MÉTODOS ALTERNATIVOS PARA O TRATAMENTO DA NEURALGIA DO NERVO TRIGÊMEO: UMA REVISÃO DE LITERATURA

  • Autor
  • Geisa Micaelly Araújo da Silva
  • Co-autores
  • Adele Vitória Alves Lima , Maria Eduarda Azevedo Leite , José Vitor Mota Lemos , Timóteo Sousa Lopes
  • Resumo
  • Introdução: A neuralgia do nervo trigêmeo (V par de nervo craniano) é uma condição dolorosa caracterizada por episódios de dor intensa e paroxística, frequentemente descrita como uma sensação de choque elétrico que afeta uma ou mais áreas inervadas pelo nervo trigêmeo. Tradicionalmente, o tratamento desta condição tem se concentrado em abordagens farmacológicas e procedimentos cirúrgicos, com foco na modulação da dor e na redução da atividade anômala do nervo. No entanto, a crescente demanda por alternativas menos invasivas e com menos efeitos colaterais tem levado ao desenvolvimento e à exploração de métodos alternativos para o manejo da neuralgia trigeminal. Objetivo: Investigar, por meio de estudos provenientes da literatura científica, a eficácia de alguns métodos alternativos para o tratamento da neuralgia do nervo trigêmeo (V par de nervo craniano). Metodologia: Foi realizada uma pesquisa bibliográfica nas bases de dados (MEDLINE/PubMed), BVS, sciELO, com descritores em Ciências da Saúde (DeCS) e Medical Subject Headings (MeSH), “Trigeminal Neuralgia”, “Orofacial Pain”, “Therapy”, “Complementary Therapeutic Methods” e “Dentistry” interligados por meio dos operadores booleanos “and” e “or”. O recorte temporal aplicado foi dos últimos 11 anos (2013-2024), sendo encontrados primariamente 40 artigos, que após uma leitura minuciosa dos títulos e resumo, 10 estudos foram tabulados e selecionados para compor essa revisão por se enquadrarem nos critérios de inclusão. Dentre os critérios de exclusão, destaca-se artigos duplicados nas bases de dados, estudos com desenho de pesquisa pré-clínico/ in vitro, artigos incompletos, estudos piloto, teses, editoriais, artigos não associados à temática dentro do campo da odontologia. Resultados e Discussão: A doença é mais comum em mulheres acima dos 50 anos. A dor sinaliza um distúrbio na função do nervo que controla os músculos da mastigação e transmite informações sensoriais à face. Embora as causas não sejam totalmente conhecidas, sabe-se que o mal está associado à pressão que um vaso sanguíneo próximo à base do cérebro passa a exercer sobre o nervo trigêmeo. Até alguns anos atrás, o problema era tratado com medicamentos ou com uma cirurgia que exigia a abertura na parte posterior do crânio, a chamada descompressão microvascular (DMV). O diagnóstico da neuralgia do trigêmeo é clínico. O transtorno costuma afetar o lado direito do rosto, mas alguns estudos sugerem que em até 10% dos casos ele se manifesta bilateralmente. O ramo maxilar do nervo é o mais atingido, o que faz com que os pacientes procurem odontólogos na primeira tentativa de remediar a dor. Exames de imagens são feitos para complementar e confirmar o diagnóstico, pois a doença pode ser decorrente de outros transtornos no cérebro, como esclerose múltipla e tumores. A primeira opção de tratamento é a medicamentosa e funciona em 60% a 70% dos casos. São prescritos anticonvulsivantes, que inibem a dor. Quando todas as opções de drogas são usadas e o paciente não responde à terapia ou apresenta efeitos colaterais, a cirurgia é indicada. As técnicas percutâneas são consideradas as melhores alternativas cirúrgicas, principalmente para pacientes acima dos 50 anos, por serem minimamente invasivas, e  apresentarem grandes chances de cura com menos riscos de complicações e menor tempo de recuperação. Os dois principais métodos percutâneos utilizados são, a compressão do nervo que consiste na implementação de um balão com o auxílio de um cateter que, quando inflado, comprime o nervo, afetando as fibras responsáveis pela dor. As outras possibilidades são a radiofrequência, método esse que lesa o nervo, e a aplicação de glicerol, substância que promove a desidratação da raiz nervosa, a qual apresenta resultados altamente satisfatórios que têm sido obtidos em aproximadamente 90-96% dos pacientes. A remissão completa da dor sem o uso de medicação tem sido obtida em aproximadamente 67-77% dos pacientes. A melhor indicação varia de acordo com o caso e as condições clínicas da pessoa. Além disso, outra alternativa é a incisão da intervenção que usa o balão inflável para comprimir o gânglio nervoso, a qual é feita próxima à boca, com o paciente adormecido e sob efeito de anestesia geral. Os médicos se orientam com um aparelho de raios X preciso, para alcançar a base do crânio, local onde está a base do nervo. Um balão é introduzido por cateter e inflado sob determinada pressão por um minuto. Cerca de 80% dos pacientes apresentam excelente reparação. Para aqueles que receberam a radiofrequência, o índice de sucesso é de 90%, mas o paciente tem que ser acordado no meio da intervenção, o que é muito desconfortável. Considerações finais: Os métodos supracitados podem promover resultados promissores nos processos inflamatórios para a aplicabilidade nas práticas  clínicas odontológicas de algumas especialidades. Contudo,devido não haver um acesso mais democrático, grande maioria da população que sofre com as dores da neuralgia do trigêmeo é impossibilitada de ter os tratamentos necessário, é importante a realização de mais pesquisas neste campo, com o enfoque em avaliar a necessidade de exigir um direcionamento de políticas públicas nos serviços de atenção à saúde, com o intuito de possibilitar um maior alcance de tratamentos e promover mais recursos científicos para desenvolver mais métodos terapêuticos.

  • Palavras-chave
  • Odontologia Reabilitadora, Neuralgia do Trigêmeo, Dor Orofacial, Terapia.
  • Modalidade
  • Pôster
  • Área Temática
  • Clínica odontológica, odontologia restauradora e reabilitadora
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Seja bem-vind@ à leitura dos Anais da Conexão Unifametro 2024!

Temos o prazer de disponibilizar à comunidade acadêmica os Anais do XII Encontro de Iniciação à Pesquisa, XII Encontro de Monitoria, o XIV Encontro de Pós-graduação e o V Encontro de Experiências Docentes. Aqui estão os trabalhos que foram apresentados durante o evento, que agora são compartilhados em forma de artigos digitais.

Esperamos que essa coletânea possa auxiliar em estudos e pesquisas, estimular outros alunos e professores à produção científica e dar subsídios a novas práticas em campos de atuação diversos das áreas da saúde, humanas e exatas.

Agradecemos a todos pela confiaça em compartilhar suas produções científicas em nosso evento e contamos com sua participação na próxima Conexão!.

Boa leitura!

Prof. Antonio Adriano da Rocha Nogueira

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