A Sociedade do Cansaço e o Ensino nas Universidades

A Sociedade do Cansaço e o Ensino nas Universidades

• Autor
• PETERSON GONCALVES TEIXEIRA
• Co-autores
• Fernanda Campos de Souza Teixeira , Crisostomo Lima do Nascimento
• Resumo

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  A sociedade contemporânea é frequentemente caracterizada por um estado de cansaço generalizado, um fenômeno que se intensifica com a aceleração da vida moderna e a pressão constante por produtividade. Este conceito, amplamente discutido pelo filósofo Byung-Chul Han(2015), reflete uma cultura que valoriza a eficiência e a performance em detrimento do bem-estar e da reflexão crítica. No contexto das universidades, essa dinâmica gera desafios significativos para o ensino e a aprendizagem, afetando tanto alunos quanto professores. Este resumo explora a intersecção entre a sociedade do cansaço e o ambiente acadêmico, destacando suas implicações para a educação superior.

  O objetivo deste estudo é analisar como a sociedade do cansaço impacta o ensino nas universidades, considerando as consequências para a formação acadêmica e o desenvolvimento pessoal dos estudantes. Busca-se compreender como a pressão por resultados e a incessante busca por produtividade afetam a qualidade do aprendizado e a saúde mental dos alunos, além de discutir possíveis caminhos para mitigar esses efeitos.

  O processo metodologico deste artigo visa realizar uma analise descritiva de artigos cientificos, dissertações e teses sobre as dificuldades encontradas pelos alunos nas universidade quanto ao excesso de cobrança e a necessidade de uma melhor performance nas instituições, associado a ideia de Sociedade do cansaço do autor Sul-Coreano Byung- Chul Han(2015). 

  A discussão revela que a sociedade do cansaço se manifesta nas universidades de diversas formas, como a sobrecarga de trabalho, a competição exacerbada entre alunos e a pressão por desempenho acadêmico. Os estudantes frequentemente se sentem sobrecarregados, levando a altos níveis de estresse e ansiedade, o que compromete sua capacidade de aprendizado e reflexão crítica. Além disso, a cultura da performance pode desestimular a criatividade e a curiosidade intelectual, essenciais para uma educação de qualidade.

  Os professores também enfrentam desafios semelhantes, lidando com a pressão para publicar, obter financiamento e atender às demandas administrativas, o que pode afetar sua capacidade de se dedicar ao ensino e ao acompanhamento dos alunos. A discussão aponta para a necessidade de um repensar das práticas pedagógicas, promovendo um ambiente que valorize a saúde mental e o bem-estar dos alunos, ao invés de apenas focar em resultados quantitativos.

  As considerações finais enfatizam a urgência de uma transformação nas universidades, que deve incluir a promoção de uma cultura acadêmica mais saudável e equilibrada. É fundamental que as instituições de ensino superior adotem práticas que priorizem o bem-estar dos alunos e professores, como a implementação de programas de apoio psicológico, a valorização de metodologias de ensino que incentivem a reflexão crítica e a criatividade, e a promoção de um ambiente colaborativo em vez de competitivo. Ao abordar a sociedade do cansaço de forma crítica, as universidades podem contribuir para a formação de indivíduos mais saudáveis, reflexivos e preparados para enfrentar os desafios do mundo contemporâneo. A educação deve ser um espaço de crescimento pessoal e intelectual, e não apenas um campo de batalha pela produtividade.
• Palavras-chave
• Educação; Ensino Superior; Sociedade do Cansaço
• Modalidade
• Pôster
• Área Temática
• Ciências e Humanidades: Interdisciplinaridades e Perspectivas em diálogo