Introdução: O Acidente Vascular Cerebral (AVC) está entre as principais causas de morte e incapacidade adquirida a nível mundial, com o Brasil representando a quarta maior taxa de mortes entre os países da América Latina. Nesse contexto, o Acidente Vascular Cerebral Isquêmico (AVCI) é responsável por 85% das mortes por (AVC) no mundo, sendo caracterizada por uma condição neurológica grave que leva à morte celular com consequentes déficits neurológicos. Dessa forma, o diagnóstico precoce associado a intervenções rápidas e adequadas são fundamentais para prevenir sequelas graves e aumentar a funcionalidade dos pacientes após o AVCI. Dessa forma, com o diagnóstico preciso e precoce é possível indicar uma terapêutica mais eficaz. Entretanto, existem alguns tratamentos que levam a complicações para o paciente. Objetivo: Descrever os métodos de diagnóstico de AVC isquêmico e os efeitos colaterais e adversos da terapêutica utilizada em pacientes com esse diagnóstico, por meio de uma revisão de literatura. Metodologia: Trata-se de uma revisão narrativa de literatura. Para responder à questão norteadora “O que a literatura especializada traz em relação aos estudos de diagnóstico de AVC isquêmico e os efeitos colaterais e adversos da terapêutica utilizada em pacientes com esse diagnóstico?” Foi acessada a base de dados Google Acadêmico e realizado um levantamento de artigos em português publicados em 2024. Os descritores Mesh/Decs e operadores booleanos, “AND” e “OR” foram empregados, e as palavras-chaves utilizadas foram: “diagnóstico”, “AVC”, “tratamento de emergência” e “efeitos adversos”. Inicialmente foram encontrados 879 artigos, permanecendo apenas 6. Resultados e Discussão: Com base nos estudos publicados, dados mostram que o diagnóstico precoce do AVC isquêmico é extremamente importante e baseia-se na coleta detalhada da clínica do paciente, onde muitas vezes é necessária a presença do acompanhante, já que a doença pode levar a um déficit suficientemente grave para impedir que o próprio paciente forneça o histórico confiável. Nesse contexto, a investigação básica para todos os pacientes com AVE isquêmico inclui: ecocardiograma transtorácico, investigação vascular intracraniana e cervical (por angioressonância, angiotomografia ou ultrassonografia Doppler das carótidas), doppler transcraniano e holter 24h. Entretanto, em pacientes com AVE isquêmico sem etiologia definida, sugere-se: ecocardiograma transesofágico, VHS, FAN, Anti-Ro, Anti-La, homocisteína, proteína S, proteína C, anti-trombina III, mutação da protrombina, mutação do fator V de Leiden, anticardiolipina (IgM e IgG), anticoagulante lúpico, antibeta-2-glicoproteína 1 VDRL e FTA-ABS. Já em jovens, o AVC isquêmico pode ser desencadeado por uma variedade de fatores, o que torna o diagnóstico uma tarefa complexa. Diante disso, a ressonância magnética (RM) é considerada a modalidade de imagem preferida para a detecção de lesões isquêmicas agudas em jovens. A difusão ponderada por imagem (DWI) aumenta ainda mais a precisão diagnóstica, identificando pequenas lesões isquêmicas que podem ser facilmente perdidas em exames convencionais. Além disso, a angiorressonância magnética (angio-RM) e a angiotomografia computadorizada (angio-TC) desempenham um papel crucial na avaliação de anomalias vasculares que podem ser responsáveis pelo AVC isquêmico em jovens. Em relação às gestantes, o diagnóstico precoce é um desafio significativo. Dessa forma, estudos enfatizam a necessidade de mais pesquisas e da inclusão de gestantes em estudos clínicos para uma melhor compreensão dos mecanismos envolvidos no AVC na gestação e, consequentemente, um diagnóstico mais precoce. Quanto às reações que a terapêutica farmacológica pode induzir nos pacientes com o diagnóstico de AVC isquêmico, estudos têm investigado eventos adversos decorrentes do uso de alteplase, um ativador do plasminogênio tecidual, ou seja, um agente trombolítico, como: sangramento intracraniano, hemorragia sistêmica e desfechos fatais. A Tenecteplase, uma medicação desenvolvida inicialmente para tratamento de infarto do miocárdio, que é um ativador do plasminogênio tecidual modificado, também mostra um risco de hemorragia intracerebral sintomática em pacientes com AVC isquêmico. Outra estratégia para o tratamento de AVC isquêmico é a terapia celular, uma abordagem emergente na medicina regenerativa, que envolve o uso de células para promover a regeneração e reparação dos tecidos danificados. Nesse cenário, destacam-se as células-tronco neurais e as células-tronco mesenquimatosas. Embora a maioria dos estudos indique que a terapia celular é segura, alguns efeitos adversos foram reportados incluindo reações inflamatórias locais e, em casos raros, efeitos colaterais sistêmicos. Considerações finais: Com base nos estudos publicados em relação às técnicas utilizadas para o diagnóstico do AVC isquêmico, é possível concluir que elas diferem em relação à idade e a condição do paciente. Porém, verifica-se que alguns exames complementares são essenciais para auxiliar no diagnóstico diferencial. Quanto aos efeitos adversos da terapêutica farmacológica ou celular utilizada nessa patologia, pode-se concluir que elas variam desde quadros hemorrágicos a inflamatórios.
Seja bem-vind@ à leitura dos Anais da Conexão Unifametro 2024!
Temos o prazer de disponibilizar à comunidade acadêmica os Anais do XII Encontro de Iniciação à Pesquisa, XII Encontro de Monitoria, o XIV Encontro de Pós-graduação e o V Encontro de Experiências Docentes. Aqui estão os trabalhos que foram apresentados durante o evento, que agora são compartilhados em forma de artigos digitais.
Esperamos que essa coletânea possa auxiliar em estudos e pesquisas, estimular outros alunos e professores à produção científica e dar subsídios a novas práticas em campos de atuação diversos das áreas da saúde, humanas e exatas.
Agradecemos a todos pela confiaça em compartilhar suas produções científicas em nosso evento e contamos com sua participação na próxima Conexão!.
Boa leitura!
Prof. Antonio Adriano da Rocha Nogueira
Coordenador da Comissão Científica da Conexão Unifametro 2024.
As normas para submissão e apresentação de trabalhos podem ser acessadas em: https://doity.com.br/conexao-unifametro-2024-1/artigos
Comissão Organizadora
Unifametro
Fábio Júnior Braga
Laiza Rodrigues
Tom Lobo
Jéssica Loureiro
André de Sousa Sales
Thalita Rodrigues
Kely de Souza Pereira Maciel
Yara Emilly Lima Bezerra
Viviany Santos Oliveira
Alex Moura Paixão
Keise Daiane Teixeira Sousa
Comissão Científica
Antônio Adriano da Rocha Nogueira - Coordenação Comissão Científica
Denise Moreira Lima Lobo
Kauan Carvalho
A Comissão Científica permanece à disposição pelo e-mail conexaocientifica@unifametro.edu.br e presencialmente na sala da Coordenadoria de Pesquisa e Monitoria (COOPEM) localizada no Campus Carneiro da Cunha do Centro Universitário Fametro - Unifametro.
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2023 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaounifametro2023
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2022 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaounifametro2022
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2021 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaounifametro2021
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2020 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaounifametro2020
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2019 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaounifametro2019
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2018 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaofametro2018