O objetivo deste trabalho é apresentar os limites e possibilidades da Teologia como estratégia de intervenção do Transtorno de Ansiedade Generalizado (TAG). A partir da metodologia bibliográfica e qualitativa busca-se analisar a relação da relevância da teologia no contexto social e as suas implicações no tratamento e prevenção da TAG. Em 2023, a Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou que a TAG é o transtorno mental mais comum no mundo e que afetou, até 2019, 301 milhões de pessoas, nas quais apenas um quarto destes afetados recebem o devido tratamento. Pensando nisso, a pesquisa se insere no campo de estudo das Ciências Sociais Aplicadas, cuja principal característica é a interdisciplinaridade. O Brasil e o mundo vêm sofrendo profundas crises na política, na economia, na saúde, na educação e no meio ambiente. A ciência tem avançado e contribuído de modo inestimável para o bem estar social. No entanto, diante do aumento das demandas sociais, torna-se imprescindível outros campos do conhecimento como é o caso da teologia. A teologia é religião? Autores, como Langston (2003) afirma que sim. Contudo restringir a Teologia ao conceito religioso, é minimizar o seu valor. Rio e Nascimento (2022) ampliam o conceito ao afirmar que o eixo epistemológico da teologia envolve a reflexão de um determinado fenômeno religioso. Logo, o que se busca não é o dogma ou a confessionalidade, mas o sentido da fé do homem religioso ao seu cotidiano. A teologia é um conceito que vai além do senso comum. Na academia é refletida à luz da ciência, sendo credenciada pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC) para o ensino superior, a partir de 1999 (Zeuch, 2006). Se tratando da TAG, ela compreende transtornos que têm como características principais, o medo, ansiedade e perturbações comportamentais excessivas. Nesse contexto, o medo desempenha o papel de resposta emocional diante de uma ameaça iminente que seja real, enquanto a ansiedade é a resposta emocional diante da antecipação de uma ameaça (Associação Americana de Psiquiatria, 2014). Sob qual contexto então é possível identificar e justificar tal transtorno? Han (2015), diz que a humanidade lutou e sofreu diversas enfermidades ao longo da história, bacteriológicas, virais, e agora, século XXI, neuronais. A sociedade sofreu diversas mudanças ao longo do tempo, mudanças essas que tinham como objetivo de ser a sociedade do desempenho, tirando o viés da disciplina, presente em Foucault, entretanto, trouxe uma sociedade marcada pelo positivismo, gerando depressivos e fracassados (Han, 2015). A partir deste cenário, entra então a Teologia, com a proposta de ajuda ao homem na busca de sentido, do mundo, da vida, de si mesmo, criando um diálogo com a ciência, respeitando a autonomia da mesma (Zilles, 2008).
É com imenso prazer que anunciamos os Anais do II Congresso de Psicologia, Fenomenologia e Filosofias da Existência do Norte e Noroeste Fluminense. Este evento que está em sua quarta edição, começando como Jornada no ano de 2018 e convertendo-se em Congresso no ano de 2020, já se estabeleceu como um espaço essencial para os diálogos e a reflexões nas áreas da Psicologia, Fenomenologia e Filosofias da Existência e se propõe a explorar nesta edição o tema: "Ciências e Humanidades: Interdisciplinaridade e Perspectivas em Diálogo".
Nosso objetivo foi transcender os limites convencionais das disciplinas acadêmicas, promovendo uma rica interação entre as Ciências e as Humanidades contribuindo assim também para a abertura e consolidação de diálogos interdisciplinares no campo das ciências em geral. O evento visou estimular uma reflexão profunda sobre como diferentes campos do saber podem se entrelaçar, dialogar e juntos contribuir para a compreensão e a solução de complexos desafios contemporâneos.
Pretendemos assim abrir novas perspectivas e possibilidades de pesquisa, ensino e aplicação prática, enfatizando a importância da colaboração entre as diversas áreas do conhecimento para pensarmos de forma consistente os principais desafios constituintes do nosso tempo. Esperávamos que, ao promover este encontro de ideias, poderíamos não só ampliar nosso entendimento sobre fenômenos humanos e existenciais sob diferentes prismas, mas também fomentar inovações metodológicas e teóricas que respondam a tais desafios.
O evento, aconteceu de forma presencial, contando com a participação de renomados acadêmicos, pesquisadores e profissionais de várias partes do Brasil oferecendo uma oportunidade única para estudantes, professores, profissionais e interessados em geral de se engajarem em palestras, debates, mas também a oportunidade para pesquisadores discentes, docentes ou profissionais de apresentarem suas pesquisas na modalidade de pôster, o que enriqueceu e expandiu os horizontes de todos os participantes.
Parabéns a todos os participantes do II Congresso de Psicologia, Fenomenologia e Filosofias da Existência do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro.
Comissão Organizadora
Núcleo Organizador
Comissão Organizadora
Comissão Científica
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Núcleo de Estudos e Pesquisa em Psicologia, Fenomenologia e Filosofias da Existência - NEPPFFE