O projeto em questão está em desenvolvimento para apresentação de monografia no final do ano de 2025, e este trabalho traz um tema interessante a ser explorado.
Podemos utilizar as seguintes perguntas para dar início: Por que determinados músicos mobilizam tanto as massas do jeito que mobilizam? O que há em suas obras que permitem que elas alcancem e afetem profundamente o psicológico das pessoas?
Pode-se dizer que, de alguma forma, as obras desses artistas abordam questões humanas fundamentais e possuem a capacidade de tocar profundamente no psicológico das pessoas devido à forma como exploram temas arquetípicos.
Sendo assim, essas obras funcionam não apenas como entretenimento, embora essa seja a visão de muitos. A música, enquanto forma de expressão, revela-se um instrumento para a exploração de temas significativos e complexos, e o objetivo deste trabalho é justamente demonstrar essa dimensão mais profunda da arte musical.
Para exemplificar, foi feita uma análise da música “Mirrorball” de Taylor Swift, traduzida por “Globo Espelhado”, a qual toca em uma questão fundamental: o modo como a persona domina o indivíduo.
De acordo com Carl Jung, Persona refere-se à máscara social que os indivíduos utilizam para se adaptar às expectativas da sociedade, escondendo suas emoções e identidade interior. Na música “Mirrorball”, Taylor Swift ilustra essa dinâmica de maneira lírica e simbólica ao apresentar um eu-lírico que vive para agradar o outro, refletindo seus desejos e expectativas, de forma similar a um globo espelhado.
Assim como um globo de espelhos reflete a luz ao seu redor, o eu-lírico da canção reflete as expectativas que os outros projetam sobre ele. Na visão analítica, essa persona faz com que o indivíduo navegue na complexidade das interações sociais sem expor suas possibilidades mais próprias.
Durante a escuta da canção, podemos perceber como o eu-lírico expressa o cansaço crescente de tentar se encaixar nas expectativas dos outros, uma frustração por "se quebrar em mil pedaços" na tentativa de ser valorizado. Essa sensação de fratura interna é uma consequência do uso excessivo da persona, levando o indivíduo a se distanciar de sua identidade mais própria.
É possível identificar como esta música reflete uma luta psicológica comum, onde o desejo de ser aceito socialmente entra em conflito com a autenticidade pessoal. O uso constante de uma máscara é visto como parte integrante da experiência humana, mas também como uma fonte de exaustão emocional e psicológica.
Por fim, a música “Mirrorball” traz à tona o tema da persona, bem como o sentimento de alienação que resulta do distanciamento entre o ser autêntico e o ser social. A metáfora do globo espelhado, que brilha ao refletir a luz dos outros, mas se quebra ao tentar se adequar a essas expectativas, é uma representação do custo psicológico de viver por meio da persona. Taylor Swift, com essa canção, cria um retrato lírico das pressões sociais e pessoais que moldam as identidades, fazendo uma ponte entre a arte e as teorias de Jung sobre o inconsciente coletivo e o arquétipo da persona.
É com imenso prazer que anunciamos os Anais do II Congresso de Psicologia, Fenomenologia e Filosofias da Existência do Norte e Noroeste Fluminense. Este evento que está em sua quarta edição, começando como Jornada no ano de 2018 e convertendo-se em Congresso no ano de 2020, já se estabeleceu como um espaço essencial para os diálogos e a reflexões nas áreas da Psicologia, Fenomenologia e Filosofias da Existência e se propõe a explorar nesta edição o tema: "Ciências e Humanidades: Interdisciplinaridade e Perspectivas em Diálogo".
Nosso objetivo foi transcender os limites convencionais das disciplinas acadêmicas, promovendo uma rica interação entre as Ciências e as Humanidades contribuindo assim também para a abertura e consolidação de diálogos interdisciplinares no campo das ciências em geral. O evento visou estimular uma reflexão profunda sobre como diferentes campos do saber podem se entrelaçar, dialogar e juntos contribuir para a compreensão e a solução de complexos desafios contemporâneos.
Pretendemos assim abrir novas perspectivas e possibilidades de pesquisa, ensino e aplicação prática, enfatizando a importância da colaboração entre as diversas áreas do conhecimento para pensarmos de forma consistente os principais desafios constituintes do nosso tempo. Esperávamos que, ao promover este encontro de ideias, poderíamos não só ampliar nosso entendimento sobre fenômenos humanos e existenciais sob diferentes prismas, mas também fomentar inovações metodológicas e teóricas que respondam a tais desafios.
O evento, aconteceu de forma presencial, contando com a participação de renomados acadêmicos, pesquisadores e profissionais de várias partes do Brasil oferecendo uma oportunidade única para estudantes, professores, profissionais e interessados em geral de se engajarem em palestras, debates, mas também a oportunidade para pesquisadores discentes, docentes ou profissionais de apresentarem suas pesquisas na modalidade de pôster, o que enriqueceu e expandiu os horizontes de todos os participantes.
Parabéns a todos os participantes do II Congresso de Psicologia, Fenomenologia e Filosofias da Existência do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro.
Comissão Organizadora
Núcleo Organizador
Comissão Organizadora
Comissão Científica
congressodefenomenologia@gmail.com
Núcleo de Estudos e Pesquisa em Psicologia, Fenomenologia e Filosofias da Existência - NEPPFFE
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