LEVANTAMENTO EPIDEMIOLÓGICO DE ATENDIMENTOS CITOPATOLÓGICOS DO CENTRO DE MEDICINA VETERINÁRIA (CEMEVET/UNIFAMETRO) NO TRIÊNO AGOSTO/2021 A AGOSTO/2024

  • Autor
  • Jéssica Correia Vieira Matos
  • Co-autores
  • Glauco Jonas Lemos Santos
  • Resumo
  • Introdução: A relação entre animais domésticos e seus tutores estão mudando, o que impulsiona o desenvolvimento de especialidades dentro da medicina veterinária, dentre as quais se destaca a Oncologia Veterinária. Esta representa um campo de significativa relevância, uma vez que as neoplasia se destacam como uma das principais causas de óbito em cães e gatos (SOUZA et al., 2006). Estudos no Brasil apontam como a primeira maior causa de mortes (SILVA, 2020). Os avanços nessa área tem proporcionado diagnósticos mais assertivos e tratamentos mais individualizados, os quais vem por fim aumentando a expectativa de vida dos animais domésticos (COSTA, 2008). O exame citopatológico é uma ferramenta vital para os clínicos e oncologistas veterinários na identificação e diagnóstico de tumores e alterações celulares, visando ulteriormente ofertar um tratamento precoce para casos oncológicos. (BRAZ et al., 2016) Ratificando da necessidade do exame histopalógico para definição de diagnóstico após realização de citologia, já que esta participa entre os exames de triagem. Da mesma forma, levantamentos epidemiológicos fornecem informações relevantes acerca da casuística de neoplasias em uma determinada região, bem como o mapeamento de fatores predisponentes relativos a espécies, raças e sexo distribuídos na frequência de casos oncológicos em um determinado período de tempo. Por conseguinte, é possível afirmar que diversas neoplasias acometem com frequência animais de determinada idade, raça e sexo (GILSON E PAGE, 2008). Objetivo: Portanto, o presente trabalho teve como objetivo coletar e apresentar os dados do levantamento epidemiológico a partir dos exames citopatológicos realizados no Centro de Medicina Veterinária da Unifametro (CEMEVET) pelo referente triênio de agosto/2021 a agosto/2024. Metodologia: No intervalo de agosto de 2021 a agosto de 2024 foram avaliados 462 exames citopatológicos de 362 animais no Centro Médico Veterinário da Unifametro. A estruturação do presente trabalho norteia-se em uma divisão por idade, sexo, raça e espécie do paciente, além do local, descrição e interpretação da amostra do material coletado. A amostra do material coletado foi classificada em processo inflamatório, processo não inflamatório, neoplasias benignas ou malignas, este último, conforme Cowell e Valenciano (2020). No que concerne o sexo das espécies não houve divisão quanto castrados (as) ou inteiros (as), sendo apenas divididos em machos e fêmeas. Conforme o trabalho foi desenvolvendo-se, observou-se a importância ou insignificância da divisões feitas. Dessa forma, efetuou-se contagem, mensuração, organização e representação em gráficos e tabelas dos resultados obtidos, sendo posteriormente realizada análise estatística e descritiva. Resultados e Discussão:. É de amplo conhecimento que a etiologia das neoplasias abrange tanto alterações genéticas quanto modificações somáticas ao longo dos anos (KUSEWITT, 2013). Dessa forma, permitiu-se desenhar um perfil diagnóstico e aspectos epidemiológicos. Entre os 462 exames no intervalo de agosto de 2021 a agosto de 2024, a espécie canina predominou com 397 (85,9%) exames, enquanto a espécie felina teve 65 (14,1%) exames. No mesmo estudo, as neoplasias malignas representaram 25,1% das citologias realizadas em cães, enquanto nos felinos corresponderam a 4,5%. Por outro lado, as neoplasias benignas constituíram 27,48% nos cães e 2,8% nos felinos. Não foi constatado neoplasia benigna nos felinos machos. As fêmeas das duas espécie da presente pesquisa são as mais acometidas, tanto em relação as neoplasia maligna, carcinoma mamária, quanto neoplasias benignas, Lipoma. Segundo, DALECK e NARDI (2020), afirmam que as neoplasias em gatas são menos frequentes em comparação às fêmeas caninas. Há estudos em que o Lipoma está entre um dos três principais neoplasias cutâneas. (VILLAMIL, 2011). Observou-se um número significativo de exames citopatológicos com resultados não neoplásicos no período de agosto de 2023 a agosto de 2024, no quais incluem-se amostra não representativa, inconclusivo, processo inflamatório, paniculite, linfonodo reativo, cisto folicular e alguns outros, representando 40,22%, em que os caninos compõem 33,71%, e os felinos 6,5%. Entre agosto de 2021 e agosto de 2023, observou-se uma diferença significativa na quantidade de cães sem raça definida em comparação com os cães de raça definida que realizaram exames citopatológicos. Após esse período, até agosto de 2024, essa diferença deixou de ser relevante, diferentemente com os felinos em que os sem raça definida predominaram durante toda a pesquisa. Considerações finais: O estudo estabelece que tanto fêmeas da espécie felina quanto canina são mais acometidas por neoplasias benignas e malignas. Houveram poucos pacientes machos felinos e tiveram pouca relevância no estudo. O exame citopatológico não é o exame padrão ouro para avaliação de neoplasias, mas dispõe de informações preciosas. Trata-se de um exame de curto prazo pretendido e de alto custo benefício, (ZUCCARI., et al, 2007) e serve para orientar o diagnóstico e consequentemente o tratamento a ser estabelecido pelos clínicos e oncologistas veterinários.

     

    Palavras-chave: Exames citopatológicos. Fêmeas. Neoplasias.

  • Palavras-chave
  • Exames citopatológicos. Fêmeas. Neoplasias.
  • Modalidade
  • Pôster
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  • Bem-estar animal, medicina veterinária preventiva e saúde pública veterinária
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Temos o prazer de disponibilizar à comunidade acadêmica os Anais do XII Encontro de Iniciação à Pesquisa, XII Encontro de Monitoria, o XIV Encontro de Pós-graduação e o V Encontro de Experiências Docentes. Aqui estão os trabalhos que foram apresentados durante o evento, que agora são compartilhados em forma de artigos digitais.

Esperamos que essa coletânea possa auxiliar em estudos e pesquisas, estimular outros alunos e professores à produção científica e dar subsídios a novas práticas em campos de atuação diversos das áreas da saúde, humanas e exatas.

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