EFEITOS DA MOBILIZAÇÃO PRECOCE EM PACIENTES CRÍTICOS HOSPITALIZADOS: REVISÃO INTEGRATIVA

  • Autor
  • Paula Ticiane Pontes Varela
  • Co-autores
  • Sabrina Pereira Rocha , Maria Évyla Lima da Silva , Rinna Rocha Lopes , Naiana Goncalves de Bittencourt Vieira
  • Resumo
  • Introdução: No cenário atual da fisioterapia hospitalar, existe uma crescente demanda do uso de mobilização precoce, visto que o tempo de internação prolongado pode aumentar as chances de diversas complicações como a diminuição de força, redução da capacidade pulmonar, distúrbios neuromusculares e polineuropatias que afetam diretamente a recuperação. Uma vez que a mobilização precoce envolve uma série de exercícios de baixa intensidade, sua inclusão pode ser relevante em ambientes hospitalares para reduzir limitações funcionais e aumentar a qualidade de vida. Objetivo: Investigar os efeitos da mobilização precoce em pacientes críticos hospitalizados. Metodologia: tratasse de uma revisão integrativa na base de dados PEDro e Scielo. As palavras chaves utilizadas foram “mechanical ventilation”, “early mobilization” e “mobilização precoce em pacientes”, sendo encontrados 17 artigos científicos. Os critérios de inclusão foram artigos randomizados, ensaios clínicos randomizados, de intervenção cujo sujeitos das pesquisas estivessem hospitalizados, com idiomas português e inglês, publicados nos últimos 5 anos. Os critérios de exclusão foram artigos de dissertações, teses, de revisão e aqueles que não abordassem a temática principal. No total, foram utilizados 6 artigos.   Resultados e Discussão: O estudo de Clinical trialsgroup et al. (2022), mostra em uma divisão de grupo de mobilização precoce (MP) e grupo tratamento usual (TU) em ventilação mecânica invasiva, que o grupo de MP permaneceu vivo e fora do hospital em 143 dias, já o TU em 145 dias e 77% dos pacientes nos dois grupos ficaram de pé em um intervalo de 3-5 dias. Contudo alguns efeitos adversos foram maiores no grupo MP como: arritmias, pressão arterial alterada e dessaturação. Enquanto isso, no estudo de Othman et al. (2023), ocorreram divisões de quatro grupos: estimulação elétrica neuromuscular (NMES), exercícios de amplitude de movimento (ROM), terapia combinada (ROM +NMES) ou tratamento convencional (grupo controle). Foi analisado que os grupos de terapia combinada e NMES apresentaram pontuações MRC melhores em comparação ao grupo ROM, além do mais as sessões de NMES e atividade física precoce preservaram a força muscular, preveniram a permanência na UTI e diminuíram a duração da ventilação mecânica e da internação. Já os achados de Lin et al. (2023), apontam que indivíduos submetidos a mobilização precoce (MP), possuem melhora da força de preensão, qualidade de vida, da fraqueza adquirida na UTI, da duração da VM, da permanência na UTI, possuindo semelhança aos achados de Othman et al. (2023). Quanto ao estudo de Rocha et al. (2023), os sujeitos foram divididos em grupo controle (GC), que realizaram apenas exercícios físicos e grupo experimental (GE), que fizeram exercícios respiratórios, higiene brônquica, técnica de expansão pulmonar e mobilização passiva nos membros superiores e inferiores. Os resultados no GE contribuíram para melhora da modulação da frequência cardíaca e redução no tempo de ventilação mecânica invasiva em comparação ao GC. Semelhantemente ao estudo de Othman et al. (2023), dos Santos et al. (2020), também realizaram intervenção utilizando a NMES, dividindo os integrantes em grupo de eletroestimulações neuromuscular (NMES), grupo exercícios (EX) e grupo de terapia combinada (NMES + EX) aplicadas em pacientes gravemente enfermos em ventilação mecânica. Observou-se que o grupo de terapia combinada e os exercícios ativos reduziram a duração da ventilação mecânica e sedação quando comparados com a terapia convencional. Já no estudo de Silveira et al. (2021), foi observado que pacientes submetidos a angioplastia coronáriana transluminal percutânea (ACTP), quando submetidos a mobilização precoce, tiveram seu comportamento autonômico otimizado, indicando que o procedimento proporciona uma melhor recuperação para indivíduos submetidos a ACTP. Considerações finais: Conclui-se que a mobilização precoce solo ou associada a tecnologias como a eletroestimulação em pacientes hospitalizados reduzem o tempo de internação, de ventilação mecânica, melhora da força muscular, funcionalidade e melhor qualidade de vida para pacientes críticos hospitalizados. Contudo, ainda há necessidade de um quantitativo maior de evidências científicas na literatura relacionada aos efeitos da MP nesses pacientes.

  • Palavras-chave
  • Ventilação mecânica, Mobilização precoce, Mobilização precoce em pacientes.
  • Modalidade
  • Pôster
  • Área Temática
  • Promoção, prevenção e reabilitação em fisioterapia
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Temos o prazer de disponibilizar à comunidade acadêmica os Anais do XII Encontro de Iniciação à Pesquisa, XII Encontro de Monitoria, o XIV Encontro de Pós-graduação e o V Encontro de Experiências Docentes. Aqui estão os trabalhos que foram apresentados durante o evento, que agora são compartilhados em forma de artigos digitais.

Esperamos que essa coletânea possa auxiliar em estudos e pesquisas, estimular outros alunos e professores à produção científica e dar subsídios a novas práticas em campos de atuação diversos das áreas da saúde, humanas e exatas.

Agradecemos a todos pela confiaça em compartilhar suas produções científicas em nosso evento e contamos com sua participação na próxima Conexão!.

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Prof. Antonio Adriano da Rocha Nogueira

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