Introdução: As declarações que tratavam das primeiras gerações de direitos humanos, de 1789 e de 1948, foram marcos importantes para a humanidade. Apesar dos avanços desses documentos, percebe-se que esses direitos foram e estão sendo, muitas vezes, assegurados e reservados para as elites. Deleuze (1992) declara que desde sua concepção, os direitos humanos têm sido utilizados para pregar a ideia de que as elites se preocupam com o bem-estar dos marginalizados (COIMBRA,2001). A Psicologia, estruturada a partir das concepções da branquitude, ainda enfrenta inúmeros desafios para trabalhar com o sofrimento advindo das relações de racismo estrutural. Atualmente os debates sobre a temática e o seu fazer ocorrem com maior frequência, entretanto os ideais da branquitude ainda atravessam as práticas psicológicas e os direitos humanos (RAMOS,2022). Objetivo: Apresentar como a psicologia e os direitos humanos são atravessados pela branquitude, em sua construção histórica e cultural. Metodologia: Será realizado uma pesquisa de cunho qualitativo a partir de uma análise documental em artigos científicos e livros sobre a temática, visando dispor de arcabouço teórico para fundamentar o objetivo já citado. Metodologia: Realizamos uma pesquisa de cunho qualitativo, a partir de uma análise documental em artigos científicos e livros sobre a temática, visando dispor de arcabouço teórico para fundamentar o objetivo já citado. Resultados e Discussão: Verificou-se, inicialmente, que os direitos humanos, em suas primeiras gerações, foram constituídos a partir de uma perspectiva de branquitude onde, ao se falar de universalização do sujeito, estaremos nos referindo ao homem branco livre como humanidade universal. Ainda que esse modelo tenha sido problematizado nas gerações seguintes de direitos humanos, ainda é possível perceber que esta concepção atravessa os direitos de uma forma que as luta por direitos que contemplem as necessidades de outras populações são necessidades prementes e complexas. Os direitos que devem ser assegurados, como a liberdade, foram determinados a partir da afirmação de uma pretensa superioridade branca inacessível a todos os corpos, mesmo com a universalidade dos direitos, os grupos que foram escravizados e explorados no passado, ainda são os que mais sofrem diferentes tipos violência, sendo alvo até mesmo do Estado. A psicologia ao ser construída sob um caráter elitista, também é atravessada por questões de branquitude que mantiveram, por um tempo, sua prática pouco aliada aos direitos humanos, porém, os avanços nas construções do seu fazer, buscam consolidar práticas visando a promoção da dignidade humana, respaldada na ética, com o psicólogo tendo como dever a promoção da qualidade de vida em seus diferentes níveis, sendo os direitos humanos de suma importância para a realização desta tarefa(CRP-03, 2019; FURTADO, 2022). Considerações finais: A psicologia vem se tornando mais acessível, embora ainda tenha um longo caminho a percorrer, a partir de seus desdobramentos críticos e de sua inserção em ambientes que a desafiam a novos posicionamentos e práticas, como as políticas públicas. Esses espaços estão sendo ocupados gradativamente, contribuindo para a garantia de direitos da população muitas vezes esquecida, haja vista que desde sua criação foi pensada com um olhar da branquitude que não sanava nem chegava a produzir conhecimento adequado para atender às necessidades desses corpos negados pela branquitude. No fazer dessas práxis, os direitos humanos vão sendo garantidos para todos os sujeitos de maneira que atenda suas especificidades.
Palavras-chave: branquitude; psicologia; direitos humanos.
Seja bem-vind@ à leitura dos Anais da Conexão Unifametro 2023!
Temos o prazer de disponibilizar à comunidade acadêmica os Anais do XI Encontro de Iniciação à Pesquisa, XI Encontro de Monitoria, o XIII Encontro de Pós-graduação e o IV Encontro de Experiências Docentes. Aqui estão os trabalhos que foram apresentados durante o evento, que agora são compartilhados em forma de artigos digitais.
Esperamos que essa coletânea possa auxiliar em estudos e pesquisas, estimular outros alunos e professores à produção científica e dar subsídios a novas práticas em campos de atuação diversos das áreas da saúde, humanas e exatas.
Agradecemos a todos pela confiaça em compartilhar suas produções científicas em nosso evento e contamos com sua participação na próxima Conexão!.
Boa leitura!
Drª. Denise Moreira Lima Lobo
Coordenadora da Comissão Científica da Conexão Unifametro 2023.
As normas para submissão e apresentação de trabalhos podem ser acessadas em: https://doity.com.br/conexao-unifametro-2023/artigos
Comissão Organizadora
Thalita Rodrigues
Fábio Júnior Braga
Laiza.Rodrigues
Thaiane Bezerra
Tom Lobo
Davi Menezes
Raphaela Sobral
Rita Maria Lima Reouças
Keise Daiane Teixeira Sousa
Comissão Científica
Denise Moreira Lima Lobo - Coordenação Comissão Científica
Antônio Adriano da Rocha Nogueira
A Comissão Científica permanece à disposição pelo e-mail conexaocientifica@unifametro.edu.br e presencialmente na sala da Coordenadoria de Pesquisa e Monitoria (COOPEM) localizada no Campus Carneiro da Cunha do Centro Universitário Fametro - Unifametro.
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2022 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaounifametro2022
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2021 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaounifametro2021
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2020 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaounifametro2020
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2019 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaounifametro2019
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2018 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaofametro2018