A CONSEQUÊNCIA DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA NA VIDA DAS MULHERES

  • Autor
  • Pablo Dominato Suppo
  • Co-autores
  • Myrella de Moura Oliveira , Larissa Mirelli de Oliveira Pereira.
  • Resumo
  • INTRODUÇÃO:a violência obstétrica foi reconhecida como uma prática abusiva que ocorre durante o parto, englobando intervenções não consentidas, violações de privacidade e agressões verbais e físicas. Esse tipo de violência afetou negativamente o bem-estar físico e psicológico das mulheres, comprometendo seus direitos fundamentais garantidos pela Constituição. A episiotomia, uma prática amplamente realizada sem necessidade clínica, também foi considerada uma forma de violência obstétrica, exacerbando o sofrimento das mulheres ao causar consequências duradouras, como a mutilação do períneo e o impacto negativo na vida sexual. Além disso, o ambiente institucional muitas vezes contribui para a perpetuação dessa violência, com protocolos desatualizados e falta de treinamento adequado dos profissionais de saúde. A prevalência da violência obstétrica destacou a necessidade de mudanças nas práticas culturais e institucionais no sistema de saúde, a fim de promover o parto humanizado. O silêncio e a normalização dessas práticas prejudicam a efetividade das estratégias de prevenção e recuperação, perpetuando um ciclo de abuso e sofrimento.OBJETIVO: o objetivo deste estudo foi investigar as consequências da violência obstétrica na vida das mulheres, com foco nos impactos físicos e psicológicos, bem como nas implicações sociais e legais dessa prática.MÉTODOS: realizou-se uma revisão bibliográfica narrativa/descritiva e qualitativa, baseada em publicações de relevância científica sobre o tema. Foram consultadas bases de dados, incluindo artigos, estudos de caso e relatórios institucionais que abordavam a violência obstétrica.RESULTADOS: identificou-se que a violência obstétrica comprometeu gravemente a saúde física das mulheres, com relatos de lesões permanentes, infecções e complicações no pós-parto. Psicologicamente, as mulheres que vivenciaram essa violência desenvolveram transtornos como ansiedade, depressão e estresse pós-traumático, impactando suas relações familiares e sociais. Além disso, observou-se que as práticas abusivas durante o parto foram justificadas por normas culturais patriarcais que desconsideraram a autonomia feminina. O impacto da violência obstétrica também se manifestou em uma redução na confiança das mulheres nos serviços de saúde, levando a um aumento na evasão de cuidados e acompanhamento pós-natal. A falta de suporte emocional adequado durante o parto contribuiu para o agravamento das consequências psicológicas, dificultando a recuperação plena das mulheres afetadas.CONCLUSÃO: constatou-se que a violência obstétrica não só violou os direitos humanos das mulheres, mas também perpetuou desigualdades de gênero. A erradicação dessa prática exigiu esforços conjuntos para a mudança de normas culturais, a implementação de políticas públicas rigorosas e a capacitação contínua dos profissionais de saúde, garantindo um parto seguro e respeitoso para todas as mulheres. A criação de mecanismos eficazes de denúncia e suporte às vítimas é essencial para promover a responsabilização dos profissionais e instituições envolvidas, assegurando um ambiente de parto mais seguro e humanizado.

  • Palavras-chave
  • Trauma psicológico, iImpacto físico, direitos Reprodutivos
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  • Comunicação oral

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