O LÚDICO COMO FORMA DE ELABORAÇÃO DO SOFRIMENTO NA CLÍNICA PSICANALÍTICA INFANTIL

O LÚDICO COMO FORMA DE ELABORAÇÃO DO SOFRIMENTO NA CLÍNICA PSICANALÍTICA INFANTIL

• Autor
• Karoline Beatriz Nogueira Rabelo
• Co-autores
• Andréa Luiza Alves Alcântara , Marcus Kléredis Monteiro Vieira
• Resumo

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  Introdução: A clínica psicanalítica possui como aspecto fundamental a associação livre, a qual está relacionada à função da análise de fazer com que o sujeito fale da forma mais espontânea possível. A associação livre com adultos se dá pela fala, mas surge o questionamento: como a associação livre acontece com crianças, que, por muitas vezes, não possuem forma de elaboração ou até mesmo de reconhecimento de seus sofrimentos? A partir da experiência no Estágio Específico I, foi possível notar uma dificuldade na identificação de demandas com o público infantil, tendo em vista, que a procura por atendimento psicológico é feita, incialmente, pelos responsáveis deste. Nesse contexto, o lúdico se apresenta como uma forma de facilitar a fluidez dessa elaboração e como reconhecimento ou descoberta da subjetividade da criança. O brincar surge como uma representação das vivências internas e externas da criança (WINNICOTT,1975). Objetivo: O presente trabalho possui o objetivo de identificar como o lúdico, ou o brincar, pode ser uma ferramenta auxiliadora na elaboração de sofrimento, de demanda e de fala, por meio da associação livre, com o público infantil em clínica psicanalítica. Metodologia: O método foi o de pesquisa exploratória sobre a temática já existente, incluindo o levantamento bibliográfico. O embasamento teórico desta pesquisa, foram os artigos “O lugar do brincar na psicanálise de crianças”, “A demanda clínica da criança: uma psicanálise possível” e “A importância do brincar em Winnicott e Schiller”. Resultados e Discussão: Baseando-se nos estudos realizados sobre a temática é possível perceber a contribuição que o lúdico traz para a elaboração e produção de fala em crianças na clínica psicanalítica. Pensando nisso, foi possível produzir um jogo de cartas, a partir do jogo já existente “Puxa Conversa”, que possui perguntas e situações que visam a produção e elaboração da fala de forma fluida para possibilitar no reconhecimento de demandas da própria criança. Considerações finais: Por fim, pôde-se concluir, a partir do arcabouço teórico adquirido durante a pesquisa, que o lúdico, especificamente, os jogos de cartas, podem facilitar na execução da associação livre em crianças, assim, contribuindo para um maior reconhecimento de suas formas subjetivas de sofrimento e de satisfação, que perpassam a busca pela análise.

   

• Palavras-chave
• Lúdico, sofrimento e psicanálise
• Modalidade
• Pôster
• Área Temática
• PROCESSO DE CUIDAR

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