SEDAÇÃO CONSCIENTE EM ODONTOPEDIATRIA: UMA REVISÃO DA LITERATURA

SEDAÇÃO CONSCIENTE EM ODONTOPEDIATRIA: UMA REVISÃO DA LITERATURA

• Autor
• Luiza Carla dos Santos Avelino
• Co-autores
• Breno Andrade da Silva , Edu Gomes Mourão , Gllendha Martins Mendes , Erika Gurgel Albuquerque , Pedro Diniz Rebouças
• Resumo

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  Introdução: O manejo do comportamento de pacientes odontopediatras entre 15 meses e 6 anos pode ser um desafio para a criança e o dentista. Nessas circunstâncias, o uso de métodos farmacológicos, incluindo anestesia geral ou procedimentos de sedação consciente, é aconselhado para evitar procedimentos inseguros e de baixa qualidade. Como a anestesia geral requer uma configuração hospitalar mínima e um operador experiente, a sedação consciente é proposta como um método comprovado, embora mais barato e mais conveniente. O resultado clínico das abordagens sedativas varia de um indivíduo para outro, dependendo da resposta do paciente à medicação sedativa. Os agentes comumente usados para sedação incluem benzodiazepínicos, óxido nitroso ou outros agentes. Infelizmente, estes agentes são administrados por uma grande variedade de métodos (tais como oral, retal e nasal). Além disso, muitos dos agentes ou combinações de agentes podem induzir sedação profunda em vez de sedação consciente. Finalmente, as variáveis de resultado na maioria dos estudos que avaliam os diferentes agentes sedativos parecem concentrar-se predominantemente no seu efeito sobre o comportamento e não na ansiedade. De acordo com as diretrizes italianas sobre sedação consciente em odontologia, publicadas em maio de 2021, a sedação com N2O é recomendada como procedimento padrão em pacientes pediátricos para reduzir o uso de anestesia geral. Nos últimos anos, a sedação com N20 tem sido realizada com sucesso em odontopediatria para controlar a oposição, o reflexo de vômito e a ansiedade, e para melhorar a cooperação. Além disso, foi demonstrado que crianças tratadas com sedação com óxido nitroso apresentam níveis mais baixos de ansiedade pós-operatória em comparação com aquelas tratadas sob anestesia geral. A sedação com N20 pode ser repetidamente utilizada para diminuir a ansiedade e mitigar o impacto dos tratamentos dentários e o consequente comportamento difícil. Apesar de muitas evidências sobre a eficácia desta técnica de sedação por inalação, raramente foram descritos efeitos a longo prazo no comportamento do paciente após receber mais de uma sedação. Objetivo: Avaliar os tipos de sedação consciente e sua eficácia para o tratamento odontopediátrico. Metodologia: O presente trabalho se refere a uma revisão literária integrativa, que para sua execução foram coletados artigos dos últimos 05 anos, ao qual as buscas foram realizadas em setembro de 2023. Os descritores que nortearam a pesquisa foram selecionados através das plataformas de linguagem única: Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) e Medical Subject Headings (MeSH). Desta forma, os estudos foram criteriosamente avaliados e escolhidos através de pesquisas nas bases de dados: (MEDLINE/PUBMED) e BVS, utilizando o recurso de busca avançada e os seguintes termos: “Conscious Sedation”, “Pediatric Dentistry”, “Dental Anxiety”. Por conseguinte, obteve-se no total 40 artigos resultantes da busca supracitada, em que os critérios de elegibilidade se denotaram a incluir: estudos publicados entre 2018 e 2023; trabalhos nos idiomas português e inglês; artigos com metodologias bem delineadas e resultados coerentes. Em contrapartida, foram excluídos: artigos incompletos ou que se encontravam duplicados entre as plataformas, estudos que não se apresentaram pertinentes ao tema, revisões narrativas, além de teses, dissertações e monografias. Sendo assim, 05 estudos foram selecionados para o desenvolvimento desta revisão. Resultados e Discussão: O controle farmacológico dentro da odontologia pode ser feito essencialmente de três formas, como a administração de benzodiazepínicos que: são sedativos hipnóticos utilizados para provocar sedação e amnésia anterógrada antes ou durante procedimentos cirúrgicos ou qualquer outro procedimento que exija do paciente um comportamento adequado (exame radiográfico, por exemplo). A sedação com hidrato de cloral é um agente hipnótico bastante empregado na sedação consciente em crianças submetidas a procedimentos odontológicos e de diagnóstico, e por último o óxido nitroso/oxigênio que apresenta ação muito rápida e seus efeitos clínicos se tornam evidentes em poucos minutos,  sua administração ocorre de forma crescente, ou seja, de pequenas doses do óxido nitroso até a concentração ideal para cada paciente, observando-se os efeitos clínicos imediatos. O primeiro passo para o sucesso da terapêutica medicamentosa é uma anamnese bem estruturada, que permitirá ao cirurgião-dentista colher informações cruciais para o tratamento a ser instituído a história médica completa do paciente é um requisito essencial para avaliar se a criança pode ser submetida à sedação. Essas informações devem incluir: presença de alergias ou de reações graves anteriores, uso de medicamentos, histórico de doenças do paciente ou de familiares próximos e de intervenções hospitalares. A avaliação do estado de saúde deve incluir uma revisão dos sistemas corporais do paciente. Outro cuidado a ser tomado antes da indicação de qualquer tipo de sedação é a análise do risco médico de cada paciente, categorizados segundo a classificação da American Society of Anesthesiology (ASA). Ao analisar os diferentes estudos referentes à sedação consciente, quanto a via de administração do medicamento mais aceita é a via oral, existem várias combinações farmacológicas para realizá-la, mas o uso do Midazolam é amplamente utilizado por ser realizado por um anestesista, enquanto o uso de O2 e N2O pode ser realizado por um dentista especialista com formação na área de sedação consciente. Considerações finais: A sedação consciente é uma das várias técnicas de controle comportamental citadas na literatura que podem ser empregadas na odontologia, desde que o profissional esteja apto a indicá-la e a avaliar a relação risco/benefício para a criança. Apesar de as técnicas e os medicamentos serem bastante seguros para crianças, o profissional e os responsáveis devem estar cientes dos riscos, vantagens e desvantagem de cada técnica. Não há uma técnica ideal, mas sim a mais adequada para cada tipo de paciente, que deve ser determinada através de anamnese e de exame físico detalhados. Contudo, faz-se necessário mais estudos a fim de confirmar esses resultados e ensaios mais amplos para que sejam realizadas abordagens mais direcionadas com o paciente na tomada de decisão em cada caso.

   

• Palavras-chave
• Sedação Consciente, Odontopediatria, Ansiedade ao tratamento Odontológico.
• Modalidade
• Pôster
• Área Temática
• CLÍNICA ODONTOLÓGICA, ODONTOLOGIA RESTAURADORA E REABILITADORA

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