ACHADOS LABORATORIAIS VISUALIZADOS EM HIPOTIREOIDISMO EM UM CÃO: UM BREVE RELATO

ACHADOS LABORATORIAIS VISUALIZADOS EM HIPOTIREOIDISMO EM UM CÃO: UM BREVE RELATO

• Autor
• Anna Rachel Vasconcelos Fava
• Co-autores
• Ana Karine Rocha de Melo Leite , Lucilma Gurgel Leite
• Resumo

• Introdução: O hipotireoidismo é a afecção mais comum do sistema endócrino em cães. De caráter progressivo, acomete animais entre 2 e 6 anos, sem predisposição sexual, mas com predisposição racial. Ele se caracteriza pela redução da secreção hormonal pela glândula tireoidiana, seja ela primária, com alteração situada na própria tireoide, ou secundária, em que outras doenças levam ao funcionamento inadequado desta glândula. Ela pode induzir as mais diversas alterações metabólicas e laboratoriais no animal. Objetivo: Descrever as alterações laboratoriais induzidas pelo hipotireoidismo em um cão. Metodologia: Foram recebidas no Centro de Diagnóstico e Especialidades Veterinárias as amostras sanguínea e urinária do paciente Mustafá, um cão de 4 anos e 2 meses, macho, da raça Spitz alemão. Os exames solicitados foram: hemograma completo, quantificações hormonais de TSH e T4 livre e quantificações séricas de colesterol total, triglicerídeos, creatinina, uréia, ALT e AST. Resultados e Discussão: O eritrograma, plaquetograma e leucograma não apresentaram alterações quantitativas ou morfológicas, salvo uma discreta monopenia relativa de 1 (3-10%) e absoluta de 117 (150-1350 mm3). Entretanto, dados da literatura mostram que a monopenia não é um achado significativo. O plasma sanguíneo apresentou-se moderadamente lipêmico, o que condiz com o quadro de hipotireoidismo uma vez que a degradação dos lipídeos é afetada diretamente pela redução dos níveis circulantes de hormônios secretados pela tireoide. Quanto aos parâmetros tireoideanos, embora o TSH tenha permanecido dentro do intervalo de referência, o que vai de encontro à possibilidade mais comum de um hipotireoidismo primário, a mensuração de T4 livre por diálise apresentou redução 0,53 (0,82-3,50 ng/dL), o que confirma uma diminuição da atividade da glândula tireoide. Isso indica que o hipotireoidismo é do tipo primário. Quanto à quantificação bioquímica, verificou-se que o colesterol total apresentou-se dentro da normalidade, ao passo que o exame revelou uma hipertrigliceridemia considerável de 297 (20-112 mg/dL), um achado comum em casos de hipotireoidismo que indica um déficit na atividade metabólica dos lipídeos. As demais análises referentes à função renal e hepática mantiveram-se dentro das referências. Considerações finais: Conclui-se, nesse trabalho, que o hipotireoidismo, embora não tenha induzido alterações hematológicas significativas, mostrou-se presente por meio de um déficit nos indicadores de atividade tireoideana e um aumento na mensuração dos triglicerídeos, evidenciando a presença de comprometimento metabólico e, possivelmente, do bem estar do animal. 

• Palavras-chave
• hipotireoidismo, tireoide, exames laboratoriais
• Modalidade
• Pôster
• Área Temática
• Clínica e biotecnologias aplicadas em medicina veterinária

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