INTRODUÇÃO: a automedicação é um fenômeno crescente na sociedade contemporânea e ganha especial relevância quando analisada no contexto dos estudantes de medicina. Este grupo, frequentemente pressionado por uma busca incessante por desempenho acadêmico e sobrecarregado por múltiplas responsabilidades, tem apresentado um aumento preocupante no uso de psicoestimulantes como forma de automedicação. Esse comportamento, se não adequadamente investigado, pode gerar sérios riscos à saúde dos futuros profissionais da área. OBJETIVO: analisar a prevalência, as motivações e os impactos a longo prazo da automedicação com psicoestimulantes entre estudantes de medicina. MÉTODOS: trata-se de uma revisão narrativa/descritiva da literatura com abordagem qualitativa, na qual foram analisados diversos estudos acadêmicos que abordavam o tema. RESULTADOS: foram selecionados dez estudos considerados altamente relevantes para a discussão, que oferecem uma base consistente para a compreensão do fenômeno da automedicação entre os estudantes de medicina. CONCLUSÃO: a dependência e a tolerância aos psicoestimulantes se revelam como sérios riscos para a saúde física e mental dos estudantes, afetando sua capacidade de enfrentar desafios acadêmicos e pessoais. A busca por melhor desempenho cognitivo pode, com o tempo, transformar-se em uma necessidade compulsiva, levando a alterações neurofisiológicas que favorecem o desenvolvimento de transtornos como a depressão. É essencial que intervenções sejam implementadas para reduzir o uso inadequado dessas substâncias e promover uma abordagem mais saudável ao manejo das pressões acadêmicas.
Comissão Organizadora
Sérgio Augusto Fortes e Sá Fortes
Júlia Enes Medeiros Silva
Raquel de Reis Haddad
Danielly Gomes
LARISSA MIRELLE DE OLIVEIRA PEREIRA
Danielly Gomes
Comissão Científica