Introdução: O Linfoma Não-Hodgkin representa um grupo heterogêneo de neoplasias que afetam o sistema linfático, caracterizado pelo desenvolvimento de células linfáticas anormais. Ao longo das últimas décadas, a introdução de terapias com anticorpos monoclonais, como o Rituximabe, transformou o tratamento do Linfoma Não-Hodgkin. Este medicamento, direcionado especificamente para o antígeno de Diferenciação Celular 20 presente nas células B, trouxe significativos avanços na taxa de resposta e sobrevida dos pacientes. A revisão narrativa foi conduzida para analisar os principais achados e contribuições da literatura sobre o uso de anticorpos monoclonais no tratamento de pacientes com Linfoma Não-Hodgkin. Objetivos: Esta revisão teve como objetivo descrever e sintetizar os principais estudos que abordaram a eficácia e segurança do uso de anticorpos monoclonais no tratamento do Linfoma Não-Hodgkin, com ênfase nos resultados clínicos obtidos em ensaios clínicos e na prática clínica. Além disso, buscou-se destacar as limitações e os desafios futuros na implementação dessa terapêutica. Metodologia: Foi realizada uma revisão narrativa da literatura, buscando artigos em bases de dados como PubMed, SciELO e Google Scholar, publicados entre 2000 e 2023. Os critérios de inclusão envolveram estudos que avaliassem o uso de anticorpos monoclonais no tratamento de Linfoma Não-Hodgkin, incluindo revisões, ensaios clínicos randomizados e estudos observacionais. Os artigos foram selecionados com base na relevância para a prática clínica e nos desfechos analisados, como taxa de resposta completa, sobrevida global e efeitos adversos. Resultados: A análise da literatura mostrou que a introdução do Rituximabe, em combinação com esquemas de quimioterapia, melhorou significativamente as taxas de sobrevida global e sobrevida livre de progressão em pacientes com Linfoma Não-Hodgkin, particularmente nos subtipos agressivos e indolentes. Estudos randomizados demonstraram que o uso de anticorpos monoclonais como terapia de manutenção reduziu o risco de recidiva, prolongando o tempo de remissão. Contudo, efeitos adversos como infecções e toxicidade hematológica foram comumente observados, o que destaca a necessidade de monitoramento rigoroso. Limitações na acessibilidade e nos altos custos da terapia também foram relatadas. Conclusão: A terapia com anticorpos monoclonais, especialmente o Rituximabe, representou um marco no tratamento do Linfoma Não-Hodgkin, resultando em melhorias significativas nas taxas de resposta e sobrevida. No entanto, desafios como a toxicidade e o custo ainda precisam ser enfrentados. Futuras pesquisas são necessárias para otimizar a eficácia, minimizar efeitos adversos e garantir o acesso equitativo a essa modalidade de tratamento.
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