A relação entre o uso de telas e a qualidade de sono na pediatria

  • Autor
  • Carolina Filgueiras Santos Morato
  • Co-autores
  • Jaianny Chaves Braga , Laura Alves de Aguiar Glória Barbosa , Ana Laura de Castro Gonçalves
  • Resumo
  • A relação entre o uso de telas e a qualidade de sono na pediatria

     

    Introdução

    ?A exposição a telas (smartphones, tablets, televisões e computadores) foi potencializada pela advento da internet, o que contribui com o seu uso indiscriminado, sobretudo pela população pediátrica. A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) corrobora que o tempo de exposição às telas para crianças entre 2 e 5 anos deve ser inferior a 1 hora por dia, enquanto crianças menores de 2 anos não devem usar telas. Assim, a luz captada pelos receptores na retina gera sinapses que chegam à glândula pineal, o que induz a interrupção da produção do hormônio melatonina, responsável pelo sono. Nessa óptica, é importante aprofundar acerca do uso de telas e a relação com o sono nas crianças.

     

    Objetivos

    O objetivo geral do presente trabalho é analisar o impacto do uso das telas na qualidade do sono do público infantil, objetivando responder a problemática: O uso de telas interferem na qualidade do sono das crianças?

     

    Métodos

    ?O trabalho é uma revisão narrativa sobre a relação entre o uso de telas e a qualidade de sono na população pediátrica. Em um primeiro momento, foi realizada a busca dos artigos através do PubMed, SciELO e Lilacs, utilizando a combinação dos descritores “dispositivos eletrônicos", "crianças", “infantil”, "sono”, “desenvolvimento infantil" e “tempo de tela”, disponíveis no Descritores em Ciências da Saúde (DeCS), com os operadores booleanos “AND” e “OR”. A partir da busca, foram selecionados 12 artigos para serem utilizados na formulação dos resultados e da discussão.

     

    Resultados

    ?É evidente, conforme dados robustos, que o uso de telas,  principalmente após o jantar, afirma com uma inadaptação no estabelecimento do ciclo sono-vigília, elevando a liberação de hormônios que condicionam o atraso e a má qualidade do sono. Ainda, em dados de uma autoavaliação da qualidade de sono proposta por um trabalho, 10% das crianças pesquisadas indicaram sono insatisfatório, com uma duração inadequada durante a semana e dificuldade para adormecer. Ainda, conforme um estudo de coorte prospectivo que examinou os efeitos do uso excessivo de smartphones no sono de crianças entre 5 e 8 anos de idade, observou - se que o grupo de crianças que usavam smartphones de maneira excessiva apresentou uma redução na duração do sono e aumento dos despertares noturnos em comparação com as crianças que não usaram telas por mais de 2 horas/dia. 

    ?Neste contexto, uma revisão sistemática, que reuniu 67 estudos com delineamentos transversais e longitudinais, evidenciou - se em 90% dos estudos a existência de associação significativa entre exposição ao tempo de tela e sono, sugerindo que a exposição excessiva à tela causa menor tempo de duração e maior distúrbio de sono, e que consequentemente uma percepção negativa da qualidade do sono.

     

    Conclusão

    ?É evidente a relação conflituosa entre a qualidade de sono e o tempo de exposição da parcela pediátrica às telas, seja por mecanismos biológicos, seja por questões sociais. Contudo, é compreensível que tal hábito negativo acarrete na redução da duração e em distúrbios do sono, sobretudo nas crianças.

  • Palavras-chave
  • Relação, uso de telas, qualidade, sono, pediatria
  • Modalidade
  • Comunicação oral
  • Área Temática
  • Comunicação oral
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  • Pôster
  • Comunicação oral

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