EFEITOS DO MÉTODO CANGURU EM RECÉM-NASCIDOS DE BAIXO PESO E MUITO BAIXO PESO NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL.

EFEITOS DO MÉTODO CANGURU EM RECÉM-NASCIDOS DE BAIXO PESO E MUITO BAIXO PESO NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL.

• Autor
• Mariana Saraiva Arruda
• Co-autores
• Carlos Átila Bezerra Paiva , João Cauê Rodrigues De Sousa Santos , Lyvia de Souza Ferreira , Francilena Ribeiro Bessa , Natalia Aguiar Moraes Vitoriano
• Resumo

• Introdução: A implantação do Método Canguru nas Unidades de Terapia Intensiva Neonatais (UTIN) reflete os princípios da Política Nacional de Humanização (PNH) do Sistema Único de Saúde (SUS), que visa transformar práticas de saúde para tornar o cuidado mais humanizado e centrado na família, onde uma das principais propostas é um trabalho coletivo entre a equipe para que o SUS seja mais acolhedor, mais ágil e resolutivo. O Método Canguru, promove a técnica do contato pele a pele entre o recém-nascido (RN) e os pais, que é especialmente benéfico para RNs pré-termo e de baixo peso, visando reduzir as taxas de mortalidade e morbidade. Esse contato fortalece o vínculo afetivo entre pais e filho, promovendo um ambiente mais favorável para o desenvolvimento saudável. Objetivo: Avaliar os efeitos da implementação do Método Canguru nas UTINs e os benefícios de sua aplicação nos recém-nascidos de baixo peso e muito baixo peso. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura realizada nas bases de dados Cochrane Library, PubMed e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), utilizando as palavras-chave: "Intensive Care Units Neonatal," "Kangaroo-Mother Care Method" e "Infant, Low Birth Weight." Foram incluídos estudos do tipo ensaio clínico randomizado e estudo multicêntrico, publicados nos últimos cinco anos. Inicialmente, foram encontrados 30 artigos, dos quais 7 foram selecionados para a revisão. Foram excluídos da análise artigos que não abordavam a temática principal, estudos de protocolo, e pesquisas inconclusivas ou ainda em desenvolvimento. Resultados e Discussão: Após análise, foram identificados aspectos importantes sobre a aplicabilidade do Método Canguru. Um estudo multicêntrico realizado em cinco unidades de terapia intensiva neonatal no Brasil revelou que o contato pele a pele (CPP) é majoritariamente realizado pela mãe, mas de forma intermitente e por poucas horas ao dia. O Método Mãe Canguru Imediato, iniciado até duas horas após o nascimento, tem mostrado reduzir taxas de mortalidade e infecção, além de aumentar a amamentação com leite materno. Durante o CPP, observam-se valores elevados de débito cardíaco, redução da frequência cardíaca e regulação do ritmo respiratório. Recém-nascidos submetidos ao Método Canguru apresentam atividade elétrica madura e melhor desempenho neurocomportamental, conforme medido pelo eletroencefalograma. Além disso, recém-nascidos que recebem uma hora de Método Canguru mostram níveis mais baixos de alantoína urinária em comparação com aqueles que permanecem em incubadoras, indicando menores taxas inflamatórias. Por fim, intervenções sensoriais e motoras realizadas pelos pais em bebês pré-termo e de muito baixo peso na UTIN fortalecem a conexão emocional, aumentam a confiança no manejo e proporcionam um propósito durante a internação. Considerações finais: Em síntese, o Método Canguru traz benefícios significativos para recém-nascidos de baixo e muito baixo peso, como a regulação fisiológica, estabilização da frequência cardíaca e respiratória, desenvolvimento neurológico e redução de marcadores inflamatórios. Além disso, o contato pele a pele fortalece o vínculo afetivo entre pais e filhos e promove o aleitamento materno, alinhando-se aos princípios da Política Nacional de Humanização do SUS. É importante que essa abordagem humanizada seja implementada em todas as UTINs no Brasil.

• Palavras-chave
• Unidade de Terapia Intensiva Neonatal, Método Mãe Canguru, Humanização.
• Modalidade
• Pôster
• Área Temática
• Promoção, prevenção e reabilitação em fisioterapia

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