Introdução: O Aleitamento Materno Exclusivo (AME), é recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Ministério da Saúde até os seis meses de vida e continuado até pelo menos os dois anos de idade, pois é essencial para o desenvolvimento saudável do bebê e fortalecimento dos laços mãe-filho (Pinheiro et al., 2021). Os índices de aleitamento materno estão aumentando no Brasil, de acordo com resultados do Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (ENANI) (ENANI, 2019). Em contrapartida, o desmame precoce, caracterizado pela introdução de alimentos antes dos seis meses, é um desafio significativo, sendo influenciado por fatores como falta de apoio, mitos sobre o leite materno e questões sociais (Alves et al., 2023). A interrupção precoce do Aleitamento Materno está associada a uma série de problemas de saúde, incluindo infecções, desnutrição, ganho excessivo de peso e alergias alimentares (Pinheiro et al., 2021). Apesar dos benefícios comprovados, há uma lacuna entre recomendações de saúde pública e práticas reais. A alimentação mista e o desmame precoce representam desafios para a saúde pública, reforçando a importância de promover e apoiar a amamentação exclusiva nos primeiros meses para garantir o melhor desenvolvimento da criança (Alves et al., 2023). Objetivo: Revisar na literatura sobre os fatores que influenciam as mães ao desmame precoce e detalhar os efeitos dessa medida quando tomadas. Metodologia: O estudo trata-se de uma revisão de literatura realizada através da análise e seleção de artigos publicados entre 2021 e 2023. Diante da pesquisa feita, foram selecionados 4 estudos nos idiomas português e inglês, usando como fonte de pesquisa as bases de dados do Google Acadêmico, Scielo e PubMed, usando os seguintes descritores: “Desmame precoce”, “Desmame”, “Aleitamento Materno”, “Aleitamento Materno Exclusivo”, “Breastfeeding”, “Weaning”. Foram incluídos artigos com pesquisa de corte transversal e envolvendo lactentes até os 6 meses de idade, utilizando como critério de exclusão os artigos de revisão de literatura e dados obtidos com crianças acima dos seis meses de vida. Assim, estabeleceu-se a seguinte pergunta norteadora: “Quais são as principais causas e efeitos do desmame precoce em lactentes?”. Resultados e Discussão: Os quatro estudos selecionados foram realizados no Brasil. Pode-se observar que os impactos positivos do leite materno são relatados no processo da amamentação, pois pode contribuir para a habilidade das crianças em controlar sua ingestão de alimentos e sensação de saciedade. Em contraste, as crianças que receberam amamentação artificial em sua primeira infância, podem não ser capazes de aumentar seu controle de saciedade e consequentemente elas teriam tendência a ganhar peso (Lima; Gásquez, 2022). Apesar da constante conscientização dos profissionais e órgãos públicos de saúde acerca do AME, a resolutividade dessa demanda ainda não foi alcançada. Sabe-se que a decisão da nutriz em amamentar é coletiva e envolve aspectos sociais, familiares, empregatícios e midiáticos. As causas que levam ao desmame precoce estão relacionadas às crenças culturais, como associação do choro da criança a figura errônea disseminada socialmente do leite materno como fraco ou insuficiente, falta de incentivo por parte das instituições de saúde, falta de apoio familiar às mulheres que amamentam e oferta de chupetas (Alves et al., 2023). Quando há insuficiência de ingestão de leite, o bebê dá sinais, tais como chorar muito, querer mamar com frequência, bem como número de vezes que a criança urina ao dia e evacuações frequentes, com fezes em pequenas quantidades, secas e duras (Lima; Gásquez, 2022). A descontinuidade do aleitamento materno pode ser influenciada por fatores biológicos, socioeconômicos e de assistência à saúde. Substitutos ou complementos do leite materno incluem fórmulas infantis e leite de vaca, e o uso inadequado desses alimentos pode comprometer a segurança alimentar e nutricional da criança. A oferta de mingau para o lactente, não é adequada, pois ele é rico em açúcar e proteínas, podendo causar efeitos prejudiciais para sua microbiota e função renal, com forte influência a possuírem potencial inflamatório e alérgico. Estudos indicam que a oferta desnecessária de água pode reduzir a estimulação da mama e o número de mamadas. Outro fator contribuinte para o desmame precoce é o parto cesáreo e a inexperiência materna. Em contrapartida, o apoio paterno e a ausência de chupeta são fatores protetores para o aleitamento materno (Pinheiro et al., 2021). Apesar dos esforços de conscientização, o desmame precoce persiste devido a crenças culturais e falta de suporte, ocasionando inúmeros efeitos na saúde física e na capacidade motora do indivíduo (Alves et al., 2023). Considerações finais: A revisão revelou que o desmame precoce é influenciado por fatores como crenças culturais, como a associação do choro da criança à fome e ao mito do leite materno fraco, falta de incentivo e apoio, uso de chupetas e a introdução precoce de substitutos alimentares. Esses fatores levam a complicações para a saúde do bebê, como infecções, desnutrição, alergias alimentares e ganho excessivo de peso. A falta de políticas trabalhistas adequadas também dificulta a amamentação exclusiva. Para reverter essa situação, é necessário implementar estratégias que promovam e apoiem a amamentação até os seis meses, beneficiando a saúde infantil e materna.
Seja bem-vind@ à leitura dos Anais da Conexão Unifametro 2024!
Temos o prazer de disponibilizar à comunidade acadêmica os Anais do XII Encontro de Iniciação à Pesquisa, XII Encontro de Monitoria, o XIV Encontro de Pós-graduação e o V Encontro de Experiências Docentes. Aqui estão os trabalhos que foram apresentados durante o evento, que agora são compartilhados em forma de artigos digitais.
Esperamos que essa coletânea possa auxiliar em estudos e pesquisas, estimular outros alunos e professores à produção científica e dar subsídios a novas práticas em campos de atuação diversos das áreas da saúde, humanas e exatas.
Agradecemos a todos pela confiaça em compartilhar suas produções científicas em nosso evento e contamos com sua participação na próxima Conexão!.
Boa leitura!
Prof. Antonio Adriano da Rocha Nogueira
Coordenador da Comissão Científica da Conexão Unifametro 2024.
As normas para submissão e apresentação de trabalhos podem ser acessadas em: https://doity.com.br/conexao-unifametro-2024-1/artigos
Comissão Organizadora
Unifametro
Fábio Júnior Braga
Laiza Rodrigues
Tom Lobo
Jéssica Loureiro
André de Sousa Sales
Thalita Rodrigues
Kely de Souza Pereira Maciel
Yara Emilly Lima Bezerra
Viviany Santos Oliveira
Alex Moura Paixão
Keise Daiane Teixeira Sousa
Comissão Científica
Antônio Adriano da Rocha Nogueira - Coordenação Comissão Científica
Denise Moreira Lima Lobo
Kauan Carvalho
A Comissão Científica permanece à disposição pelo e-mail conexaocientifica@unifametro.edu.br e presencialmente na sala da Coordenadoria de Pesquisa e Monitoria (COOPEM) localizada no Campus Carneiro da Cunha do Centro Universitário Fametro - Unifametro.
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2023 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaounifametro2023
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2022 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaounifametro2022
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2021 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaounifametro2021
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2020 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaounifametro2020
Os anais da CONEXÃO Unifametro 2019 estão disponíveis no link: https://doity.com.br/anais/conexaounifametro2019
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