PERFIL BRASILEIRO DE MORTALIDADE E INTERNAÇÕES HOSPITALARES POR SÍFILIS ADQUIRIDA NOS ÚLTIMOS 10 ANOS

  • Autor
  • Rafaela Araújo Machado
  • Co-autores
  • Ana Beatriz Caetano Vieira , Mariana Rodrigues de Oliveira , Larissa Pereira Guerra , Letícia Ferreira Cunha Nascimento
  • Resumo
  • Introdução e objetivos: A sífilis é uma IST, causada por Treponema pallidum, cuja principal via de transmissão é a via sexual - sífilis adquridida-, mas pode ser transmitida por contato cutâneo ou transplacentário -sífilis congênita. A sífilis é caracterizada pelo acometimento sistêmico e por evolução para complicações graves, além de aumentar a possibilidade de infecção pelo vírus HIV. O números dos casos de sífilis adquirida tem crescido significativamente, caracterizando uma mazela para a sociedade e para o setor de saúde. A melhor forma de prevenção de sífilis adquirida é por meio do uso de preservativos; não há vacinação. Objetiva-se, com esse estudo, avaliar número de internações hospitalares e a taxa de mortalidade de portadores de sífilis adquirida nos últimos dez anos. Material e métodos: Trata-se de estudo descritivo em série temporal, observacional, de cunho quantitativo, baseado no  Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS). Coletou-se dados a respeito de mortalidade e internações hospitalares de pacientes com Sífilis (CID 10 A51), com idade entre 15 a 39 anos, no período de Janeiro de 2009 a Dezembro de 2019, contemplando ambos os sexos e sem fatores de exclusão. Resultados: No período analisado, foram registradas 2977 internações por sífilis, o que corresponde a 0,006% de todas as internações hospitalares. Esse valor aumentou a cada ano, com seu número máximo em 2019 (63 casos em 2009 para 449 em 2019). A faixa etária de 20 a 29 anos concentrou o maior número de internações (1317 casos). A frequência de internações é maior no sexo feminino para as faixas etárias analisadas (com exceção para a de 30 a 39 anos), enquanto a taxa de mortalidade é mais que o dobro no sexo masculino quando comparado ao feminino (de 0,54% para 1,35%). No período de 10 anos, no geral, houve uma redução da taxa de mortalidade (de 1,59% em 2009 para 0,45% em 2019). A região Sudeste concentrou o maior número de internações (1447), enquanto a região Norte concentrou a maior taxa de mortalidade (4,03%). Conclusão: Sabe-se que a sífilis adquirida, desde 2010, configura-se como doença de notificação compulsória. Nota-se, portanto, uma elevação no número de internações por sífilis adquirida, porém a taxa de mortalidade não acompanhou tal aumento, o que pode refletir uma melhora na notificação. Fica evidente que a precocidade de diagnóstico deve ser tida como alvo, além de estratégias de prevenção primária a fim de que o impacto na saúde pública seja minimizado.

     
  • Palavras-chave
  • Sífilis adquirida, internações, taxa de mortalidade
  • Área Temática
  • Epidemiologia e Saúde Coletiva
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