Introdução: A neuralgia do nervo trigêmeo (V par de nervo craniano) é uma condição dolorosa caracterizada por episódios de dor intensa e paroxística, frequentemente descrita como uma sensação de choque elétrico que afeta uma ou mais áreas inervadas pelo nervo trigêmeo. Tradicionalmente, o tratamento desta condição tem se concentrado em abordagens farmacológicas e procedimentos cirúrgicos, com foco na modulação da dor e na redução da atividade anômala do nervo. No entanto, a crescente demanda por alternativas menos invasivas e com menos efeitos colaterais tem levado ao desenvolvimento e à exploração de métodos alternativos para o manejo da neuralgia trigeminal. Objetivo: Investigar, por meio de estudos provenientes da literatura científica, a eficácia de alguns métodos alternativos para o tratamento da neuralgia do nervo trigêmeo (V par de nervo craniano). Metodologia: Foi realizada uma pesquisa bibliográfica nas bases de dados (MEDLINE/PubMed), BVS, sciELO, com descritores em Ciências da Saúde (DeCS) e Medical Subject Headings (MeSH), “Trigeminal Neuralgia”, “Orofacial Pain”, “Therapy”, “Complementary Therapeutic Methods” e “Dentistry” interligados por meio dos operadores booleanos “and” e “or”. O recorte temporal aplicado foi dos últimos 11 anos (2013-2024), sendo encontrados primariamente 40 artigos, que após uma leitura minuciosa dos títulos e resumo, 10 estudos foram tabulados e selecionados para compor essa revisão por se enquadrarem nos critérios de inclusão. Dentre os critérios de exclusão, destaca-se artigos duplicados nas bases de dados, estudos com desenho de pesquisa pré-clínico/ in vitro, artigos incompletos, estudos piloto, teses, editoriais, artigos não associados à temática dentro do campo da odontologia. Resultados e Discussão: A doença é mais comum em mulheres acima dos 50 anos. A dor sinaliza um distúrbio na função do nervo que controla os músculos da mastigação e transmite informações sensoriais à face. Embora as causas não sejam totalmente conhecidas, sabe-se que o mal está associado à pressão que um vaso sanguíneo próximo à base do cérebro passa a exercer sobre o nervo trigêmeo. Até alguns anos atrás, o problema era tratado com medicamentos ou com uma cirurgia que exigia a abertura na parte posterior do crânio, a chamada descompressão microvascular (DMV). O diagnóstico da neuralgia do trigêmeo é clínico. O transtorno costuma afetar o lado direito do rosto, mas alguns estudos sugerem que em até 10% dos casos ele se manifesta bilateralmente. O ramo maxilar do nervo é o mais atingido, o que faz com que os pacientes procurem odontólogos na primeira tentativa de remediar a dor. Exames de imagens são feitos para complementar e confirmar o diagnóstico, pois a doença pode ser decorrente de outros transtornos no cérebro, como esclerose múltipla e tumores. A primeira opção de tratamento é a medicamentosa e funciona em 60% a 70% dos casos. São prescritos anticonvulsivantes, que inibem a dor. Quando todas as opções de drogas são usadas e o paciente não responde à terapia ou apresenta efeitos colaterais, a cirurgia é indicada. As técnicas percutâneas são consideradas as melhores alternativas cirúrgicas, principalmente para pacientes acima dos 50 anos, por serem minimamente invasivas, e apresentarem grandes chances de cura com menos riscos de complicações e menor tempo de recuperação. Os dois principais métodos percutâneos utilizados são, a compressão do nervo que consiste na implementação de um balão com o auxílio de um cateter que, quando inflado, comprime o nervo, afetando as fibras responsáveis pela dor. As outras possibilidades são a radiofrequência, método esse que lesa o nervo, e a aplicação de glicerol, substância que promove a desidratação da raiz nervosa, a qual apresenta resultados altamente satisfatórios que têm sido obtidos em aproximadamente 90-96% dos pacientes. A remissão completa da dor sem o uso de medicação tem sido obtida em aproximadamente 67-77% dos pacientes. A melhor indicação varia de acordo com o caso e as condições clínicas da pessoa. Além disso, outra alternativa é a incisão da intervenção que usa o balão inflável para comprimir o gânglio nervoso, a qual é feita próxima à boca, com o paciente adormecido e sob efeito de anestesia geral. Os médicos se orientam com um aparelho de raios X preciso, para alcançar a base do crânio, local onde está a base do nervo. Um balão é introduzido por cateter e inflado sob determinada pressão por um minuto. Cerca de 80% dos pacientes apresentam excelente reparação. Para aqueles que receberam a radiofrequência, o índice de sucesso é de 90%, mas o paciente tem que ser acordado no meio da intervenção, o que é muito desconfortável. Considerações finais: Os métodos supracitados podem promover resultados promissores nos processos inflamatórios para a aplicabilidade nas práticas clínicas odontológicas de algumas especialidades. Contudo,devido não haver um acesso mais democrático, grande maioria da população que sofre com as dores da neuralgia do trigêmeo é impossibilitada de ter os tratamentos necessário, é importante a realização de mais pesquisas neste campo, com o enfoque em avaliar a necessidade de exigir um direcionamento de políticas públicas nos serviços de atenção à saúde, com o intuito de possibilitar um maior alcance de tratamentos e promover mais recursos científicos para desenvolver mais métodos terapêuticos.
Seja bem-vind@ à leitura dos Anais da Conexão Unifametro 2024!
Temos o prazer de disponibilizar à comunidade acadêmica os Anais do XII Encontro de Iniciação à Pesquisa, XII Encontro de Monitoria, o XIV Encontro de Pós-graduação e o V Encontro de Experiências Docentes. Aqui estão os trabalhos que foram apresentados durante o evento, que agora são compartilhados em forma de artigos digitais.
Esperamos que essa coletânea possa auxiliar em estudos e pesquisas, estimular outros alunos e professores à produção científica e dar subsídios a novas práticas em campos de atuação diversos das áreas da saúde, humanas e exatas.
Agradecemos a todos pela confiaça em compartilhar suas produções científicas em nosso evento e contamos com sua participação na próxima Conexão!.
Boa leitura!
Prof. Antonio Adriano da Rocha Nogueira
Coordenador da Comissão Científica da Conexão Unifametro 2024.
As normas para submissão e apresentação de trabalhos podem ser acessadas em: https://doity.com.br/conexao-unifametro-2024-1/artigos
Comissão Organizadora
Unifametro
Fábio Júnior Braga
Laiza Rodrigues
Tom Lobo
Jéssica Loureiro
André de Sousa Sales
Thalita Rodrigues
Kely de Souza Pereira Maciel
Yara Emilly Lima Bezerra
Viviany Santos Oliveira
Alex Moura Paixão
Keise Daiane Teixeira Sousa
Comissão Científica
Antônio Adriano da Rocha Nogueira - Coordenação Comissão Científica
Denise Moreira Lima Lobo
Kauan Carvalho
A Comissão Científica permanece à disposição pelo e-mail conexaocientifica@unifametro.edu.br e presencialmente na sala da Coordenadoria de Pesquisa e Monitoria (COOPEM) localizada no Campus Carneiro da Cunha do Centro Universitário Fametro - Unifametro.
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2023 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaounifametro2023
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2022 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaounifametro2022
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2021 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaounifametro2021
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2020 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaounifametro2020
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2019 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaounifametro2019
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