ASSOCIAÇÃO ENTRE O USO CRÔNICO DE DIPIRONA E O RISCO DE AGRANULOCITOSE

ASSOCIAÇÃO ENTRE O USO CRÔNICO DE DIPIRONA E O RISCO DE AGRANULOCITOSE

• Autor
• Angelica Maiara Freires Rabelo
• Co-autores
• Maria Wanessa Freires Rabelo , Maria Clara Costa Moreira , Wilcylanne Francisca Carneiro dos Santos , Lucimary Leite de Pinho , Rodolfo de Melo Nunes
• Resumo

• Introdução: A dipirona, também conhecida como metamizol, é um analgésico e antipirético amplamente utilizado em todo o mundo. Sua eficácia no alívio da dor e na redução da febre a tornou uma escolha comum para o tratamento de uma variedade de condições médicas. No entanto, a dipirona não está isenta de efeitos colaterais graves, incluindo a agranulocitose, uma condição caracterizada pela redução acentuada no número de granulócitos no sangue, aumentando o risco de infecções graves. Objetivo: A revisão de literatura tem como é avaliar a relação entre o uso crônico de dipirona e o risco de desenvolvimento de agranulocitose, identificando os principais estudos e evidências disponíveis na literatura médica sobre esse tema. Metodologia: Para realizar esta revisão de literatura, foram conduzidas buscas em bases de dados científicas, como PubMed, Scopus e Web of Science, utilizando palavras-chave relacionadas ao tema, incluindo "dipirona", "metamizol", "agranulocitose", "efeitos colaterais" e "uso crônico". Foram incluídos estudos publicados em língua inglesa e portuguesa, abordando a associação entre o uso prolongado de dipirona e a agranulocitose. A busca foi realizada até setembro de 2023. Resultados e Discussão: Após a busca e seleção dos estudos relevantes, foram identificados diversos artigos que abordaram a relação entre o uso crônico de dipirona e o risco de agranulocitose. Estudos epidemiológicos e relatos de casos foram incluídos nesta revisão. Um estudo epidemiológico realizado por Sánchez et al. (2015) investigou a ocorrência de agranulocitose em pacientes que faziam uso crônico de dipirona. Os resultados demonstraram uma associação significativa entre o uso prolongado dessa medicação e um aumento no risco de desenvolvimento de agranulocitose. O estudo observou que, quanto maior a duração do uso de dipirona, maior o risco dessa condição adversa. Outro estudo relevante conduzido por García et al. (2018) analisou os mecanismos potenciais pelos quais a dipirona poderia levar à agranulocitose. Os pesquisadores identificaram evidências de que a dipirona pode desencadear uma resposta imunológica adversa em certos indivíduos, levando à destruição dos granulócitos no sangue. Além disso, eles destacaram a importância do monitoramento cuidadoso dos pacientes em uso crônico de dipirona para detectar precocemente sinais de agranulocitose. A relação entre o uso crônico de dipirona e o risco de agranulocitose tem sido objeto de estudo e preocupação na comunidade médica. A agranulocitose é uma condição rara, mas potencialmente fatal, que pode ocorrer como resultado do uso prolongado dessa medicação. Estudos epidemiológicos têm fornecido evidências consistentes de que existe uma associação entre esses dois fatores. Um dos principais desafios no estudo dessa associação é entender os mecanismos pelos quais a dipirona pode levar à agranulocitose. Embora não esteja completamente esclarecido, há indícios de que a dipirona pode desencadear reações imunológicas adversas em determinados pacientes, resultando na destruição dos granulócitos. Além disso, a predisposição genética individual pode desempenhar um papel importante na suscetibilidade à agranulocitose induzida por dipirona. Considerações finais: Esta revisão de literatura destaca a importância de reconhecer e compreender a associação entre o uso crônico de dipirona e o risco de agranulocitose. Embora a agranulocitose seja um efeito colateral raro, sua gravidade justifica a atenção dos profissionais de saúde. Pacientes em uso crônico de dipirona devem ser informados sobre os riscos associados e monitorados de perto para detectar precocemente quaisquer sinais de agranulocitose. Profissionais de saúde devem considerar alternativas terapêuticas em pacientes que necessitam de tratamento prolongado para dor ou febre, especialmente se apresentarem fatores de risco adicionais para o desenvolvimento de agranulocitose. Além disso, a pesquisa contínua é necessária para aprofundar nossa compreensão dos mecanismos subjacentes a essa associação e identificar estratégias de prevenção eficazes.

• Palavras-chave
• Dipirona; Agranulocitose; Efeito Colateral.
• Modalidade
• Pôster
• Área Temática
• FARMÁCIA HOSPITALAR E CLÍNICA

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