Introdução: A parestesia e caracterizada pela perda da sensibilidade da mucosa bucal, da língua e dos lábios, ou ainda dos dentes. É consequência de uma anestesia, ocasionando dano a um determinado nervo, decorrentes de extrações dentarias posteriores. A osteotomia Le Fort I tem por finalidade reduzir os riscos e complicações em procedimentos cirúrgicos, a fim de gerar uma estabilidade. Dessa forma, a cirurgia ortognática é um procedimento indicado para corrigir deformidades dentofaciais, durante a realização desses procedimentos, podem ocorrer lesões de tecidos nervosos, resultando em parestesia, causando a perda parcial ou total da sensibilidade nervosa da região. Desse modo, inúmeras técnicas de tratamento têm sido empregadas para recuperação de tecidos nervosos, como administração medicamentosas, como vitamina C e anti-inflamatórios. O uso de lasers de baixa potência foi descrito como proposta para tratar pacientes com parestesia, sendo um tratamento eficaz e seguro, proporcionando ótimas vantagens e contribuindo para a atividade funcional da região lesada, além de influenciar a cicatrização de tecidos, e aumentar a regeneração dos nervos afetados. Objetivo: O objetivo desse trabalho é abordar através de uma revisão de literatura, sobre o uso de laser de baixa potência para o tratamento de parestesia em pacientes submetidos a cirurgia ortognática. Metodologia: Foi realizada, uma busca independente dos últimos 10 anos, sem restrição de idioma nas bases de dados: PubMed, combinando os seguintes descritores (DeCS/MeSH): “Cirurgia Bucal”, “Terapia a Laser de Baixa Intensidade”, “Parestesia”. Tornando-se possível a seleção de 4 artigos principais, baseados em título e resumo compatíveis com a temática proposta. Resultados e Discussão: Os resultados indicam que a terapia com laser de baixa potência promoveu uma recuperação neurossensorial significativa em pacientes voluntários de um ensaio clínico randomizado duplo-cego, conforme relatado por Gasperini et al. (20). Neste estudo, 10 indivíduos foram submetidos a cirurgia ortognática bimaxilar, que incluiu osteotomias Le Fort I e bilaterais sagitais para a correção de deformidades dentofaciais. Os locais de aplicação do laser foram: intraoralmente, na linha de incisão extraoralmente, no ramo e corpo mandibular e nos linfonodos pré-auriculares, jugulares digástricos e submandibulares, além do trajeto do nervo alveolar inferior e do músculo labial inferior e queixo. A aplicação ocorreu no pós-operatório imediato, e no 1º, 2º e 3º dia após a cirurgia, seguidas de mais 10 sessões com intervalos de 48 horas. O estudo concluiu que a recuperação neurossensorial do lado irradiado nos pacientes foi mais rápida em comparação ao lado não irradiado, mas, 15 dias após a cirurgia, a sensibilidade do lado irradiado havia retornado mais rapidamente, indicando a necessidade de uma reavaliação. Por fim, ao término do experimento, observou-se uma melhora na sensibilidade do lábio inferior e do queixo em todos os pacientes, tanto no lado irradiado quanto no não irradiado, entretanto, na região tratada a recuperação foi mais rápida e quase completa na última avaliação, realizada 60 dias após a cirurgia. Considerações finais: Baseado nos estudos, podemos concluir que o laser de baixa potência apresenta um potencial significativo para a neuro-recuperação, especialmente em casos de parestesia. Contudo, são necessários mais ensaios clínicos para fortalecer as evidências e confirmar sua eficácia no tratamento de distúrbios neurossensoriais após cirurgias ortognáticas, tornando-se assim, uma alternativa promissora em tratamentos pós-operatórios com alto risco de alterações sensoriais.
Seja bem-vind@ à leitura dos Anais da Conexão Unifametro 2024!
Temos o prazer de disponibilizar à comunidade acadêmica os Anais do XII Encontro de Iniciação à Pesquisa, XII Encontro de Monitoria, o XIV Encontro de Pós-graduação e o V Encontro de Experiências Docentes. Aqui estão os trabalhos que foram apresentados durante o evento, que agora são compartilhados em forma de artigos digitais.
Esperamos que essa coletânea possa auxiliar em estudos e pesquisas, estimular outros alunos e professores à produção científica e dar subsídios a novas práticas em campos de atuação diversos das áreas da saúde, humanas e exatas.
Agradecemos a todos pela confiaça em compartilhar suas produções científicas em nosso evento e contamos com sua participação na próxima Conexão!.
Boa leitura!
Prof. Antonio Adriano da Rocha Nogueira
Coordenador da Comissão Científica da Conexão Unifametro 2024.
As normas para submissão e apresentação de trabalhos podem ser acessadas em: https://doity.com.br/conexao-unifametro-2024-1/artigos
Comissão Organizadora
Unifametro
Fábio Júnior Braga
Laiza Rodrigues
Tom Lobo
Jéssica Loureiro
André de Sousa Sales
Thalita Rodrigues
Kely de Souza Pereira Maciel
Yara Emilly Lima Bezerra
Viviany Santos Oliveira
Alex Moura Paixão
Keise Daiane Teixeira Sousa
Comissão Científica
Antônio Adriano da Rocha Nogueira - Coordenação Comissão Científica
Denise Moreira Lima Lobo
Kauan Carvalho
A Comissão Científica permanece à disposição pelo e-mail conexaocientifica@unifametro.edu.br e presencialmente na sala da Coordenadoria de Pesquisa e Monitoria (COOPEM) localizada no Campus Carneiro da Cunha do Centro Universitário Fametro - Unifametro.
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2023 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaounifametro2023
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2022 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaounifametro2022
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2021 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaounifametro2021
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2020 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaounifametro2020
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2019 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaounifametro2019
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2018 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaofametro2018