Introdução e objetivos: A sífilis é uma IST, causada por Treponema pallidum, cuja principal via de transmissão é a via sexual - sífilis adquridida-, mas pode ser transmitida por contato cutâneo ou transplacentário -sífilis congênita. A sífilis é caracterizada pelo acometimento sistêmico e por evolução para complicações graves, além de aumentar a possibilidade de infecção pelo vírus HIV. O números dos casos de sífilis adquirida tem crescido significativamente, caracterizando uma mazela para a sociedade e para o setor de saúde. A melhor forma de prevenção de sífilis adquirida é por meio do uso de preservativos; não há vacinação. Objetiva-se, com esse estudo, avaliar número de internações hospitalares e a taxa de mortalidade de portadores de sífilis adquirida nos últimos dez anos. Material e métodos: Trata-se de estudo descritivo em série temporal, observacional, de cunho quantitativo, baseado no Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS). Coletou-se dados a respeito de mortalidade e internações hospitalares de pacientes com Sífilis (CID 10 A51), com idade entre 15 a 39 anos, no período de Janeiro de 2009 a Dezembro de 2019, contemplando ambos os sexos e sem fatores de exclusão. Resultados: No período analisado, foram registradas 2977 internações por sífilis, o que corresponde a 0,006% de todas as internações hospitalares. Esse valor aumentou a cada ano, com seu número máximo em 2019 (63 casos em 2009 para 449 em 2019). A faixa etária de 20 a 29 anos concentrou o maior número de internações (1317 casos). A frequência de internações é maior no sexo feminino para as faixas etárias analisadas (com exceção para a de 30 a 39 anos), enquanto a taxa de mortalidade é mais que o dobro no sexo masculino quando comparado ao feminino (de 0,54% para 1,35%). No período de 10 anos, no geral, houve uma redução da taxa de mortalidade (de 1,59% em 2009 para 0,45% em 2019). A região Sudeste concentrou o maior número de internações (1447), enquanto a região Norte concentrou a maior taxa de mortalidade (4,03%). Conclusão: Sabe-se que a sífilis adquirida, desde 2010, configura-se como doença de notificação compulsória. Nota-se, portanto, uma elevação no número de internações por sífilis adquirida, porém a taxa de mortalidade não acompanhou tal aumento, o que pode refletir uma melhora na notificação. Fica evidente que a precocidade de diagnóstico deve ser tida como alvo, além de estratégias de prevenção primária a fim de que o impacto na saúde pública seja minimizado.
Comissão Organizadora
I Congresso Interligas de Ciência e Saúde
Laryssa Cristina Terra Sousa
Jardel de Almeida Monteiro
ABLAM Nacional
Geovanna Ribeiro Athie
Isabella Polyanna Silva e Souza
Ludmila Raynner Carvalho Alves
Juan Felipe Galvão da Silva
Álvaro Alves de Sá Júnior
Marcus Vinícius Santos do Nascimento
Ana Elisa Pereira Braga
Henrique Galvão da Silva
Mayane Oliveira Assis
Helena Cardoso Bernardes
Isabela Geres Batista Ramos
Marco Antônio da Silva Júnior
Maria
Sthefani Ferreira Bonfim da Silva
Beatriz Pereira Vilela
Camila Ferreira Silva
Flávia Ferreira Costa
Izabella Bernardes Araujo
Luisa Miranda Zafalão
Mariana Rodrigues Ferreira
Gustavo Albertini de Souza
Mathias Rezende Macedo
Antônio Carlos Ferreira Tonhá
Izadora Rodrigues da Cunha
Kátia Lorena Alves de Queiroz
Lysandra de Queiroz Cunha Barradas
Raissa Brunis Fiori Salvador
FÁBIO MORATO DE OLIVEIRA
Aline Alves Moura
Larissa Jacob Rakowski
Pedro Augusto Barbosa Silva
Julia Mathias Mendonça Meirelles
Larissa Alves Peixoto
Bárbara Cortez Martinez
Cintia Morais Vieira
Felipe de Andrade Bandeira
Júlia
Nathalia Bandeira de Almeida
Vinicius Rodrigues de Andrade
Enzo Lustosa Campos
EDLAINE FARIA DE MOURA VILLELA
Guilherme Sastre de Souza
Sarah Amancio Valvassoura
Andressa Oliveira Gomes
Iwry Alves Salgado
José França Rezende Neto
Luis Henrique da Silva Lima
Felipe Coutinho Rodrigues
Ingrid Ferreira Santos
Irena Kuzmiecz Costa
Laryssa Cristina Terra Sousa
Marcela Costa de Almeida Silva
Pamela Luquetti Paiva
Renata Vitorino Borges
Thalía Rissa Silva
Mariana de Moura Lopes
Vitória Moraes de Campos Belo
Comissão Científica
Monique Costa Dias
Isabela Morais Borges
Ana Elisa Pereira Braga