DIAGNÓSTICO CITOLÓGICO DE Sporothrix sp. EM FELINO – RELATO DE DOIS CASOS

DIAGNÓSTICO CITOLÓGICO DE Sporothrix sp. EM FELINO – RELATO DE DOIS CASOS

• Autor
• Marjori Lima Boblitz Parente
• Co-autores
• Melissa Barbosa Lima , Glauco Jonas Lemos Santos
• Resumo

•  A esporotricose é uma micose subaguda ou crônica causada por espécies de fungos dimórficos pertencentes ao gênero Sporothrix. Geralmente tem implantação cutânea e subcutânea, mas também pode comprometer o sistema linfático. Esse microorganismo vive na forma filamentosa em cascas de árvores e solos ricos em matéria orgânica e, após a inoculação no hospedeiro ou em cultivos com temperaturas mais altas, o fungo se transforma em levedura. A espécie mais distribuída mundialmente é o Sporothrix schenckii. Já no Brasil, a espécie mais encontrada é o Sporothrix brasiliensis. Os gatos (principalmente machos não castrados com acesso à rua ou errantes) apresentam um papel de suma importância no ciclo de transmissão da esporotricose devido ao hábito de arranhar troncos e cavar terra. Com isso, acabam se contaminando e transmitindo para outros gatos e para o homem. Os sinais clínicos mais comuns em gatos incluem lesões nodulares e úlceras cutâneas com secreção serosa a sanguinolenta, normalmente localizadas em região de cauda, extremidades dos membros e cabeça (região nasal e pina as mais afetadas), provocando sinais respiratórios como espirros frequentes, secreção nasal e dispneia. Ainda, podem apresentar alterações sistêmicas inespecíficas, como linfadenite, desidratação, letargia, febre, anorexia e perda de peso. O diagnóstico fundamenta-se em um conjunto de fatores, como anamnese, sinais clínicos, epidemiologia e exames complementares, a saber: citologia, histopatológico e cultura fúngica, sendo a última considerada como método diagnóstico padrão ouro. O tratamento baseia-se na utilização de medicamentos antifúngicos, sendo o Itraconazol e iodeto de potássio frequentemente utilizados. O objetivo do presente trabalho é  dois casos de esporotricose diagnosticados por meio do exame citológico em dois felinos domiciliados, que apresentavam feridas cutâneas em região de face e orelha, espirros frequentes há 2 semanas, apatia e anorexia. Com isso, foram solicitados exames de citologia. O perfil citopatológico se apresentou semelhante nas duas amostras analisadas, o qual revelou a presença de estruturas leveduriformes compatíveis com Sporothrix sp. Infelizmente, no relato em questão, a tutora não autorizou a realização das culturas fúngicas para confirmação diagnóstica. Porém, o exame citológico é uma boa ferramenta para a diferenciação de lesões neoplásicas, infecciosas e inflamatórias, visto que a esporotricose é uma enfermidade associada a surtos sazonais. Por isso, o presente trabalho torna-se importante tanto para a comunicação científica quanto para fomentar os sistemas de prevenção associados à saúde pública.

• Palavras-chave
• Esporotricose, Gato, Citologia.
• Modalidade
• Pôster
• Área Temática
• Análises Clínicas e Toxicológicas

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