A relação entre a microbiota intestinal e o transtorno do espectro autista

  • Autor
  • Marcela O’hara Xavier de Vasconcelos Vaidello
  • Co-autores
  • Nicole Araújo Mendes Almeida
  • Resumo
  • A relação entre a microbiota intestinal e o transtorno do espectro autista

     

    Marcela O'hara Xavier de Vasconcelos Vaidello¹, Nicole Araújo Mendes Almeida², Samyra Giarola Cecílio², Larissa Mirelle de Oliveira Pereira².

     

    INTRODUÇÃO: A microbiota intestinal é um conjunto diversificado de microrganismos que habitam o trato gastrointestinal humano e, em condições normais, não causam doenças. Sua composição inclui uma variedade de bactérias benéficas e potencialmente prejudiciais, que desempenham papéis cruciais na manutenção da saúde e na regulação do sistema imunológico. A disbiose, que se refere a um desequilíbrio na composição da microbiota, pode levar a diversas condições de saúde, incluindo distúrbios gastrointestinais e neuropsiquiátricos. O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição neurodesenvolvimental complexa caracterizada por dificuldades na comunicação, interação social e, frequentemente, por sintomas gastrointestinais. Este estudo investiga a relação entre a microbiota intestinal e o TEA, considerando a crescente incidência do transtorno e as manifestações gastrointestinais frequentemente relatadas. OBJETIVOS: O objetivo principal deste estudo é analisar como a composição da microbiota intestinal pode influenciar a gravidade dos sintomas do TEA e explorar a possibilidade de que intervenções que visem a modulação da microbiota possam oferecer novas abordagens terapêuticas para crianças afetadas por esse transtorno. MÉTODOS: Este trabalho consistiu em uma revisão integrativa da literatura, utilizando os bancos de dados PubMed e Lilacs para identificar artigos relevantes publicados entre 2014 e 2024. A pesquisa foi realizada com expressões relacionadas à microbiota e ao TEA, resultando em um total de 147 artigos. Após a aplicação de critérios de inclusão e exclusão, 13 artigos foram selecionados para análise detalhada. Esses estudos abordaram a relação entre a microbiota intestinal e o TEA, considerando aspectos como a composição microbiana e os sintomas gastrointestinais. RESULTADOS: Os resultados da revisão indicam que crianças com TEA frequentemente apresentam alterações significativas na composição da microbiota intestinal. Observou-se um aumento de bactérias potencialmente prejudiciais, como Clostridium perfringens e Escherichia coli, e uma diminuição de bactérias benéficas, como Bacteroides e Lactobacillus. Essas alterações estão associadas a sintomas gastrointestinais, como diarreia e constipação, além de impactarem o comportamento e a qualidade de vida das crianças. CONCLUSÃO: As evidências sugerem que a microbiota intestinal desempenha um papel crucial na modulação dos sintomas do TEA, e intervenções que visem a restauração do equilíbrio microbiano, como o uso de probióticos e prebióticos, podem oferecer novas opções de tratamento. No entanto, ainda são necessárias pesquisas adicionais para elucidar completamente essa relação e desenvolver estratégias terapêuticas eficazes. 

     

  • Palavras-chave
  • Microbiota intestinal, Eixo intestino-cérebro, Transtorno do Espectro Autista.
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