ESTRATÉGIAS PARA UMA PERSPECTIVA DE QUALIDADE DE VIDA EM PACIENTES COM ESCLEROSE MÚLTIPLA: UMA BREVE REVISÃO

  • Autor
  • Ariadna de Castro da Silva
  • Co-autores
  • Maria Tainara da Silva Santos , Ana Caroline Rocha de Melo Leite , Ana Karine Rocha de Melo Leite
  • Resumo
  • Introdução: A esclerose múltipla (EM) é uma doença autoimune, neurodegenerativa e progressiva do sistema nervoso central. Ela se caracteriza por um processo inflamatório, cuja etiologia ainda permanece desconhecida. Entretanto, acredita-se que fatores ambientais e genéticos modulam o sistema imunológico a atingir a bainha de mielina nos axônios dos neurônios. Dessa forma, essa patologia interfere grandemente na qualidade de vida dos pacientes. Objetivo: Descrever as estratégias para manter a qualidade de vida dos pacientes com esclerose múltipla por meio de uma revisão de literatura. Metodologia: Trata-se de uma revisão narrativa de literatura. Para responder à questão norteadora “O que a literatura especializada traz em relação às estratégias utilizadas para tentar manter a qualidade de vida dos pacientes acometidos por esclerose múltipla após o diagnóstico?” Foi acessada a base de dados Google acadêmico e realizado um levantamento de artigos em português publicados em 2024. Os descritores Mesh/Decs e operadores booleanos, “AND” e “OR” foram empregados, e as palavras-chaves utilizadas foram: “estratégias”, “melhoria de qualidade”, “qualidade de vida” e “esclerose múltipla”. Inicialmente foram encontrados 233 artigos, permanecendo apenas 20. Resultados e Discussão: Por se tratar de uma doença autoimune neurológica, essa debilita nitidamente o paciente. Dessa forma, os sintomas trazidos pela esclerose múltipla levam a decadência da qualidade de vida dos portadores, interferindo em suas atividades. Associado a isso, como os fatores de risco envolvidos são pouco conhecidos, isso afeta ainda mais a qualidade de vida dos portadores. Diante disso, é importante desenvolver estratégias para amenizar os efeitos dessa doença e, ao mesmo tempo, vislumbrar pesquisas que tentem manter o bem-estar no paciente. Nesse contexto, torna-se essencial o conhecimento dessa enfermidade pela população, já que o paciente desconhecendo a própria patologia pode realizar atividades irregulares que agravam a própria doença. A prática regular de exercício físico tem sido associada a resultados positivos na EM, que, em conjunto com o tratamento farmacológico, retarda a progressão dos sintomas e a evolução clínica da doença, proporcionando a manutenção na capacidade funcional e psicológica, e na qualidade de vida do paciente acometido pela EM. Ainda, técnicas como a estimulação transcraniana por corrente contínua estão sendo estudadas para uma variedade de aplicações no gerenciamento de sintomas da EM, incluindo fadiga, déficits cognitivos, dor neuropática e deficiências motoras. No entanto, devido à heterogeneidade dos protocolos de neuromodulação para disfunções motoras e aprendizado, não se tem um protocolo mais adequado e assertivo para estas condições. Embora a patogênese da EM ainda não seja completamente esclarecida, avanços significativos na compreensão dos mecanismos subjacentes à doença têm induzido o desenvolvimento de novas terapias modificadoras da doença (TMDs), que visam alterar o curso natural da doença. Dados mostram que os TMDs reduziram significativamente a freqüência de surtos e a carga de lesões cerebrais, impactando positivamente na progressão da incapacidade. Entretanto, alguns TMDs podem levar a efeitos adversos significativos que exige monitoramento contínuo do paciente. O uso de canabidioides também vem sendo utilizada como uma estratégia promissora em pacientes com dores crônicas, como por exemplo, na esclerose múltipla. Eles se ligam aos receptores do sistema endocanabinoide e atuam como moduladores da dor por ação analgésica em estados inflamatórios e de hiperalgesia, minimizando respostas aos estímulos nocivos em aspecto comportamental e neurofisiológico. Estudos também mostram que abordagens não farmacológicas são importantes para reduzir sintomas psíquicos e melhorar a cognição, além de auxiliarem na manutenção da autonomia e da coordenação motora e na redução de fadiga e de perda de equilíbrio. O gerenciamento alimentar, com alimentos antiinflamatórios e vitaminas D e do complexo B, também têm efeitos neuroprotetores, influenciando positivamente o prognóstico da doença. A integração de tratamentos medicamentosos, associados ao hábito de vida e à dieta, é fundamental para um tratamento holístico e eficaz, além de reduzir a progressão da incapacidade inerente à doença. Eles são importantes na melhoria da qualidade de vida e na promoção do bem-estar geral dos pacientes. Entretanto, as abordagens não farmacológicas enfrentam, porém, desafios para sua implementação devido à heterogeneidade de possibilidades, à falta de consenso e à necessidade de elaboração de mais pesquisas. Considerações finais: Com base nos estudos publicados sobre as estratégias para tentar manter o bem-estar e a qualidade de vida dos pacientes diagnosticados com esclerose múltipla, pode-se concluir que o conhecimento sobre a doença associado a estratégias farmacológicas e não farmacológicas amenizam os efeitos dessa patologia. Entretanto, a perspectiva em relação ao esclarecimento da patogenia dessa doença ainda é o ponto chave para amenizar todos os efeitos dessa doença autoimune.

  • Palavras-chave
  • Autoimunidade; Neurologia; Qualidade de vida.
  • Modalidade
  • Pôster
  • Área Temática
  • Doenças Crônicas Não-transmissíveis
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Seja bem-vind@ à leitura dos Anais da Conexão Unifametro 2024!

Temos o prazer de disponibilizar à comunidade acadêmica os Anais do XII Encontro de Iniciação à Pesquisa, XII Encontro de Monitoria, o XIV Encontro de Pós-graduação e o V Encontro de Experiências Docentes. Aqui estão os trabalhos que foram apresentados durante o evento, que agora são compartilhados em forma de artigos digitais.

Esperamos que essa coletânea possa auxiliar em estudos e pesquisas, estimular outros alunos e professores à produção científica e dar subsídios a novas práticas em campos de atuação diversos das áreas da saúde, humanas e exatas.

Agradecemos a todos pela confiaça em compartilhar suas produções científicas em nosso evento e contamos com sua participação na próxima Conexão!.

Boa leitura!

Prof. Antonio Adriano da Rocha Nogueira

Coordenador da Comissão Científica da Conexão Unifametro 2024.

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