Introdução: O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) é um transtorno de neurodesenvolvimento, de etiologia ainda pouco conhecida, que tem por característica déficits na socialização e na comunicação, em que há também a presença de comportamentos repetitivos e/ou restritos e estereotipados, que têm influência relacionada a vários problemas sensoriais. Além disso, o TEA pode se correlacionar com outros transtornos e também estar associado a inúmeros outros comportamentos atípicos, entre eles a seletividade alimentar, que se baseia, em geral, em dificuldades na aceitação da apresentação, sabor e textura do alimento. As limitações de escolhas do repertório alimentar dessas crianças resultam em uma baixa variação dos alimentos aceitos por elas, o que corrobora com a susceptibilidade da ingestão reduzida (deficiência) de micronutrientes essenciais, como vitaminas e minerais, e também o consumo excessivo de alimentos do grupo de cereais, pães e tubérculos, que são alimentos considerados ricos em energia, o que pode levar ao aumento considerável do ganho de peso e consequentemente, ao aumento das taxas de sobrepeso e obesidade infantil. Outro aspecto comportamental que existe muito entre essas crianças, é o de comer uma quantidade muito grande de alimentos em um período muito curto, além de engolirem os alimentos sem a mastigação correta. Objetivo: Revisar na literatura o comportamento alimentar de crianças com Transtorno do Espectro Autista e a incidência de seletividade alimentar. Metodologia: Trata-se de uma revisão de literatura, onde realizou-se uma busca de estudos publicados nos últimos 5 anos (2018-2023), na qual foram pesquisados na base de dados PubMed, na língua inglesa e como filtros, foram usados: ensaio clínico e pesquisas dos últimos 5 anos. Os descritores que auxiliaram na busca dos estudos foram: Autism Spectrum Disorder, Child Nutrition, Food Fussiness. Os critérios de exclusão foram artigos de revisão, editoriais, Trabalho de Conclusão de Curso. Resultados e Discussão: Foram incluídos 5 artigos nos quais observou-se que um estudo randomizado com 38 crianças de idades entre 38 meses e 88 meses por 16 semanas comparou aversões alimentares e a variedade das refeições e concluiu-se que as alterações presentes no comportamento alimentar das crianças com transtorno do espectro autista contribuem para que haja um consumo alimentar irregular, de maneira a ser deletéria para o desenvolvimento físico e neuropsicomotor da criança, decorrente da inadequação nutricional presente no cotidiano delas. A neofobia (dificuldade para aceitação de coisas novas) é exacerbada no contexto comportamental do TEA, dificultando a melhoria do repertório alimentar e consequentemente, corroborando para que haja uma dieta desbalanceada. A seletividade alimentar é consonante com a desnutrição existente, visto que as crianças autistas apresentam seletividade alimentar embasadas em textura, sabor e aparência dos alimentos ingeridos, que evidencia os aspectos sobre restrição alimentar presente no cotidiano de crianças com TEA. Considerações finais: Os resultados gerais do comportamento disruptivo da criança diminuíram, resultando em melhorias na ingesta alimentar, bem como maior aceitabilidade de grupos alimentares que antes era rejeitado com maior frequência. É evidenciado que indivíduos com TEA apresentam baixa frequência de consumo dos alimentos in natura e minimamente processados e uma ingestão elevada de ultraprocessados, o que pode prejudicar o estado nutricional e de saúde desse grupo. Sabendo que o TEA exerce forte influência na rotina familiar, enfatiza-se que políticas de apoio no contexto do cuidado e da promoção à saúde devem ser implementadas, sobretudo para subsidiar os pais a fazerem dos alimentos com nenhum ou pouco grau de processamento a base da dieta de crianças e adolescentes com TEA.
Seja bem-vind@ à leitura dos Anais da Conexão Unifametro 2023!
Temos o prazer de disponibilizar à comunidade acadêmica os Anais do XI Encontro de Iniciação à Pesquisa, XI Encontro de Monitoria, o XIII Encontro de Pós-graduação e o IV Encontro de Experiências Docentes. Aqui estão os trabalhos que foram apresentados durante o evento, que agora são compartilhados em forma de artigos digitais.
Esperamos que essa coletânea possa auxiliar em estudos e pesquisas, estimular outros alunos e professores à produção científica e dar subsídios a novas práticas em campos de atuação diversos das áreas da saúde, humanas e exatas.
Agradecemos a todos pela confiaça em compartilhar suas produções científicas em nosso evento e contamos com sua participação na próxima Conexão!.
Boa leitura!
Drª. Denise Moreira Lima Lobo
Coordenadora da Comissão Científica da Conexão Unifametro 2023.
As normas para submissão e apresentação de trabalhos podem ser acessadas em: https://doity.com.br/conexao-unifametro-2023/artigos
Comissão Organizadora
Thalita Rodrigues
Fábio Júnior Braga
Laiza.Rodrigues
Thaiane Bezerra
Tom Lobo
Davi Menezes
Raphaela Sobral
Rita Maria Lima Reouças
Keise Daiane Teixeira Sousa
Comissão Científica
Denise Moreira Lima Lobo - Coordenação Comissão Científica
Antônio Adriano da Rocha Nogueira
A Comissão Científica permanece à disposição pelo e-mail conexaocientifica@unifametro.edu.br e presencialmente na sala da Coordenadoria de Pesquisa e Monitoria (COOPEM) localizada no Campus Carneiro da Cunha do Centro Universitário Fametro - Unifametro.
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2022 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaounifametro2022
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2021 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaounifametro2021
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2020 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaounifametro2020
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2019 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaounifametro2019
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2018 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaofametro2018