ELABORAÇÃO E APLICAÇÃO DE SIMULADORES PARA O MANEJO CLÍNICO EM ENFERMAGEM SOBRE LESÕES POR PRESSÃO ESTÁGIO 4

ELABORAÇÃO E APLICAÇÃO DE SIMULADORES PARA O MANEJO CLÍNICO EM ENFERMAGEM SOBRE LESÕES POR PRESSÃO ESTÁGIO 4

• Autor
• Rebecca Forte Rodrigues
• Co-autores
• Viviane de Oliveira Aragão Feijó , Luciana Catunda Gomes de Menezes
• Resumo

• Introdução: As lesões por pressão (LP) são identificadas como qualquer lesão causada por pressão contínua, cisalhamento ou fricção, podendo levar à morte do tecido. Essas lesões costumam ocorrer em áreas de proeminências ósseas e são classificadas em quatro estágios principais, facilitando o diagnóstico adequado. O estágio 4 representa o nível mais severo, caracterizado pela perda total de tecido cutâneo, com exposição de ossos, tendões ou músculos. E estas têm um impacto significativo sobre pacientes, familiares e o sistema de saúde. Ademais, são recorrentes, incapacitantes e afetam severamente a qualidade de vida, provocando dor, sofrimento, aumento do tempo de internação e, em casos extremos, até a morte. Além disso, exigem tratamentos prolongados e estão associadas a altos índices de morbidade, mortalidade e custos. No contexto da enfermagem, o manejo de lesões por pressão requer uma abordagem detalhada e bem fundamentada, o que torna o treinamento prático indispensável. Por essa razão, o desenvolvimento de simuladores de baixo custo tem ganhado relevância, pois possibilita a prática sem a necessidade de altos investimentos. Objetivo: Relatar a elaboração e aplicação de simuladores para o manejo clínico em enfermagem sobre lesões por pressão estágio 4. Métodos: Relato de experiência sobre o processo de construção e aplicação de simulador para o ensino-aprendizagem de discentes de enfermagem sobre lesão por pressão estágio 4, realizado setembro de 2024, em uma clínica escola de uma Instituição de Ensino Superior (IES) de Fortaleza-Ceará-Brasil. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética e Pesquisa sob o CAAE nº 30939420.1.00005054. Ademais, o processo de validação acontecerá posteriormente. Resultados e Discussão: A pesquisa se desenvolveu em três etapas, a destacar: 1. Estado da arte; 2. Elaboração dos Simuladores; 3. Aplicação do simulador. Na etapa inicial, foi realizado o Estado da arte, por meio de um levantamento bibliográfico, selecionando referências que fundamentaram o arcabouço teórico sobre o tema. Com esses conhecimentos em mãos, deu-se início à segunda etapa, que consistiu na elaboração. Foi realizada a montagem da placa com os seguintes materiais: um isopor (30mm) medindo 100 cm x 50 cm, massa de biscuit, tinta acrílica, verniz acrílico e pincéis. Do isopor foi extraído um pedaço (placa) de aproximadamente 17cm x 24cm e foi efetuado uma inserção profunda em formato irregular medindo 12cm x 10cm. Em seguida, a placa foi coberta com a massa de biscuit. Aguardadas 24h, a inserção foi pintada conforme os diferentes tipos de tecidos presentes na lesão por pressão estagio 4, como áreas de necrose, esfacelo, tecido de granulação, exposição óssea e de tendões. Finalizada essa fase, as placas foram envernizadas para sua melhor durabilidade e conservação. O custo firmou-se em aproximadamente R$ 35,00. A etapa de Aplicação do simulador aconteceu em um momento na clínica escola de uma IES em Fortaleza-Ceará em que estavam reunidos 5 alunos da graduação de enfermagem. Essa etapa se desenvolveu pelo seguinte formato: a) um facilitador explicou sobre as características da lesão por pressão estágio 4, tecidos presentes e quais níveis de tecidos são acometido. b) em seguida, com o uso de uma régua de papel e uma pinça foi realizado um treinamento prático para fazer a medida da lesão. c) para o ensino sobre os tipos de tecido foi solicitado aos alunos que escrevessem uma evolução de enfermagem destacando os tipos de tecidos presente na lesão, o tamanho mensurado, presença de tunelamento, condições das bordas e da pele perilesão; e que sugerissem o tipo de cobertura a ser utilizada. Considerações finais: O uso de simuladores no ensino de enfermagem tem demonstrado aumentar significativamente a retenção de conhecimento e melhorar o desempenho dos estudantes em situações reais. Neste estudo, a simplicidade dos materiais, aliada à criatividade na construção, permitiu a criação de um simulador acessível e funcional. Embora não substitua a experiência em pacientes reais, este modelo ofereceu uma alternativa eficaz para que os alunos praticassem e desenvolvessem habilidades em um ambiente controlado, seguro e com conhecimentos práticos. Como limitações da pesquisa têm-se: o modelo de LP não permite avaliar particularidades clínicas das feridas como dor, odor, exsudato. Apesar disso, espera-se que, após o processo de validação, essa tecnologia possa ser integrada às atividades de ensino e aprendizado de estudantes de graduação em enfermagem. 

• Palavras-chave
• Enfermagem; Lesão por pressão; Simuladores.
• Modalidade
• Pôster
• Área Temática
• Ensino, Pesquisa e Extensão em Educação

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