O estigma acerca da saúde mental

  • Autor
  • Myrella de Moura Oliveira
  • Co-autores
  • Pablo Dominato Suppo , Larissa Mirelli de Oliveira Pereira.
  • Resumo
  • INTRODUÇÃO: a saúde mental, ainda que essencial para o bem-estar humano, foi historicamente marginalizada. Tal marginalização sobre o estigma da saúde mental foi enraizada em estereótipos e práticas que atravessaram séculos, influenciando negativamente a percepção social e dificultando o acesso aos cuidados. Esse estigma foi reforçado pela banalização do sofrimento psíquico, o que impediu a busca por tratamento adequado e fomentou uma cultura de silêncio. Mesmo com avanços terapêuticos, muitos indivíduos continuam relutantes em reconhecer e tratar seus transtornos mentais, o que agrava o cenário de saúde pública. Além disso, a falta de compreensão e a desinformação sobre transtornos mentais frequentemente perpetuam mitos prejudiciais que afetam diretamente a qualidade de vida dos afetados. A integração limitada da saúde mental com outros serviços de saúde também contribui para a dificuldade de acesso e tratamento, refletindo uma hierarquização inadequada das necessidades de saúde.OBJETIVO:este estudo teve como objetivo compreender as razões históricas e sociais que contribuíram para a inferiorização da saúde mental em relação às outras áreas da saúde e identificar os impactos desse estigma no acesso e tratamento adequado.MÉTODOS: foi realizada uma revisão narrativa/descritiva da literatura, com enfoque qualitativo. A pesquisa bibliográfica foi conduzida em bases de dados como Lilacs, BVS e Medline, abrangendo o período de 2020 a 2024. Artigos relevantes, revisões de literatura e relatos de experiência foram analisados para embasar a discussão.RESULTADOS:foram analisados estudos que evidenciaram a persistência do estigma associado à saúde mental, mostrando que os indivíduos afetados sofrem com isolamento, baixa autoestima e relutância em buscar tratamento. A marginalização da saúde mental foi atribuída a fatores históricos e culturais, os quais continuam a influenciar a percepção pública e as políticas de saúde. Além disso, a segregação dos serviços de saúde mental em instituições especializadas, muitas vezes distantes das comunidades, exacerba o problema do acesso. A perpetuação de estereótipos negativos e a falta de treinamento adequado para profissionais da saúde também têm um impacto significativo na efetividade dos cuidados oferecidos.CONCLUSÃO:constatou-se que o estigma da saúde mental ainda representa um grande obstáculo para o acesso ao tratamento adequado. As barreiras históricas e culturais precisam ser desconstruídas para que a saúde mental receba a devida atenção, tanto nas políticas públicas quanto nas práticas clínicas. Intervenções educacionais e campanhas de conscientização devem ser implementadas para reduzir o preconceito e promover uma abordagem mais inclusiva e eficaz. A colaboração entre diferentes setores da saúde e a implementação de estratégias integradas são essenciais para superar as barreiras e melhorar a acessibilidade aos cuidados de saúde mental.

  • Palavras-chave
  • Doença psiquiátrica, alienação social, saúde mental
  • Modalidade
  • Comunicação oral
  • Área Temática
  • Comunicação oral
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  • Pôster
  • Comunicação oral

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