O Transtorno do Espectro Autista (TEA) ou autismo, como também é denominado, é um transtorno do neurodesenvolvimento que apresenta os primeiros sinais clínicos na primeira infância, de forma prematura, e promove detrimentos ao desenvolvimento social da criança acometida. Um indivíduo autista, assim como uma pessoa considerada típica, possui sua própria singularidade, e as suas características variam conforme o grau de severidade do transtorno: leve, moderado ou grave. O diagnóstico de um filho atípico, como o autista, gera impactos negativos na qualidade de vida da família. Ao receber o diagnóstico do TEA, os membros familiares passam por uma fase de luto que acarreta medos, questionamentos, dor e angústias, uma vez que o diagnóstico representa o início de uma vida desafiadora e, muitas das vezes, desconhecida. Cuidar da pessoa com qualquer tipo de transtorno de desenvolvimento representa para a família um desafio, envolve sentimentos intrínsecos à vivência de um acontecimento imprevisto e seus próprios preconceitos em relação à doença. A descoberta de uma patologia ou deficiência em uma criança acarreta uma série de novas configurações na vida das mães, que acabam assumindo a responsabilidade e o cuidado integral de seu filho. Perante o exposto, o presente estudo tem como objetivo discutir como o diagnóstico do TEA impacta na qualidade de vida das mães. O presente estudo se ancora em uma pesquisa do tipo bibliográfica, tendo como base materiais já elaborados, compostos de livros e artigos científicos. Para o levantamento dos trabalhos que compõem o referencial teórico, foram aplicados os descritores autismo, família, qualidade de vida e mães, nas bases de dados Scopus e Google Acadêmico. Não houve um recorte temporal estabelecido. A maternidade constitui uma nova fase da vida da mulher. Desde a descoberta da gravidez, inúmeras mudanças começam a ocorrer na rotina da futura mãe, principalmente se for a primeira gravidez, o que desperta maiores sentimentos, fantasias e expectativas. Entre os impasses que o TEA pode acarretar a vida de uma mãe, autores destacam a dificuldade que a mãe sente em se incluir na vida da criança autista. Na maioria dos casos, são as mães que se envolvem no tratamento e acompanhamento do filho autista. Geralmente são elas que detectam os primeiros sinais característicos do TEA. Após a suspeita e rastreio, o diagnóstico do TEA leva o contexto familiar a vivenciar rupturas ou interromper planos e sonhos, conduzindo a família, principalmente a mãe, a uma readequação no que diz respeito as atividades do dia a dia. Os desafios enfrentados por mães de crianças autistas começam no diagnóstico, acarretando sentimentos de angústia, medo e, acima de tudo, uma sobrecarga de cansaço físico e emocional. Entende-se, portanto, que há um desequilíbrio na qualidade de vida das mães, em razão das demandas exigidas pelo filho autista.
É com imenso prazer que anunciamos os Anais do II Congresso de Psicologia, Fenomenologia e Filosofias da Existência do Norte e Noroeste Fluminense. Este evento que está em sua quarta edição, começando como Jornada no ano de 2018 e convertendo-se em Congresso no ano de 2020, já se estabeleceu como um espaço essencial para os diálogos e a reflexões nas áreas da Psicologia, Fenomenologia e Filosofias da Existência e se propõe a explorar nesta edição o tema: "Ciências e Humanidades: Interdisciplinaridade e Perspectivas em Diálogo".
Nosso objetivo foi transcender os limites convencionais das disciplinas acadêmicas, promovendo uma rica interação entre as Ciências e as Humanidades contribuindo assim também para a abertura e consolidação de diálogos interdisciplinares no campo das ciências em geral. O evento visou estimular uma reflexão profunda sobre como diferentes campos do saber podem se entrelaçar, dialogar e juntos contribuir para a compreensão e a solução de complexos desafios contemporâneos.
Pretendemos assim abrir novas perspectivas e possibilidades de pesquisa, ensino e aplicação prática, enfatizando a importância da colaboração entre as diversas áreas do conhecimento para pensarmos de forma consistente os principais desafios constituintes do nosso tempo. Esperávamos que, ao promover este encontro de ideias, poderíamos não só ampliar nosso entendimento sobre fenômenos humanos e existenciais sob diferentes prismas, mas também fomentar inovações metodológicas e teóricas que respondam a tais desafios.
O evento, aconteceu de forma presencial, contando com a participação de renomados acadêmicos, pesquisadores e profissionais de várias partes do Brasil oferecendo uma oportunidade única para estudantes, professores, profissionais e interessados em geral de se engajarem em palestras, debates, mas também a oportunidade para pesquisadores discentes, docentes ou profissionais de apresentarem suas pesquisas na modalidade de pôster, o que enriqueceu e expandiu os horizontes de todos os participantes.
Parabéns a todos os participantes do II Congresso de Psicologia, Fenomenologia e Filosofias da Existência do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro.
Comissão Organizadora
Núcleo Organizador
Comissão Organizadora
Comissão Científica
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Núcleo de Estudos e Pesquisa em Psicologia, Fenomenologia e Filosofias da Existência - NEPPFFE
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