Introdução: A reabilitação oral de pacientes com distúrbios autoimunes, como a esclerose sistêmica (ES) e a síndrome de Sjögren (SS), impõe desafios significativos para o tratamento com implantes dentários. Essas condições autoimunes são frequentemente acompanhadas por uma série de manifestações orais adversas, como xerostomia severa, que compromete a produção salivar e, consequentemente, a capacidade de manter uma boa higiene bucal. A falta de saliva aumenta o risco de cáries, doenças periodontais e infecções, complicando a manutenção de implantes dentários. Além disso, a fibrose das glândulas salivares e a diminuição da vascularização podem dificultar a cicatrização e a integração óssea, essenciais para o sucesso dos implantes. Pacientes com ES e SS também são frequentemente tratados com imunossupressores ou imunomoduladores, o que pode impactar negativamente a resposta inflamatória e o processo de osseointegração dos implantes. Esses medicamentos podem alterar o metabolismo ósseo e aumentar o risco de complicações como a peri-implantite, afetando a durabilidade dos implantes. Diante desses desafios, é crucial adotar abordagens personalizadas na reabilitação oral, que considerem as particularidades de cada paciente e as especificidades das suas condições autoimunes. Estratégias eficazes podem incluir o monitoramento rigoroso da saúde bucal, ajustes nos protocolos de tratamento e o desenvolvimento de técnicas para melhorar a cicatrização e a estabilidade dos implantes. A compreensão aprofundada dessas interações pode contribuir para o avanço das práticas clínicas e para a melhoria da qualidade de vida dos pacientes com distúrbios autoimunes. Objetivo: Ponderar os desafios específicos e as soluções eficazes na adaptação de implantes dentários para pacientes com distúrbios autoimunes, destacando como essas condições afetam a reabilitação oral e quais abordagens podem melhorar os resultados clínicos e a qualidade de vida. Metodologia: Para essa revisão de literatura foi realizada uma busca nas bases de dados Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Capes Periódicos e National Library os Medicine (PubMed), resultando em 34 artigos. Aplicando critérios de inclusão, foram selecionados estudos relevantes sobre implantes dentários em pacientes com distúrbios autoimunes, publicados em inglês português e espanhol, nos últimos 15 anos, straves da combinação dos descritores “Reabilitação Oral”, “Doenças Autoimune” e “Implantes Dentários”, nos idiomas inglês e português. Ademais, aplicaram-se os ritérios de exclusão que foram o descarte de artigos fora do escopo, revisões de literatura, artigos imcompletos, antigos repetidos, teses acadêmicas e trabahos de conclusão de curso. Logo após, os critérios de inclusão usados foram a relevância do tema quanto as doenças autimunes e os trabalhos com resultados de qualidade que realmente abordassem a realibitação protética em pacientes com distúrbios autoimunes. Após a filtragem, 10 artigos foram escolhidos para compor a base teórica da revisão, permitindo uma análise detalhada dos desafios e soluções na reabilitação oral desses pacientes. Resultados e Discussão: A reabilitação oral em pacientes com distúrbios autoimunes apresenta desafios complexos que exigem uma abordagem cuidadosa para o sucesso dos implantes dentários. Pacientes com condições como a Síndrome de Sjögren e a esclerodermia frequentemente enfrentam complicações significativas devido a problemas como a hipossalivação e alterações na qualidade da saliva, que afetam negativamente a saúde peri-implantar. Por sua ves, a hipossalivação pode comprometer a lubrificação e o processo de cicatrização, além de aumentar o risco de mucosites e peri-implantites. Sendo assim, para abordar essas questões, os cirurgiões-dentistas devem implementar estratégias específicas, como a escolha de próteses fixas em vez de removíveis, o que facilita a manutenção da higiene e minimiza o desconforto associado à manipulação constante. Determinando, assim, que é crucial que o planejamento e a execução dos implantes considerem o manejo rigoroso da higiene oral, com ênfase em instruções detalhadas para os pacientes e o uso de técnicas de escovação especializadas. Além disso, a aplicação de terapias tópicas e ajustes regulares dos dispositivos protéticos pode ajudar a prevenir e tratar complicações como a mucosite e a perda óssea marginal. O acompanhamento próximo, com monitoramento constante da saúde peri-implantar e a realização de limpezas profissionais regulares, também é essencial para garantir a integridade dos implantes. Apesar das complexidades, a literatura sugere que, com um gerenciamento adequado, é possível alcançar resultados satisfatórios e melhorar a qualidade de vida dos pacientes com doenças autoimunes, embora mais estudos prospectivos sejam necessários para definir melhor as melhores práticas e os fatores de sucesso a longo prazo. Considerações finais: Em resumo, a reabilitação oral com implantes dentários em pacientes com doenças autoimunes apresenta desafios específicos, como a gestão de condições inflamatórias e a manutenção da saúde peri-implantar. Sendo assim, a literatura destaca a necessidade de um manejo cuidadoso durante a fase de cicatrização e de um monitoramento rigoroso para prevenir complicações como mucosite e peri-implantite. Intervenções eficazes incluem o uso de antibióticos profiláticos, o ajuste das técnicas cirúrgicas para minimizar o trauma e o acompanhamento regular para avaliar a integridade dos tecidos ao redor dos implantes. Por fim, a abordagem personalizada e a atenção constante à adaptação das terapias são essenciais para alcançar o sucesso no tratamento e assegurar a longevidade dos implantes em pacientes com condições autoimunes.
Seja bem-vind@ à leitura dos Anais da Conexão Unifametro 2024!
Temos o prazer de disponibilizar à comunidade acadêmica os Anais do XII Encontro de Iniciação à Pesquisa, XII Encontro de Monitoria, o XIV Encontro de Pós-graduação e o V Encontro de Experiências Docentes. Aqui estão os trabalhos que foram apresentados durante o evento, que agora são compartilhados em forma de artigos digitais.
Esperamos que essa coletânea possa auxiliar em estudos e pesquisas, estimular outros alunos e professores à produção científica e dar subsídios a novas práticas em campos de atuação diversos das áreas da saúde, humanas e exatas.
Agradecemos a todos pela confiaça em compartilhar suas produções científicas em nosso evento e contamos com sua participação na próxima Conexão!.
Boa leitura!
Prof. Antonio Adriano da Rocha Nogueira
Coordenador da Comissão Científica da Conexão Unifametro 2024.
As normas para submissão e apresentação de trabalhos podem ser acessadas em: https://doity.com.br/conexao-unifametro-2024-1/artigos
Comissão Organizadora
Unifametro
Fábio Júnior Braga
Laiza Rodrigues
Tom Lobo
Jéssica Loureiro
André de Sousa Sales
Thalita Rodrigues
Kely de Souza Pereira Maciel
Yara Emilly Lima Bezerra
Viviany Santos Oliveira
Alex Moura Paixão
Keise Daiane Teixeira Sousa
Comissão Científica
Antônio Adriano da Rocha Nogueira - Coordenação Comissão Científica
Denise Moreira Lima Lobo
Kauan Carvalho
A Comissão Científica permanece à disposição pelo e-mail conexaocientifica@unifametro.edu.br e presencialmente na sala da Coordenadoria de Pesquisa e Monitoria (COOPEM) localizada no Campus Carneiro da Cunha do Centro Universitário Fametro - Unifametro.
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2023 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaounifametro2023
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2022 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaounifametro2022
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2021 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaounifametro2021
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2020 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaounifametro2020
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2019 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaounifametro2019
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