INTRODUÇÃO: O Diabetes Mellitus pode ser entendido como uma síndrome metabólica, podendo ser decorrente da falta de produção de insulina ou da incapacidade da insulina desempenhar o seu propósito corretamente. Essa patologia se faz presente na população mundial, podendo ser classificada de acordo como diabetes tipo 1, tipo 2 e o diabetes mellitus gestacional (DMG). O último afeta uma parcela significativa das gestantes e pode resultar em graves consequências quando não diagnosticada precocemente ou tratada adequadamente. OBJETIVOS: Enfatizar a importância do diagnóstico precoce do Diabetes Mellitus gestacional, descrevendo os principais fatores de risco da patologia em questão e como realizar a abordagem diagnóstica. MÉTODOS: O trabalho é uma revisão narrativa, desenvolvida com base em materiais publicados nos últimos 6 anos (2018 a 2023), constituídos de livros, artigos científicos, sites acadêmicos e revistas médicas. Os artigos médicos sobre a temática em questão, foram selecionados nas plataformas Biblioteca Científica Eletrônica Online (Scielo), Biblioteca Nacional de Medicina do Governo dos Estados Unidos (PubMed), UpToDate, Google acadêmico, Biblioteca Virtual do Ministério da Saúde-BVS e diretrizes do Ministério da Saúde. Os seguintes descritores foram utilizados: Diabetes, Diabetes Gestacional, Morbimortalidade, Materno, Fetal, Tratamento. Em inglês: Diabetes, Gestacional Diabetes, Morbimortality, Maternal, Fetal, Treatment. Os critérios de inclusão foram: Trabalhos na área médica que buscam elucidar questões específicas sobre o diabetes gestacional e seu tratamento, de acordo com os objetivos do trabalho. Como critério de exclusão foi adotado: Materiais que não estão relacionados ou que não respondem ao objetivo norteador do estudo. RESULTADOS: Foram selecionados 17 artigos e 3 livros. A maioria dos artigos analisados demonstraram que os fatores como idade materna avançada, IMC elevado, etnia, antecedentes familiares de diabetes mellitus tipo 1 e 2 favorecem o acometimento do diabetes no período gestacional. Um estudo evidenciou que as malformações congênitas são responsáveis por um alto número de mortalidade fetal todos os anos a nível mundial. E esse fato está associado ao diabetes mellitus gestacional resultando em morbidades cardiovasculares fetais. Foram citadas alterações em outros sistemas, como o nervoso em que se presenciaram defeitos do tubo neural, acidente vascular encefálico perinatal, e também no sistema genital como a criptorquidia e mudanças no sistema imunológico em que se teve alterações da imunidade inata em gestantes com diabetes. CONCLUSÃO: O DMG é uma patologia que pode ser evitada e tratada e que quando não é diagnosticada de forma prévia pode resultar em sérias consequências tanto para a gestante quanto para o feto. O diagnóstico precoce que se baseia no histórico da gestante e acompanhamento de exames laboratoriais como a glicemia de jejum e o teste oral de tolerância à glicose são de suma importância para promover o plano terapêutico adequado e rápido. E assim, pode-se evitar complicações e patologias que acometeriam a gestante. Para o feto, quando se consegue diagnosticar precocemente, pode ser evitada alterações que podem ser fatais como partos prematuros, cardiopatias, acometimentos visuais, macrossomia, morte do recém-nascido, hipoglicemia neonatal, alterações no sistema imune.
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Danielly Gomes
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