispomos de um território arborizado e muito bem cuidado, assim, a principal autora do trabalho identificou algumas espécies, porém, existe a necessidade de identificar e confirmar baseado na Etnobotânica – dentre elas, Heliconia hirsuta (Heliconeae), Turnera subulata (Chanana), Plumeria rubra (Jasmim), Moringa ovalifolia (Moringa). As riquezas naturais alimentares que dispomos em nossos Campus, além de possíveis novos tratamentos para doenças, como exemplo a Plumeria rubra (Jasmim), que tem “suas flores ricas em antocianinas, com potencial ação antioxidante. Extratos etanólicos das flores mostraram efeitos ansiolíticos em ratos”. A revisão poderá trazer a comunidade acadêmica e externa, além da importância de reconhecer as Plantas Alimentícias Nativas dos Campus UniFametro, poderemos encontrar novos substratos para pesquisa bromatológica, biofísico químico, e etc. Acessar a conhecimentos ancestrais alimentares é uma forma eficiente de ingerirmos mais diversidade alimentar, para assim, alcançarmos um melhor padrão de vida, obtendo mais saúde e vivendo melhor. A identificação das PAN facilitará maiores possibilidades nutritivas, gastronômicas, e poderá ampliar o fomento de saberes alimentares ancestrais, assim, possibilitará uma expansão de consciência, pois estaremos nos alimentando com maior diversidade biomolecular. Metodologia: O presente estudo foi verificado em uma pesquisa explorativa, através do literário do Prof Valdely Kinupp, em sua tese: Plantas Alimentícias Não-Convencionais, da região metropolitana de Porto Alegre, RS e também em Manaus, AM, e também com Gabriela Granghelli Gonçalves, em sua Tese de Doutorado em Horticultura acerca do plantio e cultivo biodiverso de plantas alimentícias nativas – Pan, “Etnobotânica De Plantas Alimentícias Em Comunidades Indígenas Multiétnicas Do Baixo Rio Uaupés – Amazonas”, que demostraram suas qualidades proteicas, nutrigênicas, depurativas e medicinais. Resultados e Discussão: Foi verificado que a pesquisa de campo e, que o cultivo dessas plantas, que são espontâneas e nativas, são chamadas de “daninhas”, “inços”, “matos”³ e outras denominações reducionistas ou pejorativas, tem enorme potencialidade e utilidades nutricionais, assim como o incentivo à maior diversidade de culturas gastronômicas regionais, trazendo mais riqueza, pois com mais ingredientes disponíveis, nossa alimentação fica mais nutritiva e saborosa, levando a crer que essas possíveis novas fontes alimentares, possuem riqueza e potencialidade econômica, ainda desconhecida. Sabemos que o turismo gastronômico é um dos mais rentáveis e valorizados, e, ensinar as pessoas a utilizarem os ingredientes nativos de seus territórios, vai também, além de capacitar essas pessoas, trará o sentimento de Soberania Alimentar, aumentando o empoderamento popular, dessa forma, acreditamos que será muito benéfico para a comunidade acadêmica e externa, a reconexão de nossas raízes e saberes alimentares com a pesquisa explorativa e revisão literária proposta nesse trabalho. Em nosso país, não se conhecem muitos estudos sobre o percentual de sua flora alimentícia e poucas espécies nativas foram estudadas em relação à composição bromatológica e avaliadas sob o aspecto sensorial e fitotécnico. Tendo em vista que elas não necessitam de grandes cuidados, a implantação de uma horta tipo PAN, com a identificação visual dessas plantas, é bem promissora e interessante do ponto de vista nutricional, cultural, social e educacional. Considerações finais: Conclui-se para essa pesquisa explorativa e identificativa nos Campus UniFametro, será de grande valia, pois estaremos ampliando os saberes alimentares da comunidade acadêmica e externa, potencializando o empoderamento social e conduzindo nossa Nação a verdadeira Soberania Alimentar, que consiste em saber o que se pode comer, como comer, de onde veio aquela comida e como os saberes alimentares podem nos conduzir as doenças, ou a saúde plena e duradoura. A sustentabilidade e facilidade de manejo de algumas das espécies citadas, entre elas a Chanana (Turnera subulata) e a Heliconia (Heliconia hirsuta), poderá trazer a população acadêmica, novas possibilidades de sabores alimentares, pois essas plantas dispõem de alto teor nutricional, podendo ser viabilizadas para cultivo no Horto Medicinal para dispormos de biomaterial para novas descobertas científicas, gastronômicas e nutritivas, dando mais oportunidades e mais saberes a população acadêmica dos cursos de Nutrição, Gastronomia e comunidade em torno, e, principalmente aquelas menos assistidas socialmente e que necessitam de informações corretas para poderem alimentar-se com menos custos e mais nutrição.
Seja bem-vind@ à leitura dos Anais da Conexão Unifametro 2023!
Temos o prazer de disponibilizar à comunidade acadêmica os Anais do XI Encontro de Iniciação à Pesquisa, XI Encontro de Monitoria, o XIII Encontro de Pós-graduação e o IV Encontro de Experiências Docentes. Aqui estão os trabalhos que foram apresentados durante o evento, que agora são compartilhados em forma de artigos digitais.
Esperamos que essa coletânea possa auxiliar em estudos e pesquisas, estimular outros alunos e professores à produção científica e dar subsídios a novas práticas em campos de atuação diversos das áreas da saúde, humanas e exatas.
Agradecemos a todos pela confiaça em compartilhar suas produções científicas em nosso evento e contamos com sua participação na próxima Conexão!.
Boa leitura!
Drª. Denise Moreira Lima Lobo
Coordenadora da Comissão Científica da Conexão Unifametro 2023.
As normas para submissão e apresentação de trabalhos podem ser acessadas em: https://doity.com.br/conexao-unifametro-2023/artigos
Comissão Organizadora
Thalita Rodrigues
Fábio Júnior Braga
Laiza.Rodrigues
Thaiane Bezerra
Tom Lobo
Davi Menezes
Raphaela Sobral
Rita Maria Lima Reouças
Keise Daiane Teixeira Sousa
Comissão Científica
Denise Moreira Lima Lobo - Coordenação Comissão Científica
Antônio Adriano da Rocha Nogueira
A Comissão Científica permanece à disposição pelo e-mail conexaocientifica@unifametro.edu.br e presencialmente na sala da Coordenadoria de Pesquisa e Monitoria (COOPEM) localizada no Campus Carneiro da Cunha do Centro Universitário Fametro - Unifametro.
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2022 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaounifametro2022
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2021 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaounifametro2021
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2020 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaounifametro2020
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2019 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaounifametro2019
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2018 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaofametro2018