A PSICANÁLISE E AS EPISTEMOLOGIAS DECOLONIAIS NA OBRA DE FRANTZ FANON

A PSICANÁLISE E AS EPISTEMOLOGIAS DECOLONIAIS NA OBRA DE FRANTZ FANON

• Autor
• Daniel Bernardino Muniz
• Co-autores
• Marcus kleredis Monteiro Vieira
• Resumo

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  Introdução: A colonialidade enquanto discurso e constructo epistemológico surge com o advento da modernidade, que se instaura no momento em que a Europa expande seu poder colonial na África, Ásia e até América do Sul. Considerando os determinantes históricos, os autores discutem como a discursividade colonial se apresenta, sobretudo no modo de constituição subjetiva de corpos periféricos, que têm na performatização de um etos da metrópole sua maior expressão narcísica. Além disso, discute-se a mentalidade dicotômica que se estabelece, separando os corpos em “humanos” e “inumanos”, e como o sujeito negro adota “máscaras brancas”, no sentido atribuído por Fanon, com o fim de ter sua humanidade reconhecida.

  Objetivo: Investigar as convergências entre a psicanálise e os saberes decoloniais na obra paradigmática “Pele Negra, Máscaras Brancas”, de Fanon.

  Metodologia: Considerando o início do percurso teórico dos autores no campo das epistemologias decoloniais, bem como a dimensão paradigmática – no sentido atribuído por Kuhn – da obra “Pele Negra, Máscaras Brancas”, de Frantz Fanon, para esse mesmo campo, adota-se como procedimento metodológico a revisão bibliográfica exploratória da obra citada.

  Resultados e Discussão: No decorrer da pesquisa bibliográfica inicial foi constatado como a colonialidade coloca o branco no lugar do civilizado e norma a ser desejada e o negro como selvagem, algo que será chama por Fanon como “não ser”. Desse modo, os sujeitos negros vestem “máscaras brancas” para terem sua existência e intelectualidade reconhecidas. Sendo uma dessas mascaras brancas a da linguagem, onde o negro abre mão de seu mundo simbólico e adentra ao mundo simbólico da linguagem do colonizado em uma tentativa de se embranquecer.

  Considerações finais: Por consequência da compreensão do mimetismo inerente às “máscaras brancas da linguagem” pode-se pensar como as diversas psicologias hegemônicas no cenário brasileiro estruturam-se a partir de epistemologias coloniais europeias/norte-americanas, portanto brancas, e como estudantes e profissionais performatizam a partir, sobretudo da pregnância de um anglicismo não questionado, a episteme colonial.

   

  Palavras-chave: Colonialidade; decolonialidade; psicanálise.

   

  Referências:

   

  FANON, Frantz. Pele Negra. Máscaras Brancas. Salvador: EDUFBA, 2008.

  KUHN, Thomas S. A estrutura das revoluções científicas. São Paulo: Editora Perspectiva S.A, 1997.

  LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. A. Fundamentos metodologia científica. 4.ed. São Paulo: Atlas, 2001.

• Palavras-chave
• Colonialidade; decolonialidade; psicanálise.
• Modalidade
• Pôster
• Área Temática
• MOVIMENTOS SOCIAIS, CONFLITO E DIREITOS HUMANOS

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